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Dia da Amazônia: técnicas sustentáveis garantem desenvolvimento e preservação em áreas verdes do Acre

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Ações envolvem desde áreas de mata em pé àquelas que já foram derrubadas e são recuperadas garantindo o uso delas sem que outras sejam derrubadas.

Pesquisador defende técnicas sustentáveis para desenvolvimento do Acre — Foto: Flávio Forner/Arquivo pessoal

Pesquisador defende técnicas sustentáveis para desenvolvimento do Acre — Foto: Flávio Forner/Arquivo pessoal

Garantir emprego e renda para as famílias. Este é um dos principais pontos que podem levar as pessoas a olharem para o desenvolvimento sustentável de forma mais sensível. É o que defende o pesquisador Judson Valentim, que no Dia da Amazônia, celebrado nesta segunda-feira (5), fala sobre algumas técnicas que podem contribuir positivamente para este fim.

Valentim é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e presidente do Portfólio Amazônia. E ele defende que é possível conseguir o desenvolvimento com uso de tecnologias que abrangem desde a área de mata que está em pé, àquela que já foi derrubada.

“No Bioma Amazônia nós temos dois cenários ambientais, digamos assim. Temos as áreas que são predominantemente floresta, cerca de 80%. E tem cerca de 20%, em torno de 70 milhões de hectares que já foram desmatadas. Então, nós temos aí duas estratégias diferentes para promover o desenvolvimento sustentável e quando eu falo de desenvolvimento sustentável, no caso da Embrapa, e vou falar do Portfólio Amazônia, a gente sempre pensa no ser humano como ponto central da sustentabilidade”, explica.

É que nesse conceito, ele explica que existe a alternativa tanto para o uso da floresta, como também de recuperação daquela que já foi desmatada. Como por exemplo, o manejo florestal, no caso da primeira situação, ou do uso de adubo e leguminosas para recuperação de solo degradado como ocorre em plantações da macaxeira, em Cruzeiro do Sul, ou mesmo a plantação do amendoim forrageiro que fortalece o pasto do criador de gado.

“Nesse contexto, o Portfólio Amazônia tem vários desafios de inovação que contempla os dois cenários tanto o de floresta (incluindo as pessoas: seringueiros, ribeirinhos, indígenas), quanto o das áreas que já foram desmatadas (produtores familiares, assentados, pequenos, médios e grandes produtores que estão fazendo atividades agropecuárias, ou agroflorestais nestas áreas”, pontua.

O desafio maior que se tem, no caso das áreas de floresta é desenvolver tecnologias de inovação para que a floresta em pé dê um retorno econômico igual ou superior às áreas desmatadas, segundo defende.

“A lógica aí é: se uma área de floresta tiver dando renda maior do que a desmatada, as pessoas não vão ter mais motivos para desmatar. Então, nesse contexto a gente busca primeiro desenvolver soluções de manejo florestal para as espécies madeireiras e não madeireiras”, conta.

Entre estes recurso que podem ser explorados no estado, Valetim destaca alguns exemplos como o açaí, cacau nativo, andiroba, copaíba, castanha-do Brasil, seringueira, buriti, tucumã.

“Há centenas de outros produtos. Os peixes nativos, que pode ser feito o manejo de pesca, temos por exemplo, o pirarucu que é uma das espécies mais conhecidas”, cita.

Depois dos recursos não madeireiros, ele pontua justamente o madeireiro e aí é quando entra aquela ideia já conhecida, de que toda árvore segue um fluxo: nascer, crescer e com o tempo morrer. E nas técnicas de manejo florestal o que é feito é colher parte destas espécies que já estão maduras, antes que elas morram. E quando se colhe estas árvores que têm valor econômico, na clareira que se retirou a árvore abre espaço para que outras árvores mais jovens cresçam.

“Aí temos essa dinâmica, faz-se o manejo de baixo impacto, você está colhendo estas árvores, mas mantendo a floresta e lógico, com o manejo dos recursos nativos, você consegue, por exemplo colher o açaí, sem destruir a floresta”, pontua.

O pesquisador cita o exemplo de que o manejo feito em uma área de 30 hectares de açaí, pode render uma renda mensal de R$ 2,5 mil, o que mostra que é possível, dentro de uma área pequena a subsistência, sem que seja necessário derrubar para tirar o sustento.

“Então, por exemplo, uma pessoa da Reserva Extrativista Chico Mendes, fazendo colheita de açaí, de castanha, látex da seringueira, andiroba, copaíba e outros produtos, ele consegue, com orientação técnica, gerar renda suficiente para ter uma vida digna”, explica.

O pesquisador explica ainda que a ajuda, por meio do conhecimento é fundamental para que a sustentabilidade não seja um fracasso. Ele ressalta o exemplo da castanha-do-Brasil.

“A castanha, quando ela cai, se ficar muito tempo ali, com a chuva e tudo mais, começam a ser contaminadas por um fungo nativo daqui mesmo. Esse fungo começa a apodrecer os frutos, e produz uma toxina que além de apodrecer o fruto, pode ser cancerígena. Então, a Embrapa desenvolveu com outras instituições também técnicas não só para orientar, os extrativistas a como colher esta castanha, mas a armazenar em armazéns simples que permitam a ele coletar a castanha, colocar nos pequenos armazéns suspensos para reduzir ou mesmo eliminar essa contaminação”, compartilha.

Essa é a técnica que eles chamam de boas práticas de coleta e processamento da castanha que pode beneficiar muitas famílias, e já é desenvolvida há 15 anos, com treinamento para as famílias do Acre.

Na entrega da capacitação também foram desenvolvidos pequenos secadores para que ele possa secar a castanha lá mesmo, na floresta, antes de levar para a usina de beneficiamento. Com isso, são dois ganhos: o primeiro é que vai diminuir a perda por apodrecimento dos frutos e contaminação. Se ele diminui essa perda, ganha na produção. E essa castanha tem melhor valor de mercado. Então, reduz as perdas e agrega valor ao produto desse extrativista.

Amendoim forrageiro aumenta a qualidade do pasto — Foto: Flávio Forner/arquivo pessoal

Nas áreas desmatadas, Valentim diz que a assistência técnica também é um diferencial na hora de ajudar produtores e pecuaristas a aprenderem manobras de recuperação do solo, para que ele não precise derrubar outra parcela para continuar executando sua atividade.

“O produtor familiar sem acesso à técnica e a crédito, é muito difícil ele fazer a agricultura de subsistência para gerar renda de forma sustentável. O que geralmente acontece: estes produtores quando recebem suas terras seus lotes dos assentamentos vão desmatando, fazendo seus roçados, e depois acabam montando um pasto, ou então tem como meta aumentar o valor de venda de seus lotes”, explica.

Um exemplo do que a Embrapa fez lá em Cruzeiro do Sul, por exemplo, é com a produtores de mandioca. O pesquisador diz que acontecia lá é que estes produtores mais antigos já estavam esgotando a área de mata que eles tinham para cortar, derrubar e fazer o plantio da mandioca. E a produção vinha caindo e o solo ficando degradado.

“A Embrapa, ao longo de mais de 10 anos desenvolveu um sistema que se chama de Sistema de Agricultura Conservacionista, que usa calcário, adubo e leguminosas com técnicas de plantio direto, que consegue pegar as áreas degradadas e recuperar, no qual o produtor pode voltar plantar a mandioca, depois o milho, e a leguminosa que é quem vai ajudar na recuperação do solo”, conta.

Hoje, no município, Valentim diz que tem muitos agricultores em Cruzeiro do Sul usando essa técnica conservacionista, e com isso ele não precisa mais fazer desmatamento e queimada porque a mesma área ele vai reutilizando.

Produtores têm aprendido técnicas de recuperação do solo — Foto: Flávio Forner/Arquivo pessoal

Outro meio utilizado nas pastagens, por exemplo, que também é uma área que já foi desmatada é o usado o amendoim forrageiro junto com o capim, que faz parte desta mesma tecnologia.

“Ao consorciar a leguminosa junto com o capim, você consegue aumentar a qualidade do pasto porque a leguminosa aduba o solo e aduba também a pastagem que fica com mais qualidade, o boi ganha mais peso, a vaca produz mais leite e o pasto não degrada.”

Ele continua. “Temos hoje, no estado pastos com 30 a 35 anos que se mantêm produtivos com mais de três cabeças por hectare, quando a média do Brasil é de uma cabeça por hectare, e temos pequeno e grande produtor usando essa tecnologia que é simples. Além disso, reduz o tempo que esse boi fica no pasto, e ele consome menos metano porque ele desenvolve mais rápido.”

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“Falso pastor, já condenado a 35 anos por dois assassinatos e um estupro, em liberdade voltou a matar”

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Homem já foi condenado por dois homicídios, incluindo um qualificado, e estuprou a esposa de um tio; criança de 4 anos com autismo ficou ferida ao tentar proteger a mãe mota em Capixaba

Ao todo, o acusado já foi condenado a um total de 35 anos de prisão. As penas foram unificadas e deverão voltar a ser cumpridas em regime fechado. Foto: captada

O assassinato ocorrido no município de Capixaba na última quarta-feira, dia 11, não é um fato isolado na ficha criminal do falso pastor Natalino do Nascimento Santiago, de 44 anos, o mesmo já havia sido condenado por dois homicídios anteriores no estado acre, um deles qualificado.

Mesmo assim o falso pastor que tem penas severas no currículo, voltou a circular livremente, assim mais uma vez, demonstrou seu perfil extremamente violento tirando à vida de sua ex-companheira Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, assassinada brutalmente com pelo menos um total de 37 facadas. O crime ocorreu na frente dos filhos do casal, no Assentamento Campo Alegre, região do baixo acre, na zona rural de Capixaba.

No ato brutal contra Auriscléia, uma das crianças do relacionamento, um menino de apenas quatro anos, com autismo, ficou ferido no rosto ao tentar proteger sua genitora. Segundo o delegado responsável pela prisão, Aldízio Neto, anos atrás, no município de Senador Guiomard, relatou que o falso pastor já tinha sido condenado por estuprar e matar a esposa de um tio. Após esse crime, ele também cometeu outro homicídio em Rio Branco, ocorrido no bairro Palheiral, em 2011, na capital acreana, crime que também resultou em condenação.

São, portanto, duas condenações por homicídio — sendo uma por homicídio qualificado, e outra por homicídio simples. Juntas as penas somam mais de 35 anos de prisão.

Histórico violento: Duas condenações por homicídio (um qualificado) e estupro

Cena chocante: Crime ocorreu na frente dos filhos, e criança autista ficou ferida

Falha na Justiça: Condenado a 35 anos, estava solto e descumpriu medidas cautelares

As penas foram unificadas e deverão voltar a ser cumpridas em regime fechado, em razão de desobediência das medidas cautelares alternativas à prisão em regime fechado que lhe foram impostas pela justiça acreana.

Pelo crime cometido no município de Capixaba é vivendo sob falsa identidade na região do baixo acre, o apenado que circulava livremente poderá ser condenado a uma nova sanção privativa de liberdade, caso seja comprovada a autoria dos crimes ‘nos autos’ (nesse sentido, o próprio investigado confessou a prática à autoridade policial, alegando que a discussão se deu por divergências entre a guarda do filho), bem como as circunstâncias relatadas pela autoridade policial: motivação torpe (ciúmes) e uso de meio que dificultou a defesa da vítima (golpes de facão), entre outras.

Crime em capixaba

O novo crime foi cometido em um momento em que a vítima fatal tentava romper a relação com o acusado, não aceitando que o filho de 9 anos ficasse sob a guarda do falso pastor. O laudo pericial indicou que a mulher teria sofrido um total de 37 facadas, sendo que tanto o filho menor quanto o cunhado da ex-esposa foram feridos durante o acesso de fúria do flagranteado.

A decisão que converteu a prisão em flagrante em custódia preventiva considerou a necessidade de garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, além do risco para terceiros (em especial, vítimas não fatais e testemunhas), caso o detento permaneça em liberdade, não sendo possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, visto que se revelaram insuficientes para evitar que o acusado cometa novos crimes.

Confissão do crime

Durante o interrogatório, Natalino confessou o crime, afirmando que foi motivado por ciúmes e pela tentativa frustrada de ficar com um dos filhos do casal. Testemunhas relataram que, na manhã do crime, ele discutiu com Auriscléia, que recusou entregar uma das crianças. Diante da negativa, ele pegou um terçado e desferiu vários golpes, atingindo a região da nuca e dos braços da vítima, que morreu no quintal da residência na frente de familiares.

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Estudante de 15 anos é atropelado ao sair de escola em Rio Branco

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Adolescente foi arremessado após colisão com carro no cruzamento da Avenida Sete de Setembro; vítima sofreu ferimento na cabeça e foi levada para a UPA

Um adolescente de 15 anos foi atropelado na noite desta segunda-feira (16), enquanto saía da Escola Fundação Bradesco, em Rio Branco. O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Sete de Setembro com a Rua Francisco Gomes, no Conjunto Nova Esperança.

De acordo com testemunhas, o jovem descia de bicicleta em um trecho de aclive no sentido bairro-centro, quando foi atingido por um veículo modelo Ônix, de cor vermelha e placa OXP-7715, que trafegava no sentido oposto e tentava acessar a Rua Francisco Gomes. O motorista, segundo relatos, não percebeu a presença do estudante e acabou provocando o atropelamento.

Com o impacto, o adolescente foi arremessado e bateu a cabeça no asfalto, sofrendo sangramento na região. Populares que presenciaram o acidente prestaram os primeiros socorros até a chegada de uma ambulância de suporte básico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que estabilizou o jovem e o encaminhou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Baixada da Sobral.

O Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) foi acionado para atender a ocorrência, mas ao chegar no local constatou que tanto o veículo quanto a bicicleta já haviam sido removidos, o que dificultou a análise da cena e o registro oficial do acidente.

O estado de saúde do estudante não foi atualizado até o fechamento desta edição. As circunstâncias da colisão deverão ser apuradas pelas autoridades competentes.

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Azul confirma fim dos voos diretos entre Rio Branco e Porto Velho

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Rio Branco não terá voos diretos pra Porto Velho a partir de agosto operados pela Azul. A venda das passagens aéreas no site da companhia está suspensa. Essa rota sem escala foi iniciada pela Azul em outubro do ano passado.

Os voos da Azul de Rio Branco para Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) estão mantidos. As operações da companhia entre as duas capitais também foram iniciadas em outubro do ano passado.

Segundo a Azul, as mudanças fazem parte de um processo normal e programado de ajuste de mercado, e foram cuidadosamente avaliadas para garantir a sustentabilidade das rotas da companhia. Leia abaixo nota completa da Azul sobre a suspensão dos voos.

Leia nota da Azul sobre a suspensão dos voos

A Azul informa que, como parte de seu compromisso com a eficiência operacional e a competitividade no setor aéreo, a partir de julho, suspenderá os voos com origem no Aeroporto de Cuiabá para os seguintes destinos: Campo Grande (MS), Maceió (AL), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Curitiba (PR) e Alta Floresta (MT). A Companhia continuará oferecendo mais de 61 mil assentos mensais em Cuiabá, para 9 destinos, incluindo os dois maiores hubs da Azul, Viracopos (SP) e Confins (MG), de onde os Clientes poderão se conectar com sua malha nacional e internacional.

Da mesma forma, os trechos Araxá-Patos de Minas, Santa Maria-Campinas, Pelotas-Campinas e Uberaba-Campinas também serão suspensos no mesmo mês; e a rota Porto Velho-Rio Branco, em agosto.

Além disso, a partir de 11 de agosto, a Companhia suspenderá a rota Manaus-Fort Lauderdale e o trecho Curaçao-Fort Lauderdale, da rota Confins-Curaçao-Fort Lauderdale. Já o voo Viracopos-Assunção estará suspenso a partir de setembro.

As mudanças fazem parte de um processo normal e programado de ajuste de mercado, e foram cuidadosamente avaliadas para garantir a sustentabilidade das rotas da Companhia, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda, sem comprometer a qualidade dos serviços oferecidos aos seus Clientes.

Os clientes impactados concedem assistência devida, em conformidade com a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Passagens aéreas com descontos

No site do Booking.com você encontra passagens dos voos operados no Acre pela LATAM, Gol, Azul e outras operadoras aéreas que atuam no Brasil e no mundo. Ahh! Tem hospedagem com preços baixos também.

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