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Em Cruzeiro do Sul, mulher de 116 anos diz que nunca namorou

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Lúcida, Margarida Alexandrina ainda recorda da infância. Rádio de pilha é companheiro inseparável de dona Margarida.

Margarida Alexandrina, aos 116 anos, ainda anda pela casa. (Foto: Francisco Rocha G1)

Margarida Alexandrina, aos 116 anos, ainda anda pela casa. (Foto: Francisco Rocha G1)

Aos 116 anos, Margarida Alexandrina de Oliveira mantém a lucidez e o bom humor. Ela mora no município de Cruzeiro do Sul (AC) e diz que nunca namorou. Ela explica a decisão: tinha medo que seu pai não gostasse e ainda tinha uma madrinha de batismo que a aconselhava para que nunca casasse.

A aposentada que irá completar 117 anos no dia 6 de julho deste ano, afirma não se arrepender da escolha que fez. “Sou muito feliz, não tenho do que reclamar, minha felicidade não está em homens”, afirmou.

Apesar de viver em Cruzeiro do Sul desde a infância, Margarida nasceu na pequena cidade de Novo Destino, no interior do Amazonas, em 1896. Ela é a terceira de quatro filhos de pai e mãe e a única que ainda está viva da família. O irmão mais novo morreu em 2008 aos 105 anos de idade.

Antes da morte do irmão, Margarida passou a viver na casa da cunhada, dona Maria José Silva de Albuquerque de 73 anos de idade, porque já não tinha mais condições de continuar morando sozinha.

Com mais de um século de vida, a idosa bem-humorada diz não lembrar mais da idade que tem. “Já foram tantos aniversários que nem sei mais a idade que tenho, os outros é quem sabem”, disse.

Do alto de seu 1,40 metros de altura, dona Margarida ainda dá gargalhadas quando lembra das brincadeiras com os irmãos. Ela recorda, inclusive, do irmão mais velho que a chamava carinhosamente de “Pichiquinha” por causa do seu tamanho. Ele morreu quando ela ainda era criança.

Mesmo com tanta idade, ainda consegue andar dentro de casa, segundo a cunhada ela não consegue andar muito porque foi atropelada por um ciclista e ficou com problema na perna direita.


Religiosa, dona Margarida faz questão de exibir em seu quarto as imagens de São Francisco e do Irmão José da Cruz. Outro companheiro inseparável é o rádio de pilha, pelo qual acompanha a oração do terço e as transmissões da santa missa.

Ela explica que se tornou devota de São Francisco, porque seu irmão mais velho disse ter visto o santo quando estava na floresta cortando seringa, e avisou para sua mãe que não teria mais muito tempo de vida. Dias depois, faleceu. Desde então, a família se tornou devota de São Francisco.

A cunhada de Margarida explica que os documentos pessoais da aposentada já não existem mais e para poder sacar o benefício do INSS foi preciso tirar uma segunda via da carteira de trabalho.

Francisco Rocha
Do G1 AC

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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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