No último dia do prazo dado pelo Tribunal de Contas do Estado para a entrega dos relatórios dos gastos com os decretos de urgência administrativa e financeira, apenas dois dos cinco municípios que assinaram o decreto entregaram os documentos.
Os prefeitos de Porto Acre e Brasileia foram pessoalmente entregar as notas dos gastos, depois que forram notificados pelo TCE. A nova forma dos prefeitos e se livrarem das licitações vem assustando os Tribunais de Contas de todo pais.
O decreto abre, na contabilidade do município, a oportunidade de compra direta, só que esse tipo de modalidade tem regras específicas. Os gastos só podem ser efetuados em situações emergências, como a limpeza da cidade, e, isso, por um pequeno espaço de tempo.
O TCE Acre desconfia que há prefeito abusando do decreto, que nem precisa passar pela Câmara de Vereadores, por isso requer a prova de todos os gastos.
No Estado, cinco municípios adotaram a emergência administrativa, e apenas dois entregaram os documentos aos TCE. Para Sena Madureira e Capixaba, o prazo acaba na noite desta segunda-feira, 18. Já Jordão, o quinto município, o TCE ainda não conseguiu notificar o prefeito.
Técnicos do Tribunal estão esperando os relatórios das prefeituras para comparar se os gastos foram realmente com programas emergenciais. Existe a denúncia que os prefeitos estão aplicando recursos em obras que poderiam esperar.
Sem licitação, aumentam as chances de superfaturamento e desvios de recursos. Só que o projeto dos prefeitos pode gerar um problema futuro, se estiver ilegal. Na quinta-feira, 21, os conselheiros se reúnem em sessão para decidir quem pode continuar comprando sem licitação ou que terá o decreto suspenso.
Com agazeta.net