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Desconfiança do mercado financeiro em Lula continua elevada
Genial-Quaest: ROSANA HESSEL/Correio Brazilienze
Fatores externos e o fortalecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudaram a melhorar a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na terceira rodada da pesquisa Genial-Quaest: “O que penso mercado financeiro”, divulgada nesta quarta-feira (7/12). Contudo, de acordo com a sondagem, a desconfiança no presidente Lula entre os agentes financeiros mantém-se elevada desde a primeira rodada.
De acordo com o levantamento de julho, para 95% dos entrevistados, Lula merece pouca ou nenhuma confiança; 4% dizem confiar mais ou menos e apenas 1% confia muito. Nas rodadas anteriores, esse percentual de respostas considerando o presidente pouco confiável era de 95%, em maio, e de 94%, em março.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não fica atrás, pois apenas 1% tem total confiança nele; 82%, pouca ou nenhuma confiança; e 17% mais ou menos. Curiosamente, 76% dos agentes financeiros consultados consideram o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — principal alvo das críticas de Lula por conta da manutenção da taxa básica da economia (Selic) em 13,75% ao ano desde agosto de 2022 –, muito confiável; 22% o consideram mais ou menos confiável; e 6% pouco confiável.
Diante do fato de Bolsonaro ficar inelegível por 8 anos, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) é apontado por 74% dos entrevistados como o candidato que o ex-presidente deverá apoiar em 2026. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por 19%. Tarcísio e Zema aparecem como o segundo e o terceiro mais confiáveis, com 55% e 50% das respostas, respectivamente.
A pesquisa mostra que a avaliação positiva do ministro Haddad subiu de 26% em maio para 65%, enquanto a avaliação negativa do governo Lula recuou de 86% para 44%.
Otimismo com a economia
Para 32% dos entrevistados, a recente melhora nos preços dos ativos é consequência do movimento dos mercados internacionais. Em segundo lugar, para 23% dos entrevistados, esse quadro mais positivo é resultado do fortalecimento do ministro Haddad. Empatados em terceiro lugar, com 20% das respostas cada um, as atuações do Banco Central e do Congresso Nacional são os principais motivos para a melhora dos preços dos ativos. E, em quarto lugar, para 3% das respostas foram para as medidas do governo Lula.
De acordo com o levantamento da Quaest encomendado pela Genial Investimentos, 47% dos entrevistados consideram a política econômica na direção correta, contra 10% em maio. A expectativa positiva para a economia nos próximos 12 meses cresceu de 13%, em maio, para 53%, em julho. Além disso, mais da metade dos entrevistados (54%) esperam aumento dos investimentos externos no Brasil.
De acordo com dados da pesquisa, para 45% dos entrevistados acham que a falta de uma politica fiscal que funcione é o principal problema da economia hoje. A baixa escolaridade e produtividade é o segundo principal problema, recebendo 21% das respostas.
Reforma tributária e corte de juros
Sobre a reforma tributária, que segue para o Senado após aprovação na Câmara na semana passada, a expectativa de 66% é de que as mudanças vão aumentar o bem-estar das pessoas, contra 34% que esperam redução, de acordo com o levantamento.
O impacto da reforma sobre a taxa de juros divide opiniões: 54% avaliam que a taxa pode cair, enquanto 45% dizem que não haverá alteração por esse motivo. Os dois impactos principais serão a diminuição da guerra fiscal entre os estados (76%) e a melhoria dos resultados do setor industrial (71%). Sobre o emprego a expectativa é positiva, porém mais modesta: 56% avaliam que a reforma tem potencial de gerar novos postos de trabalho.
De acordo com a pesquisa, 92% dos executivos e analistas apostam que a primeira queda da taxa básica da economia (Selic) começará a cair em agosto. E, para 56% dos entrevistados, a redução será de 0,25 ponto percentual, outros 32% apontam redução de 0,5 ponto percentual.
A sondagem quis saber, por exemplo, a avaliação sobre a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e do Banco Central. Para 94% a decisão foi correta. A maioria (81%) aprovou a adoção do novo sistema de metas contínuas para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A futura indicação de Lula para a presidência do Banco Central é motivo de muita preocupação para 71% dos entrevistados. Outros 27% dizem que estão pouco preocupados. Para 63% dos entrevistados a nova política de preços da Petrobras é negativa e 97% das pessoas consultadas acham que essa nova política de preços está sendo influenciada pela política. Para a maioria (51%) a imagem do Brasil melhorou com o novo governo em relação ao anterior.
A Quaest realizou 94 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 6 e 10 de julho. As entrevistas foram feitas on-line, por meio da aplicação de questionários estruturados.
Veja alguns recortes da pesquisa abaixo:
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet
O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.
As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.
A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.
Juiz da execução penal é competente
No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.
Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.
“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.
Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.
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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija
Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.
Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.
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