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Deputado Adailton denuncia possível terceirização do Hospital Regional do Alto Acre

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Foto: Sérgio Vale

O deputado estadual Adailton Cruz (PSB) denunciou em entrevista ao programa Boa Conversa, Edição Aleac, nesta terça-feira, 16, a informação recebida de trabalhadores sobre um possível processo de terceirização integral do Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia (AC).

“Realmente é uma denúncia, eu não constatei ainda, mas recebi a informação dos trabalhadores do Hospital Regional do Alto Acre de que está aberto um processo para terceirizar integralmente a unidade. O que seria isso? Entregar para a empresa que ganhar, ou para a OSC que ganhar o processo, toda a unidade com leis, com enfermaria, com trabalhadores, inclusive receber os recursos que hoje são destinados para lá em torno de quase R$ 60 milhões de reais por ano”, afirmou.

Para o parlamentar, o hospital é uma estrutura de grande porte que precisa ser fortalecido nas especialidades médicas, e não entregue à iniciativa privada. “É uma situação que para mim é preocupante. O Hospital Regional de Brasileia é um baita hospital, precisa ser implementado nas especialidades de neurocirurgia, cirurgia geral, pediatria, cardiologia, anestesiologia, ortopedia e oftalmo, para que a população de lá não tenha que vir para cá. Mas isso pode ser feito de forma individualizada e não entregar a unidade para uma empresa junto com os trabalhadores. Então eu já afirmo aos trabalhadores do Hospital Regional do Alto Acre que eu sou contra esse processo de terceirização integral, não apoiaremos e já solicitamos esclarecimento da Secretaria de Estado de Saúde”, disse.

Cruz destacou ainda que qualquer medida dessa natureza precisa passar por critérios legais e instâncias de controle. “Caso isso esteja aberto, vou verificar se o Conselho Estadual tem conhecimento, porque tem que ter o plano de viabilidade econômica, tem que ter o aval do Conselho Estadual e também o acompanhamento do Ministério Público. Mas o que eu puder fazer para que esse processo, se for verdadeiro, não ocorra, nós vamos fazer. A gente tem que apoiar a contratação das especialidades que lá sim se precisa”, reforçou.

Questionado se a terceirização poderia ser uma saída para colocar o hospital em pleno funcionamento, o deputado rejeitou a ideia. “Uma coisa eu concordo, o Hospital do Alto Acre é um baita hospital, eu conheço todas as estruturas e é um hospital onde dá para se criar uma estrutura de referência integral para a população de lá, inclusive com UTI, fisioterapia e cirurgia de alta complexidade. Agora, o processo de terceirização, você entregar o bem público, estrutura, trabalhador, repasse para uma empresa privada, aplicar o seu regime, isso para mim é incompetência. A gestão precisa ter competência suficiente para suprir as necessidades, porque recursos tem”, declarou.

Segundo ele, os números do orçamento da saúde confirmam que não falta investimento. “Inclusive eu fiz um levantamento agora recentemente, para você ter uma ideia: de 2023 para cá, o orçamento anual da saúde saiu de 700 milhões para 1 bilhão e 800 milhões. Então, a gente precisa acompanhar de fato. Não sou contra a contratação das especialidades, porque precisa de cardiologia, como eu já falei em todos, mas entregar a estrutura, o hospital, os trabalhadores, o repasse financeiro para uma empresa particular, privada, visando ao lucro, o resultado disso no Brasil inteiro só foi um blackout do sistema de saúde e escândalos de desvio de recursos”, completou.

O deputado informou que apresentou um requerimento solicitando explicações formais da Secretaria de Estado de Saúde. “Exato, eu fiz o requerimento, que vai entrar na ordem do dia, pedindo todos os esclarecimentos. Repito: a informação é extraoficial, porque eu recebi dos trabalhadores, oficialmente não tenho nada. Então estou solicitando para a gente tomar a par da situação e tomar as devidas providências que forem necessárias”, concluiu.

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Discussão no PS termina com três pessoas feridas e três policiais agredidos em Rio Branco

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Uma discussão generalizada envolvendo a Polícia Militar e familiares de um casal resultou em agressões e deixou Diego Araújo da Silva, de 35 anos, Leandro Araújo da Silva, de 32, e Raimundo Felipe da Silva Ghellere, de 25 anos, feridos a tiros na noite desta sexta-feira, 19, no pátio do Pronto-Socorro, localizado na Avenida Nações Unidas, em Rio Branco.

Segundo informações da Polícia, um casal chegou à unidade hospitalar com uma criança para receber atendimento. Ao entrar no Pronto-Socorro, já no ambulatório, os dois iniciaram uma discussão, pois apenas uma pessoa poderia permanecer na sala. Diante disso, o médico plantonista pediu que o homem se retirasse do local.

Vigilantes da unidade foram acionados, retiraram o homem do hospital e o conduziram até o pátio. Familiares, insatisfeitos com o ocorrido, chegaram ao local e iniciaram uma discussão generalizada.

Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada devido às ameaças. Ao chegar ao local, três policiais foram cercados pelos familiares, que passaram a agredir o comandante da viatura com socos, um soldado com golpes de capacete na cabeça e outro com socos, além de tentarem tomar a arma de um dos policiais.

Durante a confusão, um soldado reagiu e efetuou quatro disparos, que atingiram Diego, Leandro e Raimundo nas regiões do abdômen e das pernas.

Rapidamente, várias guarnições da Polícia Militar chegaram ao pátio do hospital, contiveram a situação e prenderam uma mulher.

Funcionários do Pronto-Socorro deixaram suas salas e conduziram os feridos até a sala de trauma, onde receberam atendimento médico.

Agentes da Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego estiveram no local e iniciaram as investigações. O caso ficará posteriormente à disposição da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Acre registra mais de 4,5 mil casos de sífilis entre 2023 e 2025, diz Sesacre

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Dados oficiais revelam que Rio Branco responde por metade dos casos; especialistas alertam para subnotificação e riscos da sífilis congênita, enquanto diagnóstico e tratamento gratuitos são subutilizados

A tabela divulgada pela Sesacre também mostra que, entre os infectados, os homens aparecem em maior quantidade. A população mais atingida é formada por jovens com idade entre 15 e 25 anos. Foto: captada 

O Acre registrou 4.546 casos de sífilis entre 2023 e 2025, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Deste total, mais de dois mil foram contabilizados apenas na capital Rio Branco. A doença atinge principalmente homens jovens, com idade entre 15 e 25 anos — público considerado prioritário para ações de prevenção.

Os números acompanham uma tendência mundial de crescimento da infecção, acendendo alerta para os serviços de saúde pública. Apesar de ser uma IST de diagnóstico simples e com tratamento eficaz, os registros permanecem elevados. Em 2024, o Brasil somou 35,4 mil diagnósticos da doença.

No estado, a preocupação maior é com a sífilis congênita, transmitida da gestante para o bebê. Josadaque Bezerra, coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre, reconhece uma leve melhora no cenário local, mas ressalta que o problema ainda demanda atenção.

“Precisamos melhorar bastante em relação ao nível nacional”, afirmou a coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre.

A Sesacre reforça a importância da população buscar atendimento médico aos primeiros sinais. Testes rápidos estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde, e o tratamento é gratuito. “A população é o principal ator desse processo”, destacou Bezerra.

Dados alarmantes:
  • Total de casos (2023–2025): 4.546
  • Rio Branco: mais de 2 mil notificações
  • Faixa etária mais vulnerável: 15 a 25 anos
  • Gênero mais afetado: Homens
  • Casos de sífilis congênita (2024): 65 no estado
Tendência nacional e local:

O crescimento acompanha uma tendência mundial de aumento da sífilis, infecção sexualmente transmissível (IST) com diagnóstico simples e tratamento gratuito no SUS. Em 2024, o Brasil registrou 35,4 mil casos.

Fala da autoridade:

“O Acre teve uma leve melhora em relação a outros anos, mas, comparado ao nível nacional, precisamos avançar”, afirmou Josadaque Bezerra, coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre.

Orientação à população:
  • Procure uma UBS ao notar sintomas
  • Testes rápidos estão disponíveis em todas as unidades
  • Tratamento é gratuito e deve ser feito até o fim
  • Uso de preservativos é a principal forma de prevenção

A Sesacre planeja intensificar campanhas educativas nas escolas e unidades de saúde, com foco nos jovens e gestantes – grupo crítico para prevenir a sífilis congênita.

Dado importante: A sífilis não tratada pode causar complicações graves, como cegueira, paralisia e danos neurológicos. A transmissão vertical (mãe-bebê) é a mais preocupante.

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Headscon Acre projeta games da Amazônia Legal para a Gamescom Alemanha e a Gamescom LATAM

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Realizada no Acre desde 2023, a Headscon Acre se consolida como uma das principais plataformas de visibilidade e acesso ao mercado para criadores de games da Amazônia Legal. Em sua edição de 2025, o evento sediou a segunda edição da Mostra Competitiva de Games da Amazônia Legal com premiação de aproximadamente R$ 60 mil. Essa é uma iniciativa do Instituto Gamecon que conecta estúdios da região a grandes vitrines internacionais, como a Gamescom Alemanha e a Gamescom LATAM.

A Mostra teve sua primeira edição em 2024 e, em 2025, ampliou o alcance da proposta ao reunir 10 jogos finalistas da região Norte, com produções do Acre, Amazonas, Pará e Amapá. Os vencedores garantiram vagas em delegações oficiais para a Gamescom Alemanha e para a Gamescom LATAM, com apoio para participação nos eventos e acesso direto a publishers e agentes do mercado global.

Na edição de 2025, o prêmio de Melhor Jogo (Júri Técnico) ficou com Catventure: The Curse of the Dark Tower, do Retrocat Studios (PA). Já o Melhor Jogo pelo voto do Júri Popular foi conquistado por Carbon-0, desenvolvido pelo estúdio Moonlight Games, do Acre.

O projeto acreano também recebeu reconhecimento pela força narrativa e pelo diálogo com temas ambientais e sociais. Para o desenvolvedor André Lucas Lima Siqueira, o jogo é uma forma de dar visibilidade à região por meio da linguagem dos games.

“Temos algumas empresas que estão causando mal ao mundo, com poluição, desperdício de recursos. Nosso jogo acompanha Ícaro e sua irmã Maria na busca pelo pai desaparecido, enquanto descobrem o que estava acontecendo. O objetivo é mostrar um pouco da nossa região na gameplay e evoluir o jogo até termos locais daqui jogáveis. A gente quer mostrar o nosso estado e a nossa região nesse jogo”, afirma André Siqueira.

Porta de entrada para o mercado internacional

Além dos vencedores, todos os finalistas da Mostra recebem material oficial de apresentação e participam de ações voltadas ao networking e à circulação profissional. A participação na Gamescom Alemanha e na Gamescom LATAM representa, para muitos estúdios amazônicos, o primeiro contato direto com o mercado internacional.

Ao longo de três edições realizadas no Acre, em 2023, 2024 e 2025, a Headscon tem fortalecido o ecossistema de games da Amazônia Legal. Após a primeira edição da Mostra Competitiva, Ciro Facundo, representante do estúdio acreano K Games, foi um dos selecionados para apresentar seu trabalho na Gamescom, na Alemanha, destacando que a região produz jogos com qualidade técnica, identidade cultural e potencial competitivo no cenário global.

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