Acre
Eduardo Farias apresentará Projeto de Lei com objetivo de controlar a venda de anabolizantes
O deputado Eduardo Farias (PCdoB), disse na sessão desta terça-feira, 26, que apresentará Projeto de Lei com o objetivo de controlar a venda de anabolizantes. Segundo o parlamentar, é preciso que se crie uma barreira que dificulte o acesso dos jovens aos remédios veterinários. A preocupação de Eduardo Farias é que casos envolvendo o uso de anabolizantes vêm crescendo no Brasil. A morte do jovem Jonas da Silva Lopes, de apenas 15 anos, chamou a atenção do parlamentar. O adolescente veio a óbito na última quinta-feira, 21, após sete dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.
Ele foi vítima do uso de um produto veterinário conhecido como ADE, complexo vitamínico indicado apenas para uso em animais de grande porte, que estava sendo injetado no músculo por ele e outros sete amigos com o objetivo de obter resultados mais rápidos na busca pelo corpo perfeito. De acordo com o deputado, ainda que exista uma Lei Federal que proíba o uso de anabolizantes a maioria dos jovens brasileiros consegue facilmente ter acesso ao produto.
“Com a morte desse jovem de apenas 15 anos, ocorrida após injetar no músculo vitaminas de uso veterinário para ganhar massa muscular, eu senti a necessidade de debater esse tema aqui na tribuna com o intuito de alertar os nossos jovens do perigo que estão correndo. Apesar de existir uma Lei Federal que proíba o uso de anabolizantes, esses adolescentes conseguem ter acesso a esses produtos muito facilmente. Esses produtos são comercializados em outros países, contrabandeados e vendidos no Brasil sem nenhum controle. Os jovens compram anabolizantes sem receitas e injetam no corpo. Apresentarei um projeto de lei com objetivo de controlar a venda desse produto no Estado”, disse.
O parlamentar sugeriu a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa com a presença de médicos, farmacêuticos e veterinários para debater o tema. “Não podemos permitir que os nossos jovens interrompam suas vidas por conta do uso de anabolizantes. A realização de uma audiência pública com a presença de profissionais que entendem do assunto ajudará a alertar a sociedade de modo geral para o perigo que esses adolescentes estão correndo, esse é o grande objetivo”, disse.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac
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Homem é brutalmente agredido com ripa no Segundo Distrito de Rio Branco por causa de R$ 250
Vítima sofreu fratura no braço e corte na cabeça após ataque em via pública; motivação pode estar ligada a dívida de R$ 250
Arquilene Ferreira Diniz, de 47 anos, foi violentamente agredido na noite deste sábado (7) enquanto trafegava de bicicleta pela Travessa Nascente, no bairro Recanto dos Buritis, no Segundo Distrito de Rio Branco. Segundo informações da Polícia Militar, o homem foi surpreendido por um agressor não identificado, que usava uma ripa de madeira para desferir vários golpes contra ele.
O ataque causou um corte profundo na cabeça, com exposição da calota craniana, além de múltiplas escoriações e uma fratura no braço direito. Após as agressões, o autor fugiu do local.
Moradores que ouviram os gritos de socorro encontraram Arquilene caído no chão, ensanguentado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e uma ambulância de suporte avançado prestou os primeiros socorros. A vítima foi encaminhada ao Pronto-Socorro de Rio Branco em estado de saúde estável, mas com ferimentos que inspiram cuidados.
A polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por uma dívida de R$ 250 que a vítima teria com um conhecido. Policiais do 2° Batalhão fizeram buscas na região, mas até o momento o agressor não foi localizado.
O caso está sob investigação da Polícia Civil.
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Número de focos de queimada no Acre cai em 2025, mas avança sobre áreas já desmatadas
O Acre registrou uma queda significativa no número total de focos de queimada no primeiro semestre de 2025, segundo dados da plataforma TerraBrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram contabilizados 61 focos entre janeiro e junho deste ano, uma redução de mais de 55% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o estado registrou 137 ocorrências.
Apesar da diminuição expressiva no número total, o perfil das áreas atingidas chama a atenção: a maioria dos focos de 2025 ocorreu em regiões já degradadas. Do total registrado, 31 focos (50,8%) aconteceram em áreas de desmatamento consolidado, enquanto 28 (45,9%) foram em áreas de desmatamento recente. Apenas dois focos, o equivalente a 3,3%, ocorreram em áreas de vegetação nativa.
Em 2024, o cenário era diferente. A maior parte dos focos de queimada, 82 (59,9%), ocorreu em áreas de desmatamento recente. Outros 44 (32,1%) foram registrados em regiões de desmatamento consolidado, e 11 (8%) atingiram vegetação nativa.
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ICMBio fecha o cerco contra criadores de gado na Resex Chico Mendes
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realiza neste final de semana entre sábado e domingo, 07 e 08, uma operação de fiscalização na Reserva Extrativista Chico Mendes, com o apoio de forças de segurança, para combater o desmatamento ilegal e a criação irregular de gado em áreas protegidas, em Xapuri (AC). A ação integra uma mobilização nacional e ocorre em pontos considerados críticos da reserva.
O videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, esteve no Seringal Maloca, onde funciona uma base do ICMBio, e conversou com Carla Lessa, gerente regional do instituto, que explicou os objetivos e procedimentos da operação. Segundo ela, a ação foca em áreas onde já houve notificações e autuações, mas que continuam sendo desrespeitadas por moradores.
“É importante a gente contextualizar que a Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada na década de 90. Ela envolve sete municípios, são cerca de 5 mil famílias que conhecem o uso do território, o limite do uso do território. A gente tem um acordo com as comunidades, que é o plano de utilização, onde tem regras e solicita-se autorização para desmate, para uso do território. E a gente tem, em paralelo com as ações sociais e econômicas, a fiscalização como atribuição do ICMBio. No processo de fiscalização, a gente autua, multa, embarga a área e, em algumas situações, a gente notifica para retirada do gado. Essas ações muitas vezes são feitas pela equipe local, só que quando a situação extrapola, que é o que infelizmente tem acontecido, a reserva Chico Mendes hoje configura como a mais desmatada na Amazônia, a gente precisa de algumas ações mais enérgicas de retirada desse gado. E é isso que a gente está começando a fazer aqui, mas com alvos específicos, onde, repito, tem ações judiciais, tem ações de saída de moradores irregulares, reiteradas notificações para retirada de gado e não cumpridas. Então, nesse momento aqui, o foco são esses alvos, não especificamente só aqui em Xapuri, mas são alvos com essa característica”, explicou.
Questionada sobre o número de pessoas notificadas, Carla Lessa afirmou que são muitas e que a fiscalização se concentra em moradores que fazem uso inadequado do território. “O número exato de pessoas notificadas são muitas. Infelizmente, muitos moradores utilizam de forma inadequada o seu espaço, a sua colocação. A unidade tem um plano de utilização que define o percentual da área que é usada e a forma como deve ser usada. Não é proibido o gado, o problema é que você não pode extrapolar conforme o tamanho da sua área, o tamanho da sua colocação, o limite. Essas pessoas são notificadas, são multadas, são aconselhadas a não reutilizar, deixar regenerar a área que eles mataram. Isso tem sido feito continuamente, mensalmente, nas ações da Unidade de Conservação. E, repito, aqui a gente está só vindo em casos extremos, onde realmente a situação chegou às vias judiciais ou de forma administrativa, foram reiteradas solicitações de retirada do gado e descumprimento por parte do autuado”, ressaltou.
Durante a visita da equipe de reportagem, foi possível observar animais sendo isolados em algumas localidades. A gerente explicou como será feita a destinação desse gado apreendido. “Uma vez que a gente determina que o gado está apreendido, esse gado passa a ser responsabilidade do ICMBio, em parceria com o Idaf, que é o órgão sanitário responsável, que quantifica os animais, avalia a situação sanitária e cabe ao ICMBio dar a destinação final do gado. Então, esse manejo agora é de responsabilidade nossa”, destacou.
Ainda segundo Carla Lessa, o levantamento do número total de animais e propriedades envolvidas está em andamento. “A gente está levantando e o Idaf está aqui, desde ontem, fazendo esse levantamento para nós. A gente não tem esse dado claro porque é um levantamento contínuo. Então, a gente tem algumas prioritárias, sim, mas é um trabalho que vai continuar ao longo do ano, que o objetivo final, realmente, é reduzir o desmatamento na reserva Chico Mendes”, finalizou.
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