Brasil
Covid-19: Novo teste criado pela Fiocruz pode apresentar resultado em até 45 minutos
A fundação informou que o próximo passo da iniciativa é submeter o produto à Anvisa para regulamentação
Um kit de diagnóstico para detecção do novo coronavírus, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pode apresentar o resultado do teste em até 45 minutos. Além disso, o método é tido como mais barato e de alta precisão. O desenvolvimento da inovação contou com a participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em parceria com a empresa SPK Solutions.
Por meio da assessoria de imprensa, a Fiocruz informou que o próximo passo da iniciativa é submeter o produto à Anvisa para regulamentação. A ideia, a partir de agora, é estabelecer parcerias para produção em larga escala. O intuito é que esses testes sejam utilizados em postos de saúde da rede pública de todo o Brasil.
Neste caso, o Ministério da Saúde faria uma demanda para aquisição dos Kits e destinaria aos postos de saúde, levando em conta a necessidade de cada município. Em testes de validação feitos com cerca de mil amostras, a precisão do exame foi equivalente ao RT-PCR, considerado como padrão-ouro para o diagnóstico da Covid-19.
Segundo o médico especialista em cardiologia, clínica médica e emergências clínicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, Dr. Fabricio da Silva, no momento que iniciam os sintomas da covid-19, o indivíduo já está contaminado há, pelo menos, três dias.
Neste caso, o especialista explica que, mesmo antes surgimento dos sintomas, a pessoa infectada já é potencialmente transmissora, por isso, a orientação é de que o teste seja feito imediatamente.
“A recomendação é de que, uma vez sintomático, que faça o teste, mas se o teste vier negativo dentro desses primeiros três dias, que o teste seja repetido em um prazo de, pelo menos, quarenta e oito horas, para tentarmos aumentar a acurácia e definirmos, de fato, se é um teste negativo ou foi um falso negativo dentro dessa janela que ainda pode acontecer”, afirma.
Menor custo
Além do menor tempo para verificação de presença do coronavírus no organismo do ser humano, o kit de diagnóstico desenvolvido pela Fiocruz tem um custo menor.
O preço estimado do novo kit é de R$ 30, enquanto um kit de RT-PCR custa cerca de R$ 100. O gasto de operação para realização do exame também é significativamente menor, levando em conta equipamentos e profissionais envolvidos.
Para amostras da orofaringe – coletadas pelo nariz com um tipo especial de cotonete – o teste demonstrou 96% de sensibilidade e 98% de especificidade. O método também pode ser aplicado nas amostras de saliva. Nesse caso, as análises iniciais apontaram 70% de sensibilidade e 98% de especificidade, e uma nova rodada de testes revela que é possível atingir quase 100% de sensibilidade, se a coleta for feita em jejum, logo após o despertar.
Agora, os pesquisadores envolvidos no projeto visam a captação de parceiros para a produção e o fornecimento do kit de diagnóstico. A iniciativa faz parte da Vitrine Tecnológica Covid-19 do IOC, plataforma que dá destaque a inovações em desenvolvimento no Instituto com o objetivo de aumentar parcerias que ajudem na geração de produtos e processos inovadores para o enfrentamento da emergência sanitária.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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