Brasil
Dilma recebe garantias para aliança com PMDB após jantar com cúpula do partido
Garantia de apoio à aliança ocorre num momento em que um pedaço importante do PMDB questiona as vantagens de manter a aliança com o PT

A presidente Dilma Rousseff ouviu da cúpula do PMDB, em jantar na noite de terça-feira (27), promessas e garantias de que haverá renovação da aliança para seu projeto de reeleição e distribuiu elogios aos principais caciques peemedebistas por cerca de duas horas.
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A garantia de apoio à aliança ocorre num momento em que um pedaço importante do PMDB questiona as vantagens de manter a aliança com o PT e depois de reuniões internas de legenda evidenciarem um racha, que tem algum potencial para romper o acordo com Dilma.
“Ela foi simpática, sedutora. Citou individualmente os governadores e as lideranças do partido tentando mostrar intimidade política com eles”, relatou um peemedebista à Reuters após o jantar no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB.
Cerca de 40 peemedebistas compareceram ao jantar, entre eles governadores, líderes de bancada, os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e muitos candidatos a governos estaduais do partido.
A reunião serviu também para dar uma demonstração de força a Temer, que nas últimas semanas era alvo de ataques daqueles que não querem apoiar Dilma à reeleição.
Apesar da distribuição de elogios, Dilma fez distinções entre os líderes do partido no Congresso. Ao senador Eunício Oliveira (CE) agradeceu por “estar em todos os momentos” ao lado do governo.
Já ao líder da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), considerado um adversário do Palácio do Planalto, Dilma agradeceu “por estar muitas vezes” do lado do governo. Cunha tem tentando se descolar do movimento daqueles que querem derrotar o acordo com Dilma na convenção, mas é frequentemente visto com os principiais articuladores desse movimento.
Segundo relato do peemedebista que conversou com a Reuters, Cunha fez um prognóstico de que a convenção nacional do partido, marcada para 10 de junho, irá “sufragar a aliança” e acrescentou que não “haveria insubordinação” à decisão dos convencionais.
O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, disse que todos os 16 votos do seu diretório irão para Dilma na convenção, assim como Oliveira, que é candidato ao governo cearense e sofre para montar um palanque com o PT no Estado. O senador confirmou que todos os votos do seu diretório também serão pela renovação da aliança.
Durante o dia, porém, antes do jantar, o grupo que resiste à renovação da aliança promoveu um frenético corpo a corpo no Congresso numa tentativa de articular uma derrota para Dilma no próximo dia 10. À frente desse movimento estava o pré-candidato ao governo da Bahia, Geddel Vieira Lima. Nos últimos dias, esse grupo colheu a lista dos convencionais e está estudando o terreno para avaliar suas chances de vitória e dar seguimento ao levante.
Para o líder do governo no Senado e candidato ao governo do Amazonas, Eduardo Braga (AM), se havia alguma dúvida sobre o apoio à aliança com o PT, “ela foi dissipada” nesse jantar.
“Foi um jantar alegre e otimista”, disse o senador à Reuters.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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