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Em noite violenta, México prende Ovidio Guzmán, filho de ‘El Chapo’

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Ovidio foi preso em 2019 por autoridades
HO/Cepropie/AFP – 17.10.2019

O governo de Sinaloa orientou o povo a não sair às ruas e disse que escolas e escritórios administrativos foram fechados

O líder mexicano do narcotráfico Ovidio Guzmán, filho do chefão do crime organizado Joaquín “El Chapo” Guzmán, que está detido nos Estados Unidos, foi preso pelas autoridades mexicanas, disseram à Reuters cinco fontes com conhecimento do assunto, nesta quinta-feira (5).

As notícias da captura chegaram após uma noite de violência na cidade de Culiacán, no estado de Sinaloa, ao norte do México — casa do cartel com o mesmo nome, que é uma das mais poderosas organizações de tráfico de drogas do mundo.

Ovidio, que se tornou uma figura central no cartel de Sinaloa após a prisão do pai, fora detido brevemente em 2019 por forças de seguranças, mas acabou sendo solto para encerrar uma represália violenta gerada pela própria gangue, em um recuo vergonhoso para as autoridades mexicanas.

Desta vez, ele foi detido dias antes de uma cúpula de líderes da América do Norte na Cidade do México, que acontece na próxima semana com a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e terá questões de segurança na agenda.

Uma das autoridades mexicanas disse que a prisão de Guzmán deve ser um acréscimo bem-vindo à cooperação entre EUA e México na questão da segurança antes da visita de Biden.

Os EUA ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares (mais de R$ 26 milhões) por informações que levassem à prisão ou à condenação de Guzmán.

Um surto de mortes por overdose nos Estados Unidos, alimentado pelo opioide sintético fentanil, gerou uma pressão maior sobre o México para combater organizações — como o cartel de Sinaloa — responsáveis por produzir e transportar a droga.

Para Tomas Guevara, especialista em segurança da Universidade Autônoma de Sinaloa, a prisão de Guzmán ajuda a melhorar a imagem das agências policiais do México após a humilhação de ter que liberar o filho de El Chapo em 2019.

Pode também anunciar uma mudança de abordagem do governo, acrescentou Guevara, após críticas de muitos especialistas de segurança de que o presidente Andrés Manuel López Obrador estava pegando leve com os cartéis — uma acusação que ele nega.

O presidente argumenta que as táticas de confronto dos antecessores não foram bem-sucedidas e apenas causaram mais derramamento de sangue. Disse que, ao contrário, buscaria uma estratégia de “abraços, não balas”.

Na manhã desta quinta-feira, as forças de segurança tentavam conter uma reação violenta à prisão na região de Culiacán por parceiros de Guzmán, disse a mesma autoridade.

O aeroporto da cidade foi fechado e continuará assim até a noite de quinta-feira. Um voo da Aeroméxico que deveria partir de Culiacán foi atingido por uma bala e suspenso, mas clientes e funcionários estão seguros, disse a companhia aérea.

O governo local orientou o povo a não sair às ruas e disse que escolas e escritórios administrativos foram fechados por causa da violência. Vídeos não verificados nas redes sociais parecem mostrar forte tiroteios, inclusive vindos de helicópteros, durante a noite. Bloqueios nas ruas também foram erguidos.

Joaquín “El Chapo” Guzmán, de 65 anos, foi condenado em Nova York, em 2019, por ter traficado bilhões de dólares em drogas para os Estados Unidos e conspirado para assassinar inimigos. Ele cumpre pena de prisão perpétua na Supermax do Colorado, a mais segura prisão federal americana.

Copyright © Thomson Reuters.

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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça

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• Imagem gerada por IA

A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.

As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).

O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.

Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.

Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.  

As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.

Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.

A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.

A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.

O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.

BRB quis comprar Master

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.

A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.

No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.

Compliance Zero

A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.

As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027

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Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada 

O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.

Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento

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Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada 

Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.

Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.

A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.

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