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Eleições internas do PT colocam parlamentares e membros do governo em lados opostos
Fim de semana será de muita negociação para aparar as arestas
Da redação, com Fábio Pontes
Uma guerra silenciosa está sendo travada neste momento dentro do PT pelo comando do partido. A disputa pode comprometer a já não tão saudável relação entre a maioria dos parlamentares do partido, membros do Palácio Rio Branco e os líderes da ala dominante, a Democracia Radical (DR).
O momento conturbado petista é consequência também do temporal provocado pela operação G7, da Polícia Federal, desbaratada em maio.
A forma como o presidente do PT, Leonardo Brito, vem conduzindo o partido e as reações do governo à operação G7 não tem agradado a grande maioria dos parlamentares (entre eles Jorge Viana) do PT e seus grupos dentro do partido.
A insatisfação da condução partidária também não agrada aos senadores petistas. Preocupado com os rumos da legenda e as consequências para a eleição do próximo ano, um dos senadores convocou reunião com parlamentares petistas para tratar destas questões.
O que os senadores ouviram foram muitas reclamações. Perceberam, então, que o descontentamento não era só deles, mas da maioria. O problema é que, sem o consentimento e conhecimento dos participantes da reunião, tudo que foi discutido foi repassado ao governador que, lógico, não gostou nada do que lhe foi repassado por quem estava presente na reunião. Tião Viana, por sinal, não foi convidado para o encontro.
Para repudiar esta postura, os assessores palacianos recorreram ao e presidente do PT, Leonardo Brito, para repreender os senadores, responsáveis pela reunião. Brito enviou uma carta aos dois senadores condenando a realização da reunião sem o conhecimento e a presença de Tião.
O envio da carta foi classificado como falta gravíssima pela executiva do PT, pelos senadores serem considerados petistas históricos e vistos como “intocáveis” – esta infração é mais grave do que “esquecer” de convidar o governador para a reunião.
A partir de então os dois senadores começaram uma operação para enfraquecer o grupo de Léo, Carioca e André Kamai na sua luta para manter o domínio do PT nas eleições de novembro. Integrantes da Democracia Radical, tendência prevalecente no PT, definiu o sociólogo Ermício Sena para a sucessão de Leonardo Brito.
Em resposta, houve convite ao deputado Sibá Machado para também ser candidato a presidente do diretório estadual. Apoiado pelos senadores, o petista, considerado orgânico, foi em busca de apoio dentro do PT. Segundo pessoas próximas ao deputado, uma reunião foi convocada pela DR, na tarde desta sexta-feira (09) para tentar convencer Sibá a desistir da ideia.
Sibá não só descartou esta possibilidade como informou que sua candidatura é ungida pela CNB (Construindo um Novo Brasil), campo majoritário do PT que tem entre seus membros o atual presidente Rui Falcão, o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão.
O certo mesmo é que a situação política de Ermício Sena não é a das melhores. Em reunião recente promovida pelos senadores petistas no interior, foram expostas opiniões consideradas divergentes das do governador – o que é natural.
A forma como um dos integrantes da Democracia Radical relatou essas opiniões a Tião Viana não foram bem recebidas entre os senadores.A atitude desagradou ainda mais a bancada no Senado, que têm percorrido os diretórios municipais pregando o retorno do PT às suas origens.
Estas movimentações contribuíram para desgastar a candidatura de Ermício Sena nos grupos dos senadores Jorge Viana e Anibal Diniz –essenciais para garantir sobrevida no PT. Cogita-se a possibilidade da DR mudar seu candidato.
Segunda-feira é o prazo para as inscrições da chapa. O fim de semana será de muita negociação para aparar as arestas. Neste vale-tudo o que está em jogo será quem conduzirá o PT nos próximos anos e como o partido enfrentará as urnas em 2014.
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Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência
A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.
O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.
Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.
Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.
Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.
“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco
Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.
A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.
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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco
Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.
Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.
Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.
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Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco
Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes
O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.
De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.
Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.
Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.













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