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Acre

Dois geoglifos são encontrados em Epitaciolândia durante expedição no Seringal Porongaba na Reserva Chico Mendes

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Agentes do ICMbio faziam estudo de viabilidade e ampliação da trilha Chico Mendes no Seringal Porongaba, na zona rural de Epitaciolândia, quando encontraram as estruturas. Iphan aguarda o registro oficial da descoberta para enviar equipe de arqueólogos no local.

Geoglifo em área desmatada foi encontrado na zona rural de Epitaciolândia. Foto: Arquivo pessoal/Larissa Miranda

Uma equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) encontrou dois novos geoglifos durante uma expedição dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), em Epitaciolândia. Os servidores faziam um estudo de viabilidade e ampliação da trilha Chico Mendes, no ramal de mesmo nome, quando acharam o primeiro sítio arqueológico.

Os geoglifos são estruturas geométricas escavadas na terra, em formato de quadrados, retângulos ou círculos, e que podem ser datados em até três mil anos. O Acre é pioneiro e referência quando o assunto é geoglifos. Em março deste ano, o primeiro geoglifo tombado no Acre pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) teve o reconhecimento homologado pelo Ministério da Cultura.

A descoberta ocorreu nesta quarta-feira (25). O analista ambiental Fernando Maia liderava a expedição quando o monumento foi encontrado. Os servidores estavam com o morador Chico Melo, que mora na região e chegou a relatar já ter ouvido histórias sobre a existência da estrutura no local.

“Ele lembrou de uma história antiga de um cunhado que contou que estava realizando uma broca [limpando a área] no local e achou uma estrutura muito estranha no meio da floresta, mas isso tem 12 anos e caiu no esquecimento. Estávamos no meio do pasto, o capim muito alto, como eu já tenho um pouco de experiência com isso, avistei ao longe a borda do geoglifo. Nos aproximamos e encontramos. Ficamos muito eufóricos porque é um achado muito importante para a área e para própria trilha Chico Mendes, que queremos ampliar”, relatou.

Segundo geoglifo encontrado tem formato de um D e está em uma área densa de mata. Foto: Arquivo de Larissa Miranda

Após o achado histórico, Fernando Maia e o restante da equipe voltaram para a área urbana e ele foi buscar imagens de satélite para encontrar a localização exata do monumento. O que ele não sabia era que iria encontrar um novo sítio arqueológico ao analisar as imagens.

“Voltamos para a cidade muito alegres e tentei, pelo Google Maps, localizar pela linha do ramal e, por acidente, acabei vendo outra estrutura. Dei zoom e vi que era outro geoglifo, e não o que a gente tinha visto no local. Percebi que era um novo por conta da distância com a casa, a posição da floresta. Fizemos a coleta da coordenada geográfica e, hoje pela manhã, fomos até o local e fizemos o registro com o drone”, disse.

As duas estruturas estão a 8 quilômetros de distância um do outro. A área onde o primeiro geoglifo foi encontrado está desmatada após ter sido ocupada irregularmente anteriormente. Por isso, a equipe conseguiu visualizar logo a estrutura.

Já a segunda estrutura está em uma área densa de mata. “Tivemos dificuldades de andar ao redor do geoglifo e aparece cheio de mato na imagem. São dois achados que para a Reserva Chico Mendes são muitos valorosos porque, há uns quatro anos, tínhamos zero de registro”, confirmou.

Ainda segundo o servidor, já há registros da existência de quatro geoglifos no Ramal das Filipinas, uma região próxima. Segundo Maia, há possibilidade de existir mais sítios escondidos pela floresta. “É um local de densamento de geoglifos que precisa de muito estudos em meio a floresta para encontrá-los. Dos quatro encontrados anteriormente, três estão em meio à floresta, então, não eram evidentes”, destacou.

Coordenadas compartilhadas

Após o achado, o servidor disse que entrou em contato com a equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para compartilhar as coordenadas e avisar das novas estruturas. “Encaminhamos as coordenadas geográficas e a coordenadora pesquisou e atestou que, de fato, são registros novos”, disse.

O analista contou também que achou pedaços de, aparentemente, de cerâmicas dentro do geoglifo. “Não tenho certeza se são, é similiar à cerâmica, achei intrigante o formato e a estrutura”, ressaltou.

Antônia Barbosa, arqueóloga do Iphan, contou que a descoberta, feita na quinta (25), coincidiu com três importantes datas celebradas nesta sexta (26):

  • Dia da Proteção do Patrimônio Arqueológico;
  • lei federal n.º 3.924 de 1961, a qual estabelece que os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes em território nacional e de todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção do poder público;
  • Dia do Arqueólogo.

“Então, ter um achado desses nesse dia tão importante. Vamos ter que registrar esse sítio arqueológico, comunicar oficialmente pra que a gente possa inserir e fazer cadastro. Vai passar todas as informações e o Iphan vai registrar e homologar o sítio arqueológico como patrimônio”, avisou.

Após o informe oficial, arqueóloga contou que será marcada uma expedição para fazer o registro. Segundo Antônia, há alguns itens que precisam ser preenchidos por um arqueólogo. “Me mandou as imagens e chequei que não estão registrados ainda, são inéditos os dois. Temos bastantes sítios identificados naquela área”, confirmou.

Fernando Maia e outros dois servidores do ICMBio acharam as estruturas nessa quinta-feira (25). Foto: Arquivo pessoal/Fernando Maia

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PM confirma chacina de 6 pessoas em assentamento da área rural de Porto Velho

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Foram assassinados quatro homens e duas mulheres

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Acre

Amazonas, Acre e Rondônia estão em alerta laranja para chuvas intensas, ventos de 60-100 km/h e risco de alagamento

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O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta laranja para chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h), com início nesta segunda-feira (03) e finalizando na terça-feira (04) às 10h00. Os riscos são: risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Região Norte

– Rondônia: Alto Paraíso, Buritis, Candeias do Jamari, Cujubim, Guajará-Mirim, Itapuã do Oeste, Nova Mamoré e Porto Velho;

– Amazonas: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Canutama, Carauari, Coari, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Manicoré, Pauini, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tapauá e Tefé;

– Acre: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Senador Guiomard, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.

 

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Acre

Técnicos do SGB fazem manutenção em pontos de monitoramento da bacia do rio Acre

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Foto: Sérgio Vale/ac24horas

Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB), subordinado ao Ministério das Minas e Energia, percorre desde o dia 17 de fevereiro todos os municípios da bacia do rio Acre para dar manutenção nos pontos de monitoramento responsáveis pela medição do nível do rio. Nesta segunda-feira de Carnaval, 3, a equipe do SGB, cuja sede é em Porto Velho, concluía a manutenção do Plataforma de Coleta de Dados (PCD) localizada junto à ponte Juscelino Kubitschek. No estado, o Serviço recebe apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Wladimir Gomes, responsável técnico pela manutenção dos pontos de monitoramento, diz que qualquer pessoa pode acompanhar as oscilações do rio Acre, de Assis Brasil a Rio Branco, e saber quando haverá elevação ou queda do nível das águas pelo aplicativo Hidroweb, disponível para sistemas Android ou iOS. O mesmo pode ser feito pelo site da Agência Nacional de Águas (ANA) ou pelo site do Serviço Geológico do Brasil.

“É preciso prestar atenção no nível das águas em Assis Brasil para saber quando o rio Acre irá subir. E isso é possível fazer acompanhando pelo aplicativo”, orienta Gomes. Há réguas de monitoramento dos níveis dos rios do Acre em cada um dos 22 municípios.

O Acre faz parte há 20 anos da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Um radar, instalado diretamente na ponte metálica também monitora o rio Acre, enviando dados para uma central, localizada no prédio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que os repete para o satélite.

O nível do rio Acre nesta segunda-feira na primeira medição do dia, às 05h19, era de 10,96m bem distante das cotas de alerta e de transbordamento, de 13,5 e 14 metros, respectivamente.

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