Ouvido pelo ac24horas o deputado Fagner Calegário disse não temer nenhum tipo de retaliação, muito menos a cassação do seu mandato. “Deputados receberam ligações telefônicas da Energisa, inclusive, fiquei sabendo que o advogado dessa empresa esteve lá na Assembleia Legislativa para conversar com parlamentares”, afirmou, esclarecendo que pediu cópia do vídeo de seu pronunciamento e não consta que tenha acusado ninguém de receber propina. “A base do governo pegou uma surra e agora está atrás de um bode expiatório, um culpado. Não faltei com a ética e também não quebrei nenhum decoro parlamentar”, ressaltou, ironizando que a base do governo não consegue se estabilizar.
Segundo ele, a questão toda passa pela disposição da oposição e dos deputados de atuação independentes que se debruçaram por vários sobre o Regimento Interno para ganhar a batalha da CPI da Energisa no plenário. “Eles foram obrigados a cumprir o Regimento Interno depois disso partiram para criar mais seis CPI’s, inclusive, com assinaturas de deputados ausentes, no caso, Cadmiel Bomfim (PSDB) e Neném Almeida (Solidariedade). “Só o deputado Luís Tchê apresentou requerimentos criando quatro CPI’s, agora são sete”. Ao final da entrevista repetiu que não usou a palavra “propina” na tribuna na última sessão. Ele atribui o equívoco a um inexperiente assessor do deputado Luís Tchê (PDT) que, teria dito no salão nobre que, “o diretor da Energisa ligou para o senhor”.