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Dono da Esportes da Sorte e esposa se entregam à polícia

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Darwin Henrique da Silva Filho estava em viagem a trabalho quando operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais foi deflagrada. Defesa dele e de Maria Eduarda Filizola entrou com pedido de habeas corpus na Justiça.

Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, e a esposa, Maria Eduarda Filizola. Foto: Reprodução/Instagram

Por Artur Ferraz, g1 PE

O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte, se entregou à polícia e foi preso nesta quinta-feira (5). Ele é um dos alvos da operação “Integration”, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais e prendeu a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra.

A informação foi divulgada por meio de nota pelo escritório de advocacia Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, que representa o empresário. De acordo com os advogados, além de Darwin Filho, a esposa dele, Maria Eduarda Filizola, também se apresentou à Polícia Civil e foi presa junto com o marido.

Ainda segundo a defesa, o casal chegou a uma delegacia durante a manhã, prestou depoimento e está à disposição das autoridades. O escritório informou ainda que entrou com um pedido de habeas corpus, que segue sob análise do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

“Todos os questionamentos da polícia foram devidamente respondidos e as dúvidas sobre as atividades da empresa Esportes da Sorte oram sanadas, demonstrando-se a regularidade e a legalidade das atividades profissionais”, afirmou o escritório na nota.

De acordo com a defesa do casal, Darwin Filho estava em uma viagem a trabalho no momento em que os policiais foram ao apartamento dele, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, para cumprir os mandados de prisão do empresário e da esposa, na manhã da quarta-feira (4).

Suspeitas sobre a empresa
  • A Esportes da Sorte é uma plataforma online de apostas esportivas que patrocina diversos clubes de futebol, incluindo Corinthians, Athletico-PR, Náutico e Santa Cruz;
  • A “bet”, nome pelo qual esse tipo de empresa é conhecido, começou a ser investigada em 1º de dezembro de 2022;
  • Nesse dia, a polícia apreendeu mais de R$ 180 mil em espécie, além de documentos, na sede da empresa Caminhos da Sorte, que pertence a Darwin Henrique da Silva, pai do CEO da Esportes da Sorte;
  • Em decisão judicial que concedeu a quebra de sigilo fiscal da empresa, em novembro do ano passado, a juíza Andréa Calado da Cruz afirmou que, conforme as investigações, a documentação apreendida foi suficiente “para apontar estreita ligação entre as empresas supramencionadas na prática de atividades ilícitas”;
  • Outra atividade da empresa que está sob investigação diz respeito à compra e à venda de dois carros de luxo, uma Ferrari e uma Lamborghini Urus Performante, tanto pela pessoa jurídica da Esportes da Sorte quanto por Darwin Filho;
  • Os dois veículos foram comercializados à vista por R$ 8 milhões em 2023, segundo aponta o inquérito, e o processo não menciona para quem os carros foram vendidos;
  • No entanto, em depoimento à polícia após ser presa, na quarta (4), Deolane confirmou que comprou de Darwin Filho um carro, de modelo Lamborghini Urus Performante, no ano passado, por R$ 3,85 milhões.
  • A terceira fase da operação “Integration” foi deflagrada para cumprir 19 mandados de prisão;
  • Entre os presos, estão Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra. Entretanto, não foi divulgada qual seria a participação delas nos supostos crimes nem os nomes dos outros alvos;
  • Deolane estava em viagem com a família quando foi presa, em um hotel no bairro de São José, na região central do Recife;
  • Em uma carta divulgada após a prisão, ela negou participação em crimes;
  • Também foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, cumpridos em seis estados: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco e São Paulo.
Como funcionava o esquema

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP):

  • Cerca de R$ 3 bilhões foram movimentados por quadrilha que usava empresas de eventos e casas de câmbio para lavar dinheiro de jogos ilegais;
  • Esse valor foi movimentado de janeiro de 2019 a maio de 2023 em contas correntes, em aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes dos jogos ilegais;
  • A quadrilha usava empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavagem de dinheiro por meio de depósitos e transações bancárias;
  • O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com saque imediato do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da compra de centenas de imóveis;
  • Os investigadores identificaram transações atípicas de pessoas físicas e jurídicas, que indicam indícios de crimes financeiros, sem nenhum suporte para as transações comerciais e financeiras feitas pelo grupo;
  • A maioria dos integrantes tem padrão de vida incompatível com a renda e bens declarados.
Bens apreendidos

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, também foi decretado o sequestro de bens dos alvos da operação. Entre os itens apreendidos, estão:

  • 11 relógios da marca “Rolex”;
  • 2 helicópteros;
  • 1 avião, que pertencia ao cantor Gusttavo Lima;
  • Carros de luxo, sendo um na mansão de Deolane Bezerra;
  • Embarcações;
  • Imóveis;
  • Joias;
  • Notas de dinheiro em euro e dólar;
  • Bolsas de luxo;
  • Garrafas de vinho (cada uma delas avaliada em torno de R$ 5 mil).
O que dizem Deolane e a Esportes da Sorte

O escritório da advogada Adélia Soares, que defende Deolane e Solange, publicou uma nota nas redes sociais em que diz que a investigação é sigilosa e que a empresária está à disposição das autoridades. Já em carta publicada no Instagram, a influenciadora afirmou que está sofrendo “uma grande injustiça” e que ela e a família são vítimas de preconceito.

Também procurada, a Esportes da Sorte disse, por meio de nota, que:

  • Ratifica o compromisso com a verdade, “com o jogo responsável e, principalmente, com o cumprimento de todos os seus deveres legais”;
  • A casa de apostas está “de portas abertas” para apresentar documentos, esclarecer dúvidas e prestar “apoio irrestrito” a qualquer ação investigatória;
  • Atua sempre com transparência e está sem acesso aos autos do inquérito e às razões da ação policial.

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Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 38 milhões

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As seis dezenas do concurso 2.860 da Mega-Sena serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 38 milhões. Por se tratar de um concurso com final zero, ele recebe um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

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Dólar ultrapassa os R$ 5,70 à espera de juros nos EUA e no Brasil

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Na véspera das decisões sobre os juros básicos no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado financeiro teve um dia turbulento. O dólar ultrapassou os R$ 5,70, e a bolsa fechou estável após desacelerar ao longo do dia.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (6) vendido a R$ 5,71, com alta de R$ 0,021 (+0,37%). A cotação chegou a subir para R$ 5,73 pouco antes das 11h, mas reduziu a alta ao longo da tarde.

Após recuar por oito pregões seguidos no fim de abril, a moeda norte-americana acumula alta de 0,6% em maio. Em 2025, a divisa cai 7,6%.

O mercado de ações teve um dia volátil. Após alternar altas e baixas, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.516 pontos, com alta de apenas 0,02%.

A bolsa brasileira descolou-se das bolsas norte-americanas, que caíram nesta terça. Uma explicação está no fato de que a cotação do petróleo subiu 3,17% no mercado internacional, com a expectativa de maior demanda na Europa e na China. Isso fez as ações da Petrobras, com maior peso do Ibovespa, recuperarem-se da queda de ontem.

Um dia após atingirem o menor valor desde agosto de 2023, os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) da Petrobras subiram 1,57%, para R$ 32,27. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) subiram 1,65%, para R$ 30,15.

O mercado financeiro global está de olho nas reuniões desta quarta-feira (7) do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. Movimentos de proteção cambial por parte de investidores globais fizeram o dólar subir perante o real e moedas da Colômbia e da Ásia.

A indefinição da guerra comercial entre Estados Unidos e China também provocou instabilidade no mercado financeiro. Nesta terça, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bassent, afirmou que os Estados Unidos negociam com 17 países, mas resultados concretos das conversas ainda não foram divulgados.

*Com informações da Reuters

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Dino e Mendonça divergem no STF: “Não admito que me chamem de ladrão”

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Foto: Reprodução STF

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino e André Mendonça, tiveram discussão durante sessão plenária nesta quarta-feira (07) a respeito de uma regra do Código Penal que estabelece o aumento de pena em crimes contra a honra de servidores públicos.

Ao proferir voto, Mendonça defendeu que em casos de difamação e injúria, não há motivos para diferenciar um cidadão comum de um servidor público: “Nos chamar e a qualquer servidor de louco, irresponsável, incompetente, na minha visão, não há algo específico para eu impor uma pena superior por eu ser servidor público”, afirmou.

O ministro Cristiano Zanin pediu a palavra e ponderou que a crítica é legítima, desde que não se torne uma ofensa criminal.

O presidente do STF e relator da ação, Luís Roberto Barroso, endossou Zanin com um exemplo prático: “Quando você diz que alguém é ladrão, está implícito crime”.

A partir desse momento, Mendonça e Dino iniciaram um debate.

Mendonça afirmou que chamar alguém de ladrão é opinião. A fala provocou reação imediata do ministro Flávio Dino: “Ministro André, ainda assim, para mim, é uma ofensa grave. Não admito que ninguém me chame de ladrão. Porque essa tese da moral flexível que inventaram é a tese que degrada o serviço público e desmoraliza o Estado”.

Mendonça ironizou: “Se o cidadão não puder chamar um político de ladrão…”.

Dino retrucou: “E ministro do Supremo, pode?”. Mendonça respondeu: “Eu não sou distinto dos demais…”

Ao final, Dino afirmou: “Se um advogado subisse nessa tribuna e dissesse que Vossa Excelência é ladrão, ficaria curioso sobre a reação de Vossa Excelência”.

Calúnia

Hoje, o Código Penal prevê três tipos de crime contra a honra: calúnia, difamação e injúria. Para Mendonça, o aumento de pena deve ser aplicado somente em caso de calúnia – que é imputar a alguém o cometimento de crime. Ele seguiu o entendimento do relator, ministro Barroso.

Em voto, Mendonça defendeu que, para os outros crimes, a pena deve ser a mesma que a de cidadãos fora do funcionalismo público, prezando pela igualdade de tratamento.

Já o ministro Flávio Dino argumentou que a favor do aumento da pena em todos os crimes contra honra de servidores públicos. Segundo ele, ataques a servidores afetam não só a pessoa atacada, mas também o cargo que ela ocupa.

Até o momento, quatro ministros entenderam que o aumento de pena é válido a todos crimes contra a honra: Flávio Dino, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

Já dois ministros consideram que a regra deve valer apenas para o caso de calúnia: Luís Roberto Barroso e André Mendonça.

Ainda falta o voto de cinco ministros. A sessão será retomada na quinta-feira (8).

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