Cotidiano
Endereços de advogado de Adélio foram alvos de ações da PF
A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados judiciais de busca e apreensão em dois imóveis relacionados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atua na defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor confesso de tentar matar a facadas o então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro.
A PF divulgou uma nota na qual informa que “em um dos imóveis funciona um hotel e uma locadora de veículos, além de servir como escritório e residência do advogado. O outro é a sede de uma empresa”.

Advogado de defesa do agressor de Jair Bolsonaro, Zanone Oliveira Junior, disse que ação de hoje atinge diretamente à advocacia do país – Arquivo/Agência Brasil
Os dois imóveis estão localizados na cidade de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os dois mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Subseção Judiciária da Justiça Federal em Juiz de Fora.
De acordo com a PF, as ações se destinam a “coletar provas que ajudem a identificar os responsáveis pelo financiamento da defesa do autor confesso do atentado”.
Galloro
Em Brasília, o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, se limitou a comentar que a diligência decorre da investigação sob segredo de Justiça. “A investigação está bastante avançada, mas requer sigilo. Acreditamos que ela já esteja 90% concluída, pelo que me foi informado pelo delegado que preside o inquérito. Ainda não temos os resultados das diligências que estão sendo realizadas hoje e não posso comentar os objetivos [da busca e apreensão de documentos no escritório do advogado de Adélio]”, disse.
O atentado contra Bolsonaro aconteceu no dia 6 de setembro deste ano, quando o então candidato do PSL fazia campanha eleitoral na região central da cidade de Juiz de Fora. Atualmente Adélio está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
O processo foi registrado como crime contra a Segurança Nacional e a Ordem Política e Social. Com a transferência para a alçada federal, as investigações que vinham sendo realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais e pela PF passaram a ser feitas exclusivamente pela PF.
OAB
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou “que, devido à relevância do caso, que é de competência da OAB-MG, o Conselho Federal da OAB determinou que a Comissão Nacional de Prerrogativas dê todo o suporte para a seccional atuar e tomar todas as medidas cabíveis”, em relaçãos às medidas judiciais cumpridas pela PF nos imóveis relacionados à defesa de Adélio.
Advogado
A Agência Brasil conversou com o advogado Zanone de Oliveira, que confirmou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em seus imóveis. De acordo com Zanone, em um deles os policiais apreenderam uma fita de vídeo com imagens do monitoramento de segurança do prédio. No outro, os federais levaram um telefone celular que, segundo o advogado, estão armazenados conversas com clientes que ele defende.
Zanone manifestou indignação com a apreensão do aparelho, afirmando que a ação da PF de apreensão do celular “ofende a advocacia como um todo” e que, “a partir de hoje, o sigilo das conversas do advogado com seus clientes está em sério risco”. Ele informou ainda que não tomará qualquer providência, deixando o caso para a OAB, pois entende que a ação de hoje atinge diretamente à advocacia do país.
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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca
Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.
Destinação dos recursos:
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R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;
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R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.
As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.
Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.
Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.
A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.
Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.
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No Café com Notícias (TV5) Jorge Viana diz que 40 mil pessoas deixaram o Acre por falta de emprego: “Fico triste”
Ex-governador e presidente da Apex disse que 40 mil pessoas deixaram o estado e pediu união dos parlamentares para destinar recursos às rodovias

Ao falar sobre as BR’s 364 e 317, o ex-governador cutucou a bancada acreana ao afirmar que os deputados federais e senadores deveriam destinar, juntos, emendas para a recuperação das rodovias. Foto: captada
O ex-governador e atual presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, defendeu a retomada de investimentos públicos e privados no Acre para conter o êxodo populacional e gerar emprego, durante entrevista ao programa Café com Notícias (TV5) nesta quarta-feira (24). Ele citou que cerca de 40 mil pessoas deixaram o estado nos últimos anos e celebrou a retomada do Minha Casa, Minha Vida no governo Lula.
— 40 mil pessoas foram embora do Acre. Fico triste com essa situação. Para que isso não aconteça você tem que ter investimentos públicos e privados. O Acre não pode deixar de pegar carona nessa fase boa que o Brasil está vivendo — afirmou Viana.
Ele também criticou a bancada federal acreana por não destinar emendas parlamentares para a recuperação das BRs 364 e 317, rodovias essenciais para o estado. Viana lembrou que, em sua gestão, havia articulação conjunta entre deputados e senadores para viabilizar recursos.
— Por que esse pessoal não pega R$ 2, R$ 3 milhões, junta todos eles e põe só nas BRs? Os senadores e os deputados, isso tinha na minha época… eu ia lá, chamava todos, todo mundo assinava — disse.
O ex-governador defendeu a construção civil e os programas habitacionais como geradores de emprego e reforçou a necessidade de o estado aproveitar o momento de crescimento nacionalpara atrair investimentos e reter sua população.

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Datafolha mostra que população aprova serviços dos cartórios e rejeita mudanças no modelo atual
Pesquisa aponta associação dos cartórios com segurança jurídica, eficiência e confiança; Acre comemora resultado como reconhecimento do trabalho notarial

Segundo os dados, a população também relaciona o modelo atual a menor burocracia, menor risco de corrupção e maior organização na prestação do serviço. Foto: captada
Uma pesquisa do Instituto Datafolha apontou que a maioria da população brasileira aprova os serviços prestados pelos cartórios e rejeita mudanças no modelo atual de atuação notarial e registral. O levantamento, realizado em cinco capitais, mostrou que os cidadãos associam os cartórios a segurança jurídica, eficiência, previsibilidade e confiança.
No Acre, o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos (IEPTB – Seção Acre) comemorou o resultado. O presidente da entidade, Ricardo Martins, destacou que os dados representam um reconhecimento direto da sociedade ao trabalho desenvolvido pelos cartórios em todo o país.
— Em um ambiente em que, muitas vezes, somos alvo de críticas baseadas em preconceitos ou desconhecimento, ver esse reconhecimento vindo diretamente da sociedade tem um valor especial — afirmou Martins.
A pesquisa revela que a população enxerga os cartórios como instituições que oferecem proteção documental, segurança nas relações civis e patrimoniais e suporte essencial à vida jurídica. Os entrevistados também relacionaram o modelo atual a menor burocracia, menor risco de corrupção e maior organização.
Martins reforçou que o resultado traz satisfação e responsabilidade para a categoria seguir aprimorando e modernizando os serviços, mantendo o papel institucional de garantia da segurança jurídica e da estabilidade nas relações civis e comerciais.

Para o presidente do IEPTB – Seção Acre, Ricardo Martins, o resultado representa um reconhecimento direto da sociedade ao trabalho desenvolvido pelos notários e registradores em todo o país. Foto: captada

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