Aprovado por unanimidade, o requerimento de autoria do deputado Walter Prado (PROS), que propõe a realização de uma audiência pública a ser realizada em Brasiléia, para ouvir a população daquela região a respeito da permanência ou não dos imigrantes haitianos, senegaleses e outros estrangeiros, que há mais de dois anos lotam as cidades fronteiriças.

O requerimento apresentado por Walter propõe que a Aleac realize a audiência pública para que a população seja escutada sobre consequências da ocupação da fronteira por pessoas de outras nacionalidades, que buscam abrigo em solo brasileiro, entrando através da fronteira.

“Precisamos saber se eles querem, ou não, que estes estrangeiros permaneçam lá, pois afinal, aquelas cidades estão tomadas por estrangeiros, dificultando a vida da população local”, diz.

O líder do PSB na Aleac, deputado Manoel Moraes, usou a tribuna da Casa para apoiar a aprovação do requerimento que dará origem à audiência pública.

“Temos, sim, que ouvir a população e levar em conta a opinião deles, que sabemos que é contra a permanência dos estrangeiros, por tempo indeterminado, em terras acreanas. Do jeito que está, as coisas não podem ficar, pois estes estrangeiros podem trazer doenças que comprometerão o futuro das gerações acreanas. O governo Federal tem que fechar a fronteira porque o Acre não tem mais condições de receber tantos estrangeiros”, diz.

O presidente da Aleac, Élson Santiago, também defendeu a realização da audiência pública como forma de ouvir os mais interessados no assunto, que são os moradores das cidades de fronteiras.

“Temos que ouvi-los, precisamos tomar providências”, diz.

O líder do governo na casa, Astério Moreira (PEN), afirmou que é preciso ouvir os acreanos, mas ressaltou que não é possível abandonar os haitianos à própria sorte.

“Por questões humanitárias, não podemos virar as costas para os haitianos”, afirmou.

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