Brasil
Cubanos abandonam o programa ‘Mais Médicos’ no interior de SP
Prefeitura afirmou que foi surpreendida, mas providenciou o remanejamento.
Profissionais estavam no Brasil desde 2014; governo vai iniciar desligamento.
G1
Um casal de médicos cubanos abandonou o programa “Mais Médicos” do qual fazia parte em Charqueada (SP). De acordo com a administração municipal, os dois profissionais trabalhavam no Posto de Saúde da região central do município desde abril de 2014 e deixaram a unidade sem nenhuma justificativa. O Ministério da Saúde informou, em nota oficial, que foi notificado da desistência e vai iniciar o desligamento dos especialistas.
Ainda segundo o Executivo, os dois médicos, que são casados, deixaram a unidade médica no dia 30 de dezembro, mas a administração só soube do abandono na última segunda-feira (4). Testemunhas afirmaram à Prefeitura que os profissionais, de 46 e 50 anos, foram para o Aeroporto de Guarulhos, onde embarcaram para Miami, nos Estados Unidos.
Os profissionais, que são médicos da família, realizavam, juntos, pelo menos 400 atendimentos por mês. Em nota, a Prefeitura de Charqueada afirmou que “foi surpreendida com a atitude dos médicos que prestavam excelente serviço à comunidade”, e que aguarda uma resposta do Ministério da Saúde para realizar a reposição.
Remanejamento
Apesar do número de atendimentos que os dois médicos realizavam por mês, a administração municipal afirmou que a população não será prejudicada. Segundo a Secretaria de Saúde, outros três especialistas cubanos foram remanejados e vão atender “emergencialmente” a demanda do Posto de Saúde do Centro.
Os três médicos cubanos que ainda integram o “Mais Médicos” em Charqueada vão revezar o atendimento às terças, quartas e quintas. Já na sexta, uma especialista brasileira vai visitar os pacientes em domicílio. Às segundas-feiras, os profissionais já não trabalhavam por ser o dia de folga e, aos sábados e domingos, o Posto de Saúde fica fechado.
Condições
O Executivo informou que os cubanos moravam em uma casa alugada pela Prefeitura, segundo previa o acordo do programa “Mais Médicos” feito com o governo federal. Há cinco meses, os dois profissionais levaram a filha de Cuba para morar com eles em Charqueada.
Ainda de acordo com a administração, o salário dos médicos era pago pelo Ministério da Saúde e a Prefeitura paga aos profissionais cubanos um auxílio alimentação de R$ 700, além do aluguel da casa.
O que diz o governo
Além de afirmar que vai desligar os dois médicos do programa, o Ministério da Saúde disse que a vinda dos cubanos foi realizada através de uma cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e que, segundo as regras do acordo, a reposição deve ser providenciada pela “Opas para não deixar a população do município desassistida”.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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