Cotidiano
Cuca explica motivos da saída do Athletico, avalia trabalho e nega acerto com outro clube
Treinador deixa o cargo após reunião com a diretoria do Furacão, nesta segunda-feira

Cuca deixa o comando do Athletico — Foto: Jairton Conceição/RPC
Agora ex-técnico do Athletico, Cuca concedeu entrevista na saída do CT do Caju. Após se reunir com a diretoria nesta segunda-feira para selar o fim do ciclo, o treinador atendeu alguns jornalistas do lado de fora do centro de treinamento para explicar os motivos que levaram as partes a encerrar o trabalho.
— É um dia triste para mim, pois estou deixando o Athletico. Tiveram derrotas que foram difíceis de administrar contra o Danúbio e Ameliano, que são inadmissíveis. E, nesses três últimos empates, foi se achando culpados. Quando isso acontece, o jogador perde a confiança. Aí entra o treinador, que tem que assumir a responsabilidade e tentar dar ao clube o direito de pôr um sangue novo e que jogue para cima o astral. Foi nesse intuito que conversei com a diretoria, que entendeu — disse.
Cuca encerra a passagem pelo Athletico, clube do qual é torcedor, com 23 jogos e aproveitamento de 66% dos pontos disputados, além da conquista do Paranaense. Foram 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
— Eu consegui junto com o pessoal ser campeão pelo clube que amo, mas fica a sensação que poderia ser melhor, não tá ruim, mas poderia ser melhor principalmente nesses últimos três jogos. Não tem como explicar esses gols no fim, e você pensa que é o momento de abrir oportunidade para vir um outro. Quero agradecer o Athletico que abriu as portas para mim no momento mais delicado da minha vida — afirmou Cuca.
Bastidor
De acordo com o Blog da Nadja, antes de se encaminhar para a entrevista coletiva, o treinador reuniu o elenco no vestiário e disse que estava fora do Athletico. Cuca relatou o que ocorreu no momento de oração do elenco, pouco depois do empate por 1 a 1 contra o Corinthians.
— No futebol a gente tem que colocar uma noite no meio e é a coisa mais certa a se fazer, e ontem isso não aconteceu. Na hora da oração, puxa uma conversa que pode ir para o lado ruim. Quando eu vi que esse lado ruim estava acontecendo, eu entrei e disse que o culpado era o treinador, que escala, que tira, que estrategia e, se as coisas não andam, é tudo do treinador. Talvez tenha sido o momento errado, mas quando as coisas são feitas pelo coração nunca é errado — reforçou o técnico.
Propostas?
Nas últimas semanas, antes mesmo da saída de Cuca do Athletico, um possível interesse do Cruzeiro ganhou força nos bastidores, uma vez que o treinador tem boa relação com o atual executivo mineiro, Alexandre Mattos. O técnico negou que esteja acertado com outro clube.
— As pessoas têm que tomar cuidado com o que fala, pois uma matéria irresponsável como essa põe em xeque muita coisa. O Cruzeiro tem um treinador e pessoa trabalhando lá. Temos que ter respeito a essas pessoas e comigo também. Eu não estou saindo para ir a clube nenhum, mas sim para dar oportunidade a um outro profissional vir e dar uma alavancada no Athletico. E isso vocês vão poder ver daqui para frente. Vou esperar o meu momento e tudo é amadurecimento na vida — completou.
O Athletico tem 19 pontos, mas aparece, agora, na quinta colocação. A diretoria ainda não definiu quem comanda o time nos dois jogos como visitante em sequência. A preparação será conduzida pelo auxiliar do clube, Juca Antonello. Na quarta-feira, às 19h (de Brasília), enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão, pela 12ª rodada. No domingo, às 18h30 (de Brasília), o adversário é o Vitória, no Barradão.
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Mecânico que matou noiva após pedido de casamento é julgado por feminicídio em Rio Branco
Teve início nesta quinta-feira (17), no Fórum Criminal de Rio Branco, o julgamento de Simey de Menezes Costa, acusado de matar brutalmente a própria noiva, Kettely Soares de Souza, com mais de 30 facadas. O crime chocou a população pela violência e pelo fato de ter ocorrido poucos dias após um pedido público de noivado, realizado no altar de uma igreja.
A sessão está sendo realizada no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, sob acusação do promotor de Justiça Efrain Enrique Mendonza. Simey responde por homicídio qualificado, com as agravantes de feminicídio e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime aconteceu na noite de 8 de junho do ano passado, em uma residência no Ramal Raimundo Saldanha, no Polo Benfica, região da Vila Acre, em Rio Branco. O corpo de Kettely só foi encontrado na manhã seguinte.
Quatro dias após o assassinato, Simey se apresentou espontaneamente à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), onde foi preso preventivamente.
De acordo com o Ministério Público, embora a lei que transforma o feminicídio em crime autônomo ainda não estivesse em vigor na data do crime, a qualificadora foi incluída na denúncia devido à motivação de gênero e à brutalidade do ato.
O caso atrai atenção por envolver uma relação marcada por um gesto simbólico de amor – o pedido de noivado feito diante de uma congregação religiosa – seguido por um desfecho trágico que reforça a gravidade da violência contra mulheres no Estado.
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Fluminense da Bahia inicia preparação para o Campeonato Estadual

Foto PHD: Fluminense da Bahia entra no Estadual como um dos favoritos ao título
O elenco do Fluminense da Bahia iniciou nessa quarta, 16, no CIEC da Estação, a preparação para a disputa do Campeonato Estadual de Futsal da 1ª Divisão. A competição começa no dia 12 de agosto com jogos em Rio Branco.
Elenco experiente
A diretoria do Fluminense da Bahia vem montando um grupo bastante experiente. O goleiro Jefson, o fixo Renan e os alas Victor e Matheus Ceará são nomes certos na equipe da Baixada da Sobral.
9 anos fora
O técnico Ed Carlos Maia, tricampeão Estadual pela AABB, volta a comandar uma equipe na elite do futsal acreano depois de 9 temporadas longe da beira da quadra.
“Temos um grupo qualificado e a ideia é ter um time competitivo na estreia”, declarou Ed Carlos.
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Empresários agradecem redução do IPTU em distritos industriais de Rio Branco
Empresários ligados à indústria acreana se reuniram na manhã desta quinta-feira (17), em Rio Branco, para um café da manhã em agradecimento à aprovação da lei que reduz pela metade o valor do IPTU cobrado de empresas instaladas nos distritos industriais da capital. O encontro, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), contou com a presença do prefeito Tião Bocalom e de parlamentares.
A nova legislação transforma em lei um benefício fiscal que antes era concedido por decreto. “Antes, esse incentivo vinha por decreto. Qualquer nova gestão podia simplesmente acabar com ele. Agora, sendo lei, isso muda completamente o cenário, porque passa a dar estabilidade para quem está aqui e também para quem pensa em investir”, disse o deputado federal José Adriano, que também preside a FIEAC.
Segundo ele, a cobrança integral do imposto em 2023, após o fim do período de isenção concedido durante a pandemia, colocou muitas empresas em dificuldade financeira. “A gente começou a ver a preocupação de várias empresas aqui no distrito e no parque industrial. No início, buscamos a isenção total, mas entendemos que isso não passaria pelo crivo do parlamento e dos órgãos de controle. A saída foi negociar uma redução de 50%, que ainda não é o ideal, mas é o possível”, afirmou.
A carga tributária, segundo empresários, vinha levando parte das indústrias a migrarem para a zona rural, onde o custo com impostos é menor. “A área urbana começou a ficar muito cara. Isso levou empresários a buscar terrenos na zona rural, o que traz várias dificuldades, desde transporte de mão de obra até fiscalização e segurança”, comentou.
O projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores e sancionado por Bocalom. Durante o evento, o prefeito defendeu a proposta como uma medida para incentivar a geração de empregos.
“Nós sempre dissemos que é preciso produzir para empregar. A prefeitura tem que criar o ambiente para quem gera emprego e renda. Queria zerar o imposto, mas Rio Branco ainda é uma capital pobre. Fizemos o que foi possível”, afirmou o prefeito.
Segundo Bocalom, a aproximação entre prefeitura e setor produtivo foi decisiva para a proposta avançar. “O que a gente não pode é criar lei que espante empresário. A ideia é ter regras que ajudem quem quer trabalhar, não atrapalhem”, disse.
A expectativa de empresários e representantes do setor é que a redução do imposto ajude a conter a evasão de empresas das áreas industriais e estimule novos investimentos.
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