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Entenda por que cientistas ainda estudam se a Covid-19 surgiu em laboratório

Falta de clareza sobre origem do novo coronavírus favorece teoria de que doença surgiu em laboratório; especialistas dizem que são necessários mais estudos

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Falta de clareza sobre origem da Covid-19 favorece teoria de que doença teria surgido em laboratório
Foto: Getty Images (Westend61)

Análise de Zachary B. Wolf - CNN

Os Estados Unidos estão mais perto do que nunca de superar a Covid-19, com metade do país vacinado e mais restrições retiradas.

Mas estamos longe de saber como esse vírus, que fez o mundo parar, surgiu – o que é muito assustador, já que há sugestões crescentes de que ele não ocorreu apenas naturalmente, como muitos especialistas, há muito tempo, argumentam.

Os EUA, com cada vez mais urgência, estão pedindo mais estudos, alertando sobre os riscos de futuras pandemias e considerando mais abertamente a ideia de que erros ou um acidente em um laboratório chinês causaram a pandemia do novo coronavírus. O governo chinês diz que o caso está encerrado.

O que há de novo?

Um relatório da inteligência dos EUA apontou que vários pesquisadores do Instituto de Virologia Wuhan da China adoeceram em novembro de 2019 e tiveram que ser hospitalizados, um novo detalhe sobre a gravidade de seus sintomas.

Não está claro se os pesquisadores contraíram Covid-19 e o laboratório negou veementemente o relatório, dizendo que é uma mentira forçar a chamada teoria do vazamento de laboratório como a origem da doença.

Cientistas afiliados ao instituto disseram anteriormente que não entraram em contato com a Covid-19 até 30 de dezembro.

Na verdade, os Estados Unidos forneceram algum financiamento para o estudo dos coronavírus e sua transmissão por morcegos, que chegaram ao Instituto de Virologia de Wuhan.

Relatório de inteligência dos EUA apontou que vários pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan adoeceram em novembro de 2019 – Foto: Reuters

No Capitólio, na terça-feira (25), o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse que teria sido um “abandono do dever” não financiar pesquisas do coronavírus em morcegos na China.

“Você não quer estudar morcegos em Fairfax County, na Virgínia, para descobrir qual é a interface humano-animal que pode levar a um salto de espécies”, disse Fauci, acrescentando que os EUA têm que ir “para onde está a ação. ”

Separadamente, na Casa Branca, Fauci disse que muitos cientistas ainda acreditam que a doença ocorreu naturalmente, mas também é imperativo chegar ao fundo dessa teoria com mais investigações.

Um conselheiro da Organização Mundial de Saúde (OMS), Jamie Metzl, disse que a teoria do vazamento de laboratório é possível enquanto os cientistas estão “cutucando e estudando” vírus com a boa intenção de desenvolver vacinas.

“Então eu acredito que o que possivelmente aconteceu foi um vazamento acidental seguido por um encobrimento criminal”, disse Metzl, que foi funcionário do governo de Bill Clinton no Departamento de Estado dos EUA e é membro sênior do Conselho do Atlântico.

Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, também disse esta semana que não está convencido de que a doença ocorreu naturalmente e pressionou por mais investigações. Esse é o destaque aqui: é preciso haver mais investigação.

Versão oficial sobre a origem da Covid-19 não é boa o suficiente

Um estudo aprofundado realizado pela OMS com o governo chinês, publicado em março, explorou diferentes origens possíveis da doença e concluiu que, embora ainda não fosse possível comprovar como a doença evoluiu, era provável que tenha sido transferida para humanos diretamente de morcegos, ou mais provavelmente de uma espécie intermediária que o pegou dos morcegos e depois o passou para os humanos.

O relatório da OMS argumentou que a teoria do vazamento de laboratório era “extremamente improvável”, embora citasse a falta de trabalhadores de laboratórios infectados antes de dezembro como um argumento contra a teoria.

Mercado de frutos do mar de Huanan, em Wuhan, apontado pela China como origem dos casos do novo coronavírus – Foto: CNN

O relatório da inteligência dos EUA, agora, sugere que trabalhadores de um laboratório adoeceram antes de dezembro.

Além disso, mesmo quando foi publicado, os funcionários da OMS pediram investigação adicional e abertura por parte dos chineses.

Acobertamentos no início

No início do surto, sobre o qual a China não avisou apropriadamente o mundo, as autoridades chinesas atribuíram a transmissão a um ponto de acesso inicial, um mercado de frutos do mar em Wuhan, embora agora isso pareça ser essencialmente uma mentira, de acordo com Metzl.

Na verdade, há ampla evidência de que o governo chinês tentou encobrir a existência do vírus. Em fevereiro, a CNN publicou uma reportagem com informações de que denunciantes alertaram sobre o vírus quando ele estava se espalhando e foram punidos por isso. Alguns desapareceram, outros foram detidos pelas autoridades chinesas, enquanto outros contraíram e morreram de Covid-19.

Essa reportagem inclui um cronograma de advertências de médicos na China em comparação com a inércia do governo.

“Seja qual for a origem da pandemia, aquele primeiro mês em que a China estava gastando toda a sua energia tentando encobrir as coisas, em vez de resolver o problema, foi que permitiu que o fogo em um fogão se transformasse em um incêndio na cozinha para, depois, se tornar um incêndio doméstico até chegar a um indêncio mundial”, disse Metzl.

A China não está disposta a se submeter a uma investigação aberta; insistiu em parâmetros estritos para o estudo anterior da OMS. O governo dos EUA e outros criticaram a falta de transparência e a OMS também pediu mais estudos. O governo Biden voltou a ingressar na OMS depois que Donald Trump retirou os EUA da organização global de saúde.

Necessidade de mais estudos

Um grupo de cientistas proeminentes com experiência relevante criticou o relatório da OMS por não levar a teoria do vazamento de laboratório a sério o suficiente – ele foi descartado em algumas páginas de um relatório de várias centenas de páginas.

“Devemos levar a sério as hipóteses sobre as repercussões naturais e laboratoriais até que tenhamos dados suficientes”, escreveram os cientistas na Science Magazine.

As portas fechadas também ajudaram as teorias da conspiração a crescer. Quanto mais evidências houver para a teoria do vazamento de laboratório, mais ela valida pessoas como o senador republicano do Arkansas Tom Cotton, que defendeu a ideia de que o vírus foi criado intencionalmente como uma arma biológica.

Não há evidências que apoiem especificamente essa afirmação e os especialistas ainda dizem que é uma teoria improvável. O jornal Washington Post publicou uma análise de como as questões – levantadas por republicanos como Cotton, bem como por membros do governo Trump, e agora do governo Biden – levaram a uma reavaliação das origens da doença, que não foram definitivamente rastreadas.

O médico Paul Offit, um especialista em doenças infecciosas da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, disse ao Wolf Blitzer da CNN que era improvável que o laboratório de Wuhan tivesse manipulado o vírus para torná-lo mais contagioso usando a pesquisa controversa de ganho de função, mas que isso precisa ser esclarecido.

Isso vai acontecer de novo

Embora as autoridades chinesas não estejam dispostas a permitir tal investigação aberta, Offit disse que o mundo precisa dela para se proteger contra outra pandemia.

“O que eu sei é que eles têm que permitir isso”, disse Offit. “Esta é agora a terceira cepa pandêmica que se destacou nos últimos 20 anos. A primeira foi a SARS 1, a segunda foi a MERS. Acho que podemos presumir que não terminamos com isso [os coronavírus].”

E ele continuou: “Precisamos saber disso [contaminações por coronavírus] no minuto em que acontecer. Quer dizer, é injusto que tenhamos que contar com um denunciante na China para nos dizer que havia um vírus circulando em Wuhan que estava matando pessoas. Isso atrasou as coisas. Não nos deu a chance de agirmos tão rapidamente quanto precisávamos e eu acho que eles são culpados por isso.”

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Inscrições para o Encceja começam nesta segunda-feira

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Quem não justificar sua ausência ou tiver a solicitação de justificativa reprovada deverá ressarcir ao Inep o valor de R$ 40.

O Encceja foi realizado pela primeira vez em 2002, para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade adequada. 

Agencia Brasil

Interessados em participar do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2024 já podem fazer a inscrição. O prazo segue aberto até 10 de maio. Solicitações de atendimento especializado e de tratamento pelo nome social também devem ser feitas durante o mesmo período. O exame será no dia 25 de agosto em todos os estados e no Distrito Federal.

O atendimento especializado será oferecido a participantes com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, transtorno do espectro autista e discalculia. Também podem ser contemplados gestantes, lactantes, idosos e pessoas com outras condições específicas.

O edital do Encceja 2024 foi publicado em março pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Participantes que faltaram às provas do Encceja 2023 devem ter justificado sua ausência no exame caso queiram se inscrever gratuitamente na edição deste ano. Quem não justificar sua ausência ou tiver a solicitação de justificativa reprovada deverá ressarcir ao Inep o valor de R$ 40.

O pagamento deve ser feito por meio de boleto, que será gerado no sistema de inscrição e poderá ser pago em qualquer banco ou casa lotérica.

O exame

O Encceja foi realizado pela primeira vez em 2002, para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade adequada. O exame é realizado pelo Inep, responsável pela aplicação, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação. Já a emissão do certificado e da declaração de proficiência é responsabilidade das secretarias de Educação.

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Motoristas têm até terça-feira para fazer exame toxicológico

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Condutores de veículos com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E com exame toxicológico pendente têm até esta terça-feira (30) para regularizar a situação e fazer o exame obrigatório. O prazo para o primeiro grupo de condutores das categorias C, D e E – com vencimento da CNH entre janeiro e junho deste ano – terminou em 31 de março. Após esta data, o Código de Trânsito Brasileiro concede mais 30 dias para que os motoristas realizem o exame e comprovem que não fizeram uso de drogas e/ou medicamentos estimulantes.

Desde março de 2016, o Código de Trânsito Brasileiro determina que os condutores das categorias C, D e E deverão comprovar resultado negativo em exame toxicológico para a obtenção e a renovação da habilitação. A obrigação vale também na pré-admissão e demissão de motoristas profissionais.

O objetivo é identificar o consumo de drogas, o que pode interferir na capacidade psicomotora dos condutores e, assim, aumentar o risco na direção de veículos pesados para a ocorrência de acidentes de trânsito.

O diretor da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), Pedro Ducci Serafim, disse à Agência Brasil que a exigência salva vidas no trânsito.

“O exame toxicológico é uma política pública de eficácia comprovada na redução de acidentes e mortes no trânsito. Estudos mostram redução de mais de 30% em acidentes fatais depois da sua implementação”, observou.

Para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), mais de 3,4 milhões de condutores das categorias C, D e E ainda não regularizaram a situação em todo o Brasil. Para os condutores com CNHs que vencem entre julho e dezembro, as multas começam a ser aplicadas em 31 de maio.

Infração

O exame laboratorial é exigido até mesmo para quem não estiver dirigindo nestas categorias. Caso esses motoristas não façam o teste até esta terça-feira (30), podem ser multados diretamente pelos sistemas eletrônicos dos Detrans estaduais e do Distrito Federal  a partir de 1º de maio, conforme sanções previstas no artigo 165-D do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A não realização do exame no período estabelecido é considerada infração gravíssima, sujeita a uma multa automática de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH.

Essas multas são apelidadas de multas de balcão porque estão associadas ao não cumprimento de uma obrigação administrativa, diferentemente das infrações cometidas na direção do veículo automotor.

Verificação

Os motoristas podem consultar se precisam ou não fazer o teste no portal de serviços da secretaria. Basta informar CPF, data de nascimento e data de validade da CNH nos espaços indicados para ter o detalhamento de prazos, vencimentos e alertas.

Outra forma de acesso às informações é o aplicativo da carteira digital de trânsito. Na área do condutor, o motorista também pode verificar se o exame toxicológico está em dia. No caso de o prazo ter vencido, o condutor deve buscar um dos laboratórios credenciados e fazer a coleta para a realização do exame toxicológico, em laboratórios especializados credenciados pela Senatran.

Camille Lages, diretora de Comunicação da ABTox, celebrou a disponibilização da página para consulta. “Essa ferramenta que o governo trouxe é muito importante para que os motoristas consultem se estão adimplentes com o exame toxicológico porque muitos deles não têm a carteira de habilitação digital baixada no celular e precisam dessa ferramenta para poder cumprir a obrigação até 30 de abril,” esclarece.

Não é necessária receita médica para fazer o exame, apenas a habilitação do condutor (CNH).

Exame

O exame toxicológico deve ser realizado pelos motoristas no momento da renovação da CNH nas categorias C, D ou E a cada dois anos e meio pelos condutores profissionais. Deve ser realizado independentemente da idade do condutor. Os motoristas com mais de 70 anos não precisam renovar o teste toxicológico antes do vencimento da CNH, que tem validade de três anos.

O teste laboratorial de amostras de cabelo, pele ou unha identifica se houve uso abusivo de substâncias psicoativas em um período de 90 a 180 dias anteriores à coleta (larga janela de detecção). Isto porque a queratina presente nos cabelos preserva as substâncias que foram consumidas e metabolizadas por mais tempo que o sangue e a urina, por exemplo.

O exame toxicológico não existe no modelo autoteste, portanto, é vedada a coleta da própria amostra para análise. O procedimento tem que ser feito por um laboratório, exclusivamente, em postos de coleta para garantir a segurança dos resultados. A coleta rápida -aproximadamente de 10 a 15 minutos – é classificada pelos laboratórios como não invasiva, não infectante e indolor.

Atualmente, são 17 laboratórios credenciados na Senatran, que formam a rede de coleta com mais de 13 mil unidades espalhadas em mais de cinco mil municípios em todo o país. O exame pode detectar pelo menos 12 substâncias: Acetilmorfina (heroína); Anfepramona; Anfetamina; cocaína e derivados (crack, merla); Codeína; Femproporex; Mazindol; MDA; MDMA; Metanfetamina; Morfina; e maconha e derivados (skunk, haxixe).

O preço médio do exame toxicológico é R$ 135 e pode variar conforme a região do país. Os exames exigidos pela Senatran, em geral, são  custeados pelos motoristas autônomos, mas podem ser bancados por empregadores.

Os laboratórios credenciados devem inserir o resultado no banco de dados do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renash) para controle dos órgãos de trânsito. No entanto, os laudos são sigilosos e entregues somente aos examinados. Portanto, não podem ser divulgados, por exemplo, ao empregador do motorista profissional.

Categorias da CNH

Os motoristas da categoria C dirigem veículos maiores como caminhões, caminhonetes e vans de carga, além dos carros, picapes e vans de carga. A categoria D da CNH permite a condução de veículos automotores e elétricos, destinados ao transporte coletivo de passageiros com mais de oito lugares, como vans, micro-ônibus e ônibus.

Na categoria E, habilitados podem dirigir ônibus articulados; caminhões tracionando carretas; veículos com trailers e demais modelos de veículos automotores.

Fonte: EBC GERAL

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Motoristas das categorias C, D e E têm até 3ªfeira para fazer exame

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Condutores de veículos com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E com exame toxicológico pendente têm até esta terça-feira (30) para regularizar a situação e fazer o exame obrigatório. O prazo para o primeiro grupo de condutores das categorias C, D e E – com vencimento da CNH entre janeiro e junho deste ano – terminou em 31 de março. Após esta data, o Código de Trânsito Brasileiro concede mais 30 dias para que os motoristas realizem o exame e comprovem que não fizeram uso de drogas e/ou medicamentos estimulantes.

Desde março de 2016, o Código de Trânsito Brasileiro determina que os condutores das categorias C, D e E deverão comprovar resultado negativo em exame toxicológico para a obtenção e a renovação da habilitação. A obrigação vale também na pré-admissão e demissão de motoristas profissionais.

O objetivo é identificar o consumo de drogas, o que pode interferir na capacidade psicomotora dos condutores e, assim, aumentar o risco na direção de veículos pesados para a ocorrência de acidentes de trânsito.

O diretor da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), Pedro Ducci Serafim, disse à Agência Brasil que a exigência salva vidas no trânsito.

“O exame toxicológico é uma política pública de eficácia comprovada na redução de acidentes e mortes no trânsito. Estudos mostram redução de mais de 30% em acidentes fatais depois da sua implementação”, observou.

Para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), mais de 3,4 milhões de condutores das categorias C, D e E ainda não regularizaram a situação em todo o Brasil. Para os condutores com CNHs que vencem entre julho e dezembro, as multas começam a ser aplicadas em 31 de maio.

Infração

O exame laboratorial é exigido até mesmo para quem não estiver dirigindo nestas categorias. Caso esses motoristas não façam o teste até esta terça-feira (30), podem ser multados diretamente pelos sistemas eletrônicos dos Detrans estaduais e do Distrito Federal  a partir de 1º de maio, conforme sanções previstas no artigo 165-D do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A não realização do exame no período estabelecido é considerada infração gravíssima, sujeita a uma multa automática de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH.

Essas multas são apelidadas de multas de balcão porque estão associadas ao não cumprimento de uma obrigação administrativa, diferentemente das infrações cometidas na direção do veículo automotor.

Verificação

Os motoristas podem consultar se precisam ou não fazer o teste no portal de serviços da secretaria. Basta informar CPF, data de nascimento e data de validade da CNH nos espaços indicados para ter o detalhamento de prazos, vencimentos e alertas.

Outra forma de acesso às informações é o aplicativo da carteira digital de trânsito. Na área do condutor, o motorista também pode verificar se o exame toxicológico está em dia. No caso de o prazo ter vencido, o condutor deve buscar um dos laboratórios credenciados e fazer a coleta para a realização do exame toxicológico, em laboratórios especializados credenciados pela Senatran.

Camille Lages, diretora de Comunicação da ABTox, celebrou a disponibilização da página para consulta. “Essa ferramenta que o governo trouxe é muito importante para que os motoristas consultem se estão adimplentes com o exame toxicológico porque muitos deles não têm a carteira de habilitação digital baixada no celular e precisam dessa ferramenta para poder cumprir a obrigação até 30 de abril,” esclarece.

Não é necessária receita médica para fazer o exame, apenas a habilitação do condutor (CNH).

Exame

O exame toxicológico deve ser realizado pelos motoristas no momento da renovação da CNH nas categorias C, D ou E a cada dois anos e meio pelos condutores profissionais. Deve ser realizado independentemente da idade do condutor. Os motoristas com mais de 70 anos não precisam renovar o teste toxicológico antes do vencimento da CNH, que tem validade de três anos.

O teste laboratorial de amostras de cabelo, pele ou unha identifica se houve uso abusivo de substâncias psicoativas em um período de 90 a 180 dias anteriores à coleta (larga janela de detecção). Isto porque a queratina presente nos cabelos preserva as substâncias que foram consumidas e metabolizadas por mais tempo que o sangue e a urina, por exemplo.

O exame toxicológico não existe no modelo autoteste, portanto, é vedada a coleta da própria amostra para análise. O procedimento tem que ser feito por um laboratório, exclusivamente, em postos de coleta para garantir a segurança dos resultados. A coleta rápida -aproximadamente de 10 a 15 minutos – é classificada pelos laboratórios como não invasiva, não infectante e indolor.

Atualmente, são 17 laboratórios credenciados na Senatran, que formam a rede de coleta com mais de 13 mil unidades espalhadas em mais de cinco mil municípios em todo o país. O exame pode detectar pelo menos 12 substâncias: Acetilmorfina (heroína); Anfepramona; Anfetamina; cocaína e derivados (crack, merla); Codeína; Femproporex; Mazindol; MDA; MDMA; Metanfetamina; Morfina; e maconha e derivados (skunk, haxixe).

O preço médio do exame toxicológico é R$ 135 e pode variar conforme a região do país. Os exames exigidos pela Senatran, em geral, são  custeados pelos motoristas autônomos, mas podem ser bancados por empregadores.

Os laboratórios credenciados devem inserir o resultado no banco de dados do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renash) para controle dos órgãos de trânsito. No entanto, os laudos são sigilosos e entregues somente aos examinados. Portanto, não podem ser divulgados, por exemplo, ao empregador do motorista profissional.

Categorias da CNH

Os motoristas da categoria C dirigem veículos maiores como caminhões, caminhonetes e vans de carga, além dos carros, picapes e vans de carga. A categoria D da CNH permite a condução de veículos automotores e elétricos, destinados ao transporte coletivo de passageiros com mais de oito lugares, como vans, micro-ônibus e ônibus.

Na categoria E, habilitados podem dirigir ônibus articulados; caminhões tracionando carretas; veículos com trailers e demais modelos de veículos automotores.

Fonte: EBC GERAL

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