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Do “sonho distante” aos elogios de Dana White: conheça lutador do Acre que vai estrear no UFC Vegas 106

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Matheus Camilo, 24 anos, encara Gabe Green, neste sábado, em Las Vegas, Nevada (EUA). Atleta começou carreira nas artes marciais em Rio Branco há 12 anos e conquistou vaga no UFC em 2024

Matheus Camilo, atleta acreano de MMA — Foto: Divulgação/UFC

O acreano Matheus Camilo, 24 anos, tem estreia marcada no UFC Vegas 106, neste sábado (17), em Las Vegas, Nevada (EUA). Após sete anos do fim da passagem de Francimar Bodão, o Acre voltar a ter um lutador na principal organização de MMA do planeta.

Dono de seis vitórias seguidas nos últimos combate, Matheus Camilo vai enfrentar o norte-americano Gabe Green, que vem de duas derrotas seguidas, na categoria peso-leve até 70,3 Kg.

O lutador acreano cumpriu agenda do UFC, nessa quarta-feira, e fez questão de erguer a bandeira do Acre no mídia day, que inclui sessão de fotos, entrevistas e o lançamento do evento.

Matheus Camilo quer deixar sua marca na divisão dos leves – diz um trecho da apresentação do atleta no site oficial do UFC.

Ficha técnica
  • Nome: Matheus Camilo
  • Apelido: Jaguar
  • Cartel: 9-2
  • Idade: 24 anos
  • Natural de: Rio Branco, AC
  • Altura: 1,76 m
  • Categoria: peso-leve (até 70,3 Kg)
  • Próximo adversário: Gabe Green (Estados Unidos)
Quem é Matheus Camilo?

Filho de Gentil Camilo, que morreu durante a pandemia de Covid-19, e Meire Pinheiro Camilo, Matheus Camilo é o caçula da família. Ele tem dois irmãos: Lucas Pinheiro Camilo e Luiz Diego, irmão por parte de pai.

Matheus Camilo presta homenagem ao pai, Gentil Camilo, após primeira vitória no Shooto Brasil — Foto: Arquivo pessoal/Matheus Camilo

Apaixonado pelo mundo das artes marciais, o atleta começou a treinar jiu-jítsu e kickboxing entre 2013 e 2017, no Centro de Lutas Riva Fight Team, em Rio Branco, sob comando do mestre Rivelino Souza, o Riva.

– Às vezes a gente ia deixar, às vezes ele ia a pé. Ele sempre dava o jeito dele, nunca deixou de treinar – disse o irmão do atleta, Lucas Camilo, em entrevista.

Criado na Baixada da Sobral, um das regiões mais periféricas na capital acreana, o lutador ficou marcado no início da carreira por causa da vontade excessiva de vencer, segundo o mestre Riva.

– Ele tem muita vontade. Então, quando você quer, você tem que correr atrás, não pode desistir. O Matheus ainda chegou a me tirar uns dois alunos porque ele batia muito. Os caras ficam com medo, saiam e não voltavam – brincou o mestre em entrevista à Rede Amazônica Acre no início deste ano.

Matheus Pinheiro treina no CT Bodão, em Rio Branco. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Matheus Camilo começou a treinar MMA no CT Bodão, do ex-lutador do UFC Francimar Bodão, também na capital do Acre, por meio do projeto ‘Bodão em busca de campeões’. Em 2018, Matheus Camilo passou cinco meses treinando na academia do ex-lutador Randy Couture, em Las Vegas.

Ascensão até vaga no UFC e elogios de Dana White

Matheus Camilo sabia que sair do Acre e alcançar uma vaga no UFC era um “sonho distante”, mas nunca deixou de acreditar. Ele mora nos Estados Unidos há quase cinco anos.

– Era um sonho distante, mas eu sabia que um dia ia chegar lá. Se eu continuasse trabalhando com honestidade, disciplina, sem querer passar por cima de ninguém, eu ia chegar lá – conta Matheus Camilo.

De 2019 até 2024, Matheus Camilo entrou no octógono para 11 combates, obtendo nove vitórias e duas derrotas. O último triunfo dele foi no Z-Fight Night, em combate que rendeu a vaga no UFC após vitória sobre o tajique Nabotov Dorobshokh.

A luta, inclusive, foi casada após o tajique pedir uma chance para lutar no UFC durante coletiva de imprensa. Dana White, o chefão do UFC, arranjou o confronto dele contra Matheus Camilo.

Após a luta, Dana White elogiou o desempenho do atleta acreano, que venceu o combate por decisão unânime dos juízes.

Dana White em coletiva do UFC — Foto: Reprodução/Youtube

– Ele ganhou a luta e ele parecia muito bem fazendo isso. Ele era um lutador mais completo – disse Dana White em coletiva de imprensa após a vitória de Matheus Camilo.
Origem do apelido ‘Jaguar’

Matheus Camilo carrega o apelido ‘Jaguar’, em referência a onça-pintada (onça-preta).

– Jaguar é muito famoso na América Central, nas regiões aqui da América do Sul também. Ele é um animal feroz, é um animal silencioso, é um animal preciso, e ele ataca no momento certo. É a fera mais temida da Amazônia, a fera terrestre. A gente pensou: “pô, casa muito com Matheus”, e também pelo fato de ele ser negro – explica Lucas Camilo.

Apaixonado pelo mundo das artes marciais, o atleta começou a treinar jiu-jítsu e kickboxing entre 2013 e 2017, no Centro de Lutas Riva Fight Team, em Rio Branco. Foto: cedida 

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Na Baixada da Sobral, arte marcial vira ferramenta de transformação social

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Em meio aos desafios enfrentados pela periferia de Rio Branco, uma iniciativa vem se destacando como símbolo de esperança. É na Baixada da Sobral, no bairro Bahia Nova, tradicional reduto de força e resistência, que o mestre e professor de Kung Fu, Nill Figueiredo, está plantando as sementes da mudança por meio da arte.

O projeto social que ele idealizou teve sua primeira atividade nesta quinta-feira (12), na Escola Tancredo Neves. Voltado para alunos de escolas públicas e para moradores da comunidade, o programa oferece aulas gratuitas de Kung Fu e Tai Chi Chuan, além de fornecer uniformes, equipamentos de treino e luta e acompanhamento para a progressão nas graduações das artes marciais.

Mas a proposta vai muito além dos golpes e movimentos precisos. A arte marcial é usada como instrumento de disciplina, autocontrole e cidadania. Para participar, os jovens precisam manter frequência escolar, boas notas e bom comportamento dentro e fora da sala de aula. “Queremos formar não apenas atletas, mas cidadãos comprometidos”, diz o professor Nill.

A meta do projeto é alcançar 800 alunos em 12 escolas da capital acreana, ampliando o alcance nas regiões que mais precisam de oportunidades. E os primeiros resultados já são visíveis.

Maria José, moradora da região e mãe de três alunas do projeto, relata uma mudança marcante no dia a dia das filhas. “Depois que começaram no Kung Fu, ficaram mais calmas”, conta emocionada.

Em uma região muitas vezes marcada pela exclusão e pela ausência do poder público, a arte resiste. E mais do que isso: transforma. Na Baixada da Sobral, o Kung Fu está ensinando mais do que defesa pessoal — mostrando que disciplina, respeito e perseverança também podem nascer na periferia. E florescer.

O gestor da escola, Laézio Lira, espera que a prática esportiva entre os alunos melhore o nível competitivo. Segundo ele, a seletiva criou um modelo de interação saudável.

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ICMBio esclarece que operação na Reserva Chico Mendes visa apenas pecuária ilegal

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Coordenadora da Operação Suçuarana nega ação contra pequenos produtores e alerta sobre fake news que distorcem objetivos da fiscalização

A gestora também chamou atenção para o impacto ambiental provocado pelas invasões e pela expansão ilegal da pecuária. Foto: internet

Em entrevista concedida nesta sexta-feira (14), a gerente regional do ICMBio e coordenadora da Operação Suçuarana, Carla Lessa, reafirmou o caráter seletivo das ações de fiscalização na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. A gestora esclareceu que as intervenções têm como alvo específico pecuaristas que, mesmo após notificações formais e determinações judiciais, mantiveram atividades ilegais na unidade de conservação.

Pontos-chave da operação:
  • Alvo específico: Pecuaristas que ignoraram múltiplas notificações do ICMBio e decisões judiciais

  • Base legal: Cumprimento do plano de uso sustentável definido pelos próprios extrativistas

  • Dados preocupantes: Aumento de 40% no desmatamento para pastos ilegais nos últimos 3 anos

  • Combate à desinformação: Fake News circulando sobre suposto prejuízo a pequenos produtores

Lessa destacou que a reserva – criada em 1990 como homenagem póstuma a Chico Mendes – tem 93% de seu território preservado, mas sofre pressão crescente de grileiros. “São invasores profissionais, não moradores tradicionais”, afirmou, citando casos de propriedades com mais de 500 cabeças de gado em áreas protegidas.

O ICMBio é o responsável por fiscalizar o cumprimento do plano de utilização elaborado pelos próprios moradores da reserva. Foto: captada

Carla Lessa também alertou sobre a disseminação de informações falsas nas redes sociais, que estariam distorcendo os objetivos da operação. “Não é verdade que o ICMBio está prejudicando pequenos produtores. Nosso trabalho visa proteger a reserva e garantir que ela cumpra sua função original”, afirmou.

A operação já resultou na apreensão de 1.200 animais em duas semanas, todos encaminhados para leilão público. Os recursos serão reinvestidos em ações de fiscalização e projetos sustentáveis para as 2.400 famílias extrativistas legalmente assentadas.

Próximos passos:
  1. Intensificação do monitoramento por satélite

  2. Parceria com MPF para ações judiciais contra invasores

  3. Campanhas educativas sobre o plano de uso da reserva

A gestora também chamou atenção para o impacto ambiental provocado pelas invasões e pela expansão ilegal da pecuária. “Nos últimos anos, houve aumento significativo do desmatamento e da introdução de grandes rebanhos de gado, o que tem descaracterizado a finalidade da unidade de conservação”, afirmou.

Por fim, Carla Lessa pediu o apoio da sociedade para que o trabalho de fiscalização continue sendo efetivo.

“Precisamos da colaboração de todos para garantir a conservação da floresta amazônica e a proteção dos direitos das populações extrativistas que vivem na reserva”, concluiu Lessa.

A gestora esclareceu que as intervenções têm como alvo específico pecuaristas que, mesmo após notificações formais e determinações judiciais, mantiveram atividades ilegais na unidade de conservação. Foto: cedida 

Destaques da entrevista:
  • Seletividade da ação: “Nossa atuação é cirúrgica, baseada em laudos técnicos e processos judiciais já transitados em julgado”

  • Proteção aos tradicionais: “As 2.400 famílias extrativistas regularizadas não são e nunca serão alvo”

  • Critério de atuação: Propriedades com mais de 50 cabeças de gado são priorizadas, indicando atividade comercial

  • Transparência: Lista completa de áreas notificadas está disponível para consulta pública

Lessa apresentou dados concretos: dos 1,3 milhão de hectares da reserva, apenas 3% estão sob conflito fundiário, concentrados em 47 áreas específicas onde se verifica desmatamento recente. “São casos flagrantes de grilagem, com documentação fraudulenta”, afirmou.

A coordenadora rebateu críticas: “Quem cumpre a lei não tem motivo para temer. Estamos cumprindo nosso dever constitucional de proteger uma unidade de conservação federal”. Ela convocou produtores irregulares a aderirem voluntariamente ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê a retirada gradual dos animais sem multas.

O ICMBio/IBAMA mantém canal aberto para esclarecimentos através do Disque Denúncia Linha verde: 0800 61 8080. Novas etapas da operação estão previstas para as próximas semanas, com apoio da Polícia Federal e Força Nacional.

Segundo ela, a operação se concentra exclusivamente em áreas de pecuária ilegal, ocupadas por pessoas que desrespeitam notificações do ICMBio e decisões judiciais para desocupar o território. Foto; captada

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Larva em comida do RU da Ufac viraliza e gera revolta entre estudantes

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Postagem em perfil de humor universitário mostra suposto inseto em refeição do Restaurante Universitário; comunidade reage com ironia e cobra posicionamento

Na imagem, aparece a frase “Servidos, calouros?”, acompanhada da conversa de um direct com a foto do prato. O conteúdo viralizou e foi rapidamente compartilhado em grupos de WhatsApp e perfis de estudantes.

Uma foto que circulou nesta quinta-feira (12) no perfil “Spotted UFAC” no Instagram causou polêmica ao mostrar o que parece ser uma larva em um prato de comida servido no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Acre. A imagem, acompanhada da legenda irônica “Servidos, calouros?”, rapidamente viralizou entre estudantes e servidores.

Repercussão imediata:
  • Publicação original recebeu centenas de interações em poucas horas

  • Comentários ironizavam a situação: “Proteína extra no cardápio” e “Kinder Ovo do RU”

  • Imagem foi amplamente compartilhada em grupos de WhatsApp da comunidade acadêmica

  • Caso reacende críticas recorrentes sobre a qualidade da alimentação no campus

A Ufac, procurada pela reportagem, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. O RU é um dos principais serviços de assistência estudantil da instituição, atendendo diariamente centenas de alunos com refeições subsidiadas.

Este não é o primeiro caso do tipo: em 2022, estudantes já haviam registrado queixas semelhantes sobre a presença de corpos estranhos nas refeições. A comunidade aguarda uma manifestação da administração universitária sobre as medidas de controle de qualidade que serão adotadas.

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