Brasil
Controladores da Gol e Avianca anunciam formação de grupo Abra

Foto: Reuters- Sérgio Moraes
Negócio deve ser concluído no segundo semestre deste ano
Por Andre Romani
Os controladores da Gol e da colombiana Avianca anunciaram nesta quarta-feira (11) a formação de uma holding, sob a qual os dois grupos de aviação vão compartilhar a mesma plataforma de negócios.

O novo grupo, que tem expectativa de que o negócio seja concluído no segundo semestre deste ano, se chama Abra. Reúne operações de uma das maiores companhias aéreas do Brasil, Gol, e de um dos maiores grupos sul-americanos de aviação, Avianca, com operações na Colômbia, no Equador e em El Salvador e rotas para a América do Norte, Europa e América Central.
A nova empresa terá capital fechado e sediada no País de Gales, no Reino Unido.
O acordo foi assinado entre os principais acionistas da Avianca Holding, incluindo Kingsland International, Elliott International e South Lake One, e o veículo da família Constantino que controla a Gol. As companhias afirmaram que outros investidores financeiros vão aplicar até US$ 350 milhões na Abra.
A Gol e Avianca manterão operações independentes, enquanto “se beneficiam de maior eficiência e investimentos feitos pelo mesmo grupo controlador”, segundo comunicado.
As ações da Gol subiam 3,6% às 10h48, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 1,5%.
Constantino de Oliveira Junior, atual presidente do conselho de administração da Gol e fundador da companhia aérea, será o presidente executivo da Abra. Roberto Kriete, cofundador da Avianca Holdings, comandará o conselho de administração.
Com as operações da Gol e Avianca sob um mesmo guarda-chuva, o Grupo Abra também deterá participação econômica não controladora na aérea Viva, na Colômbia e no Peru, e um investimento em dívida conversível, em fatia minoritária, na chilena Sky Airline.
“A operação não acarretará obrigatoriedade de realização de uma oferta pública de aquisição de controle para os acionistas minoritários da Gol, uma vez que não haverá alienação ou transferência do controle acionário”, disse a companhia aérea brasileira.
Após o fechamento da operação, as partes firmarão acordo de acionistas da Abra, sendo que os Constantino e o grupo de investidores da Avianca serão co-controladores da holding.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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