Brasil
Dólar cai para R$ 5,31 com bom humor externo e doméstico
Bolsa sobe quase 3% em dia de poucos negócios
Num dia de negociações reduzidas, o dólar teve forte queda e a bolsa subiu quase 3%. No mercado internacional, predominou o bom humor externo em meio ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. No Brasil, a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de rejeitar recurso do PL contra 279 mil urnas eletrônicas no segundo turno, contribuiu para amenizar as tensões.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (24) vendido a R$ 5,31, com recuo de R$ 0,064 (-1,2%), A cotação operou em queda durante toda a sessão, chegando a R$ 5,30 na mínima do dia, por volta das 12h15.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula alta de 2,79% em novembro. Em 2022, a divisa cai 4,77%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, teve forte recuperação. Após duas quedas seguidas, o indicador fechou aos 111.836 pontos, com alta de 2,75%. A bolsa está no nível mais alto desde o último dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República.
Com o mercado norte-americano sem funcionar nesta quinta-feira, prevaleceu o otimismo em relação à ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). No documento, divulgado ontem (23), os diretores indicaram que poderão reduzir o ritmo de aumento de juros nas próximas reuniões porque a inflação dos Estados Unidos começa a ser contida.
Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Aumentos menores que o previsto ajudam a conter a saída de recursos.
No mercado interno, além da decisão de Moraes, que manteve o resultado das eleições e impôs multa de R$ 22,9 milhões à coligação pela qual concorreu o candidato Jair Bolsonaro, outros fatores pesaram para aliviar a turbulência dos últimos dias. O primeiro foi o adiamento da proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende retirar até R$ 198 bilhões do teto de gastos (R$ 175 bilhões para o Bolsa Família e R$ 23 bilhões para investimentos federais).
Segundo o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a PEC deverá ser protocolada na próxima terça-feira (29). Senadores de centro pretendem reduzir o impacto da PEC e limitar em dois anos o período para a exclusão dessas despesas do teto de gastos.
*Com informações da Reuters
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Brasil
Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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