Cotidiano
Da “cor de terra” ao azulão: PMAC volta às raízes e adota cor histórica no fardamento
Depois dos mais de 105 anos de história, a Polícia Militar do Acre ganha roupa nova. Quem está acostumado a ver os policiais militares do Estado ostentando um uniforme operacional cáqui, cor cujo nome traz o significado de “empoeirado” ou “cor de terra”, em breve poderá vê-los vestidos em uma farda que remete às origens e recontam a história da própria instituição: o azul escuro, chamado internamente de “azulão”. A mudança faz parte de um processo de resgate histórico da identidade visual da PMAC, que foi em parte perdida com o passar dos anos e as transformações estruturais que a corporação sofreu.

O uniforme “azulão” já foi usado por cerca de 20 anos, antes do “cáqui”.

O uniforme “camuflado urbano” acentuou a perda de identidade visual da PM.
Discussão antiga na corporação, a mudança de cor do uniforme já é ensaiada há pelo menos cinco anos. Uma pesquisa interna foi realizada em 2015, e entre as opções de uniforme disponíveis para escolha (permanecer no cáqui, mudar para o camuflado urbano, azul, verde, etc,) o “azulão” obteve a maioria de votos da tropa. No entanto, o uniforme camuflado urbano tinha grande aceitação entre os policiais, de oficiais a praças, sendo autorizado e adquirido por muitos, acentuando a perda de identidade visual da PM.
Somado a isso, o fato de apenas o fardamento operacional (o chamado 4º B) ter sido alterado de azul para cáqui, em meados da década de 90, enquanto os demais uniformes (administrativo, de passeio, gala, etc.) permaneceram nas cores antigas, deixou ainda mais “poluída” a paleta de cores que compunham a identidade visual.

O uniforme operacional cáqui não segue a mesma “paleta de cores” dos demais uniformes.
“Era um desejo nosso já de muito tempo, mas só agora conseguimos aprovar e dar andamento, com essa comissão. O azul e o branco são cores muito representativas pra gente e com forte apelo histórico, principalmente o azul, que estava presente nas primeiras fardas criadas pela PM no Acre”, pontuou o comandante.

O azul estava presente nas primeiras fardas criadas pela PM no Acre.
Tributo às raízes
A PMAC usou uniforme azul por cerca de 20 anos, entre as décadas de 70 e 90. O uniforme operacional “azulão” começou a ser utilizado em 1974 e foi regulamentado formalmente pelo Decreto nº 122, de 23 de agosto de 1982, junto aos demais uniformes daquele contexto histórico. Alguns historiadores apontam que a influência da cor veio da Policia Militar de São Paulo, onde foram formados os primeiros sargentos da corporação.

Uniforme “4º B” cáqui, contrastando com o azul da fachada prédio do Comando Geral.
O cáqui já havia sido usado, mas bem antes da PMAC possuir o atual formato de polícia. O uniforme fazia parte da indumentária da antiga Guarda Territorial. Ambas as cores, carregam significados históricos para a corporação. As duas fizeram parte, em diversos momentos, da jornada da instituição para o ponto onde a conhecemos hoje, e agregam um grande simbolismo cultural e efetivo.
Exposição
A proposta dos novos uniformes da PMAC ganhará exposição a partir da próxima terça-feira (27), no quartel do Comando Geral da PM, situado na Praça da Revolução, nº 70, no Centro da cidade. Inicialmente será restrita ao público interno e à imprensa, mas deverá ser aberta ao público após a inauguração do Anexo E, prédio em reforma no quartel da PM.
Mais informações poderão ser obtidas junto à Assessoria de Comunicação da PMAC.

Novos uniformes da PM segue a mesma paleta de cores.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada




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