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Denuncia diz que facção fatura mais de R$ 60 mil com cobranças de taxas no Centro da Capital do Acre

Por Marcos Vinícios
As organizações criminosas que atuam no Acre estão cada vez mais articuladas e em busca de capital financeiro para financiamento de armamento, munições e entorpecentes para o crescimento do chamado “governo paralelo”.
E com a chegada da nova administração da Zona Azul no centro da capital, alguns comerciantes e guardadores de veículos andam preocupados com o faturamento que deve diminuir drasticamente.
Uma denúncia revela que isso deve ocorrer porque além dos chamados flanelinhas terem que pagar para cuidar de carros e motocicletas dos condutores que trabalham ou frequentam a área central, eles ainda têm que arcar com uma taxa de R$ 150 referente ao ponto de trabalho para a facção criminosa do Comando Vermelho. “Todo mês a gente tem que pagar esse valor para uma pessoa responsável por recolher o pagamento e com a Zona Azul ficará inviável a gente continuar pagando duas taxas, ou seja, vamos ter que tirar do bolso, muitos vão ter que abandonar”, comentou sem revelar maiores detalhes do esquema criminoso.
A reportagem do ac24horas apurou também que não são somente os flanelinhas que pagam impostos a membros do CV, mas sim, todos os comerciantes de pequeno, médio e grande porte que somam mais de 400 pessoas. Segundo um comerciante de grande porte da capital, as taxas são repassadas para que eles possam trabalhar sossegados. “Se não pagam, eles assaltam e roubam o estabelecimento na madrugada, a maioria paga e não diz nada”, desabafou.
Um breve levantamento aponta que mensalmente o mundo do crime pode faturar mais de R$ 60 mil – totalizando, supostamente, mais de R$ 720 mil anualmente.
Resposta da segurança do governo
Ao tomar conhecimento das denúncias, o secretário de segurança pública, coronel José Américo Gaia, declarou ao ac24horas que deverá tomar as devidas providências cabíveis sobre o assunto que considerou “inadmissível”.
Gaia garantiu que deverá trabalhar para identificar os líderes do esquema criminoso e dar paz aos trabalhadores da área central de Rio Branco. “Vamos retomar a patrulha diária no centro da capital e em frente aos comércios para inibir qualquer prática criminosa. Serão dois polícias, de pé, que deverão fiscalizar e dificultar a ação, mas, precisamos identificar quem comanda”, concluiu.
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Prefeitura de Rio Branco anuncia parceria com o Governo do Estado para recuperação de Ruas de Rio Branco

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Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros
Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.
O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.
De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.
Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.
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Polícia Civil deflagra Operação “Desmonte 4” e prende 12 integrantes de organização criminosa no Acre e em Mato Grosso
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou nesta quinta-feira, 4, a Operação “Desmonte 4”, ação que reforça o combate ao avanço e à estruturação de organizações criminosas no estado. A ofensiva contou com apoio estratégico da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), além da parceria da Draco da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJCMT).

Ao todo, 12 pessoas foram presas preventivamente, sendo 11 em Rio Branco-AC e uma em Várzea Grande-MT, esta última localizada com apoio das equipes especializadas mato-grossenses. As prisões atingem diretamente uma célula criminosa ligada à expansão territorial da facção criminosa.
Segundo as investigações, o grupo atuava na ampliação do domínio territorial, na realização de cadastros de novos integrantes, além de coordenar invasões em áreas da cidade e organizar a venda de drogas em pontos estratégicos de Rio Branco. As ações tinham como objetivo fortalecer a presença da facção e ampliar sua capacidade de atuação criminosa.
O delegado titular da Draco, Gustavo Henrique da Silva Neves, destacou que as prisões representam mais um importante passo na contenção do avanço da organização criminosa no estado. Segundo ele, o trabalho integrado entre as forças de segurança tem sido determinante para enfraquecer a atuação das facções.

Em coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Neves destaca que a Operação Desmonte 4 representa mais um duro golpe contra o crime organizado no Acre. Foto: assessoria/ PCAC
“A Operação Desmonte 4 reflete o esforço contínuo das instituições de segurança pública em desarticular o crime organizado. O compartilhamento de informações e a atuação conjunta são fundamentais para impedir o avanço dessas organizações, que tentam expandir seu território e suas práticas ilícitas”, afirmou o delegado.
A Operação “Desmonte 4” integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A rede reúne delegados titulares de unidades especializadas em combate ao crime organizado em todo o país, promovendo o trabalho conjunto, a troca de informações e o desenvolvimento de estratégias de inteligência.
A atuação da Renorcrim, por meio da Diop/Senasp, tem como principal objetivo fortalecer o enfrentamento nacional e duradouro ao crime organizado, garantindo respostas rápidas e integradas às ações das facções criminosas, que têm atuação interestadual.









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