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Em um ano, casos de dependência química atendidos por núcleo do MP-AC sobem de 35 para 130

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No ano passado, foram mais de 870 atividades no total. Natera diz que Estado precisa investir em unidades de saúde mental.

Coordenador do Natera fala sobre a dependência das pessoas com vícios nas ruas (Foto: Tácita Muniz/G1)

Com G1/Acre

Comparado a 2016, o Núcleo de Atendimento Terapêutico Psicossocial em Dependência Química (Natera) teve um aumento de 95 casos atendidos. De acordo com o núcleo, em 2016, foram 35 casos contra 130 de 2017.

Esse número, segundo o Natera, é relacionado a casos individuais. Mas, ao todo, no ano passado foram 875 atividades, que englobam acompanhamentos, atividades educativas, estudo de casa e outras coisas.

Em entrevista a reportagem, o coordenador administrativo do Natera, o assistente social Fábio Fabrício, diz que o aumento nos casos está ligado também ao aumento da população de rua.

“O trabalho do Natera é o direcionamento dessas pessoas para o atendimento público muncipal e estadual. O serviço é voltado para toda família. É claro que muitas vezes pelo histórico com drogas, inclusive criminal, não têm mais contato com as suas famílias”, explica.

Ele diz ainda que as pessoas em situação de rua muitas vezes têm problemas de saúde mental por conta do uso do álcool e drogas. “Ou são regressas do sistema prisional. Então, a própria ligação familiar já está fragilizada ou rompida”, pontua o coordenador.

Saúde pública

O foco do Natera, no entanto, é cobrar medidas governamentais para que os problemas sejam sanados e essa população devidamente atendida nas unidades de atendimento em saúde.

“Álcool e drogas, no primeiro aspecto, é um problema de saúde pública e nós lutamos para que esses serviços públicos sejam estruturados. Não temos uma rede solidificada de saúde mental, ainda temos a fragilidade desses serviços de saúde pública ou da falta de compreensão”, estabelece.

Natera fiscaliza e incentiva criação de políticas públicas voltadas às pessoas que moram nas ruas (Foto: Assis Lima/Asscom Prefeitura Rio Branco)

Fabrício destaca ainda a importância das comunidades terapêuticas, mas enfatiza que essa alternativa não pode substituir a responsabilidade do poder público na oferta de serviços para os viciados.

“A droga não pode ser vista como um aspecto de conduta moral. Tem gente que consegue mudar através da espiritualidade, mas tem outras pessoas que não. E pra essas outras, que tem sido a maioria da população, tem que ter uma rede de suporte e essa rede nem sempre está tão disponível como nós queríamos e aí que vem o trabalho do MP, que é induzir políticas públicas nesse campo”, enfatiza.

O coordenador do Natera diz ainda que muitas vezes o paciente vê no uso das drogas uma espécie de escape.

“A droga, muitas vezes, é uma questão de suportabilidade da vida. Não é porque a pessoa não tem Deus no coração ou porque não se ama. Pelo contrário, se amam tanto que querem suprir as necessidades mais internas e a droga é uma maneira de suportar”, pontua.

Fabrício destaca ainda que é necessário respeitar a perspectiva religiosa das comunidades terapêuticas, mas também é essencial o investimento do poder público na saúde mental do estado.

“Aualmente, o MP tem feito uma análise das contas na saúde mental, dos investimentos da rede psicossocial, das verbas federais, orçamento municipal e estadual para que isso possa configurar como um direito da população e um dever do Estado”, finaliza.

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Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

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Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.

A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.

O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.

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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

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Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.

Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.

Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.

A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.

Atualizacão

Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.

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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento

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Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada 

A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.

Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.

— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.

O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada 

Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.

Veja vídeo entrevista:

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