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Entre junho e julho, Rio Branco registrou 480 focos de queimadas
Em maio, estado registrou 8 focos de incêndio e em junho, número subiu para 31. Somente no último domingo (2), foram contabilizados 14 focos de queimadas.
Entre junho e julho, a capital Rio Branco registrou 480 focos de queimadas. O número corresponde a ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros pelo 193. Em 2022, no mesmo período, o total de ocorrências chegou a 700 na capital acreana.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (1º) pelo coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
“Houve uma redução em relação aos focos de queimadas em comparação ao ano de 2022. Claro que desejamos manter também nos meses de agosto e setembro, que são os meses mais críticos de queimadas, de maneira que a gente venha minimizar as queimadas em todos os aspectos”, destacou.
O coronel destacou que a população pode contribuir de forma decisiva para reduzir o número de queimadas, que trazem grandes prejuízos para a saúde das pessoas, causa morte de animais, devastação de áreas verdes e pode causar a morte também de pessoas.
“Essas combinações de aumento de temperatura, juntamente com a baixa umidade do ar, a velocidade dos ventos somados à ação humana de queimar, teremos, infelizmente, grandes incêndios”, lamentou.
Em julho, considerando os dados de desmatamento ilegal, queimadas, incêndios florestais e degradação florestal nos últimos anos, o governo do Acre declarou situação de emergência ambiental em dez cidades, entre elas Rio Branco. O decreto assinado por Gladson Cameli foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).
A emergência declarada é válida entre os meses de julho a dezembro de 2023. Para a medida, o governo considerou os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que, segundo a publicação, apontam um aumento de 127% no desmatamento no Acre entre os anos 2018 e 2021, comparado com o quadriênio anterior
Campanha
Para ajudar na prevenção e combate das queimadas, a Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi) e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) lançaram, no último domingo (30) a Campanha Respire Vida: Combata as Queimadas e o Desmatamento.
Casa Civil, Secretaria de Governo (Segov), Programa REM Acre, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBMAC), Ministério Púbico Estadual (MP-AC), Defesa Civil Estadual, Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Batalhão de Políciamento Ambiental (BPM-AC), Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Centro Integrado de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer), Grupo Especial de Operações em Fronteira (Gefron), Polícia Militar (PM-AC) e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) estão entre os órgãos, secretarias e instituições que fazem parte do combate às queimadas.
Colaboraram Rayza Lima e Luana Rodrigues, da Rede Amazônica Acre.
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Em más condições, ponte metálica em Brasiléia e Epitaciolândia assusta pedestres, motoristas e visitantes
Estrutura deteriorada, com madeira podre e erosão nos pilares, continua sem solução definitiva, enquanto população cobra melhorias

Estrutura histórica entre Brasiléia e Epitaciolândia sofre com deterioração crônica e reparos paliativos, colocando em risco a segurança de quem circula no local. Foto: cedida
A Ponte Metálica José Augusto, que liga as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre, está em condições precárias, causando medo em pedestre, motoristas e visitantes que dependem da travessia diariamente. Construída na década de 1980 e considerada patrimônio da região de fronteira, a estrutura apresenta pranchas apodrecidas, caibros deteriorados e erosão nos pilares, colocando em risco a segurança de quem circula no local.
Os problemas não são recentes. Entre 2017 e 2018, a ponte quase foi interditada devido ao desgaste avançado de suas estruturas de madeira. Na época, prefeituras e governo do estado realizaram reparos emergenciais, mas as intervenções não resolveram o problema de forma permanente.
Em 2019, parte da estrutura foi recuperada, com substituição de pranchas, lixamento e pintura do metal, mas a falta de uma nova ponte de mão dupla mantém a região refém de uma travessia obsoleta e perigosa.

Em março de 2019, o governo do estado recuperou as partes da estrutura que ficam na cabeceira de ambos os lados. Foto: arquivo
Enquanto isso, a madeira continua apodrecendo, e os reparos realizados são apenas paliativos. A situação preocupa ainda mais por se tratar de uma rota estratégica, próxima à BR-317, que dá suporte ao tráfego internacional entre Brasil, Peru e Bolívia (via Departamento de Pando).
Veja reais condições da Ponte José Augusto, com Carlos Portela:
Insatisfação da população
Frustrados com a demora em uma solução definitiva, moradores de Brasiléia e Epitaciolândia voltaram a protestar nas redes sociais, reclamando do descaso com o principal acesso entre os dois municípios. A ponte, que já foi símbolo de integração, hoje representa risco e abandono, exigindo ações urgentes das autoridades.
O que dizem as autoridades?
Até o momento, não há informações sobre um projeto de reconstrução ou reforma completa da ponte. Enquanto isso, a população segue convivendo com os mesmos problemas há décadas, em uma região que merece infraestrutura adequada para o desenvolvimento econômico e social.

Os problemas já são antigos, em 2019 a travessia quase precisou ser interditada devido às pranchas desgastadas e boa parte das pranchas e caibros podres. Hoje não é diferente. Foto: cedida
Situação Crítica
- Problemas Atuais:
- Pranchas de madeira podres
- Erosão nos pilares metálicos
- Estrutura de sustentação comprometida
- Histórico de Reparos:
- 2017/2018: Quase interdição por desgaste extremo
- 2019: Substituição parcial de madeiramento e pintura emergencial
Dados da Ponte
Característica | Detalhe |
---|---|
Ano de Construção | Década de 1980 |
Extensão | 120m sobre o Rio Acre |
Capacidade | Mão única (limitação histórica) |
Importância | Liga Brasiléia/Epitaciolândia e dá acesso pela BR-317 à Bolívia e Peru |
Riscos Identificados
- Segurança:
- Madeiramento com apodrecimento avançado
- Ferragens oxidadas
- Mobilidade:
- Congestionamentos frequentes
- Risco de colapso estrutural
Reivindicações da População
- Construção urgente da nova ponte binacional (projeto parado)
- Manutenção estrutural profunda
- Plano de conservação permanente
Contexto Geopolítico
A ponte é vital para:
- Escoamento de produção local
- Turismo binacional
- Integração com Bolívia (via Cobija) e Peru
Veja vídeos, rede sociais com Carlos Portela:
Alerta:
Moradores relatam que veículos pesados continuam trafegando, acelerando o desgaste. Especialistas recomendam inspeção técnica imediata para avaliar risco real de colapso.
(Atualizado em 15/05/2025 – Fatos, vídeos da deterioração disponíveis nas redes sociais)

Os reparos realizados são apenas paliativos realizados nesta tarde de terça-feira, dia 15, houve reclamações e longas fila, já que o trabalho foi realizado em hora de pico. Foto: cedida

A madeira continua apodrecendo, e os reparos realizados são apenas paliativos. A situação preocupa ainda mais por se tratar de uma rota estratégica, próxima à BR-317. Foto: cedida
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Com investimentos de mais de R$ 1,2 milhão, governador entrega equipamentos para modernização e fortalecimento das atividades do Imac

Governador entregou equipamentos nesta terça-feira, 15, na sede do Imac. Foto: Diego Gurgel/Secom
O governador do Acre, Gladson Camelí, esteve na sede do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) nesta terça-feira, 15, para efetivar a entrega de equipamentos para a modernização e fortalecimento das atividades do instituto no estado. Somados, os investimentos totalizam R$ 1.254.700, proveniente de recursos próprios do Imac, Fundo da Amazônia e Fundo Especial do Meio Ambiente (Fecca).
Entre os equipamentos estão drones, computadores e notebooks que vão ajudar na agilidade dos processos e melhoria da qualidade dos serviços à população.
“Mais uma vez venho reforçar aquela política que tenho afirmado, que é de criar condições para que todos os nossos servidores do Estado possam exercer melhor e com mais praticidade o seu trabalho para que a gente melhore e cuide das pessoas. Esse é o nosso objetivo do Estado: criar as condições para que os nossos servidores possam desenvolver cada dia mais os seus serviços”, destacou.
Camelí destacou que essa fiscalização é essencial, não só para a preservação da natureza, mas também para a saúde humana. “A deterioração do nosso meio ambiente acarreta uma série de problemas que se reflete na própria qualidade de vida da nossa população. Portanto, temos que ter responsabilidade como gestores públicos na execução das nossas funções”, completou.
Em sua fala, em nome do presidente do Imac, André Hassem, agradeceu o empenho de toda a equipe governamental pela dedicação no desenvolvimento das ações.
Já a vice-governadora Mailza Assis acredita que sua gestão, ao lado do governador, entra para a história como a que mais reestruturou sedes para que os servidores possam desenvolver seu trabalho com eficiência, agilidade e segurança:
“Este governo deu atenção aos cenários, às estruturas, prédios e equipamentos que dão mais condições para os servidores trabalharem melhor. Nós que temos uma política forte de meio ambiente, temos que observar de perto todas essas ações. Temos política com boas práticas e somos exemplo internacional pelas ações voltadas para o meio ambiente, por isso precisamos continuar sendo essa referência”.

Novos equipamentos serão usados para agilizar processos. Foto: Diego Gurgel/Secom
Nova era de modernização
O presidente do Imac enfatizou que esse é o pontapé de uma série de ações de fortalecimento do instituto, que já deve inaugurar nos próximos meses a nova sede e implantar o Sistema de Meio Ambiente do Acre (S-Imac). Hassem destacou que o governador Gladson Camelí tem feito história ao reestruturar os espaços públicos.
“Todo esse equipamento é para ajudar toda a área técnica, e, com isso, nós vamos dar melhores condições de atendimento e mais celeridade para assistir o homem do campo, o agricultor, o pecuarista e os empreendedores do nosso estado. Prevemos também nos próximos meses o nosso sistema, que vai possibilitar que todos os procedimentos sejam digitais, e o agricultor vai poder acessá-lo da comunidade dele”, revela.
Em sua fala, o presidente reforçou, ainda, que os investimentos no Imac colaboram para um ambiente de negócios fomentado, impactando na economia do estado, já que gera emprego e renda, pois qualquer obra precisa do licenciamento ambiental.
“Você traz condições melhores de arrecadação para o Estado e dá uma resposta para que possa ter a circulação, porque o PIB passa pelo Imac, que é onde se inicia tudo. Hoje, para buscar uma linha de crédito em qualquer instituição bancária, tem que ter a licença ambiental, e trabalhamos hoje para ampliar isso e dar mais agilidade nas respostas do Estado”, reforça.

Parceria entre os poderes e instituições garantem avanços em diferentes áreas. Foto: Diego Gurgel/Secom
Elo entre as instituições
Estiveram presentes na entrega, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Nicolau Júnior, e o promotor Alekine Lopes, da Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre. Os dois destacaram a importância do elo das instituições em prol da população.
“O Acre está crescendo e o Imac também está crescendo junto. Qualquer licença ou obra que ocorra no Estado, o Imac está presente. Cada passo que o governo tem dado, cada avanço do governo, a população é beneficiada. Enquanto presidente da Aleac vamos estar justamente pra isso, para que as coisas aconteçam este ano. O Estado está gerando emprego e renda e quem ganha é a população”, acrescentou o presidente da Aleac.
Já o promotor Alekine Lopes frisou que a modernização dos sistema é um importante passo para que os produtores entendam os processos e tenham mais conhecimento do valor gerado pela preservação, agilizando procedimentos e expandindo acessos.
“Não adianta fazermos qualquer coisa sem as condições tecnológicas. O MP [Ministério Público] hoje em dia está no meio, entre o cidadão e o Poder Executivo, e precisamos mudar a abordagem. Embargar, multar, faz parte, mas precisamos apostar em tecnologia para que o produtor entenda que preservar o meio ambiente também gera renda e não é antagônico ao desenvolvimento e acredito que, neste sentido, os sistemas agroflorestais são nossa salvação”, avalia.
- Parceria entre os poderes e instituições garantem avanços em diferentes áreas. Foto: Diego Gurgel/Secom
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Acusado de assassinar ex-mulher no Acre ameaça matar mais pessoas
O pedreiro Gilberto Gomes, 59 anos, conhecido como “Ceará”, continua foragido após ser acusado de assassinar a ex-companheira, Janice Rocha de Lima, 41 anos, e balear o filho dela, Jonathas Lima Rocha, de 19 anos, na última quarta-feira, 9, no bairro Seis de Agosto, em Rio Branco (AC).
O crime, classificado como feminicídio, chocou a capital acreana não apenas pela brutalidade, mas também pelas ameaças feitas pelo suspeito.
Em um novo episódio nesta terça-feira, 15, Gilberto enviou um áudio revelando a intenção de matar outras pessoas próximas à vítima, incluindo nomes citados diretamente na gravação, como “Vampeta”, “Aline” e “Luciana”. O áudio foi enviado por Gilberto a Jonathas Lima, filho da vítima.
“Eu não queria te matar, não, cara. Atirei só nos seus braços pra você não me maltratar. Mas eu te amo, Jonathas, tá? Vou mandar vinte mil reais pra você, e a Lander é sua. Você vai atrás do pedão, porque essa Lander tá paga, tá? A Lander tá lá no meu tio, no João Eduardo. Lá tem duas pistolas e um trinta e oito. Eu tô com 45 aqui, e vou matar mais gente aí. Vou matar o Vampeta, a mulher dele, a Aline e a Luciana, tá?””, diz trecho do áudio enviado.
Segundo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), o crime ocorreu quando Gilberto invadiu o apartamento de Janice sob efeito de álcool e, diante da recusa dela em retomar o relacionamento, efetuou disparos. Janice morreu no local, enquanto Jonathas foi socorrido com vida.
A polícia segue em busca de Gilberto, que já responde a diversas denúncias por ameaças e violência doméstica. Informações sobre seu paradeiro podem ser repassadas de forma anônima à Polícia Civil. A Justiça do Acre decretou a prisão preventiva de Gilberto, mas, mesmo procurado pela polícia, ele segue foragido
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