Acre
Contabilidade Macabra: em menos de quinze dias, Acre registra quase 30 mortes de forma violenta
Onze homicídios foram registrados no Acre somente na primeira semana de janeiro de 2018.

O número alarmante vai na contramão das expectativas da Secretaria de Segurança Pública do Acre.
Da Redação oaltoacre Marcus José com Salomão Matos Contilnet
Avança sem tréguas o número de assassinatos registrados no Estado do Acre somente nas duas primeiras semanas de janeiro de 2018, e na “contabilidade Macabro” nada menos que 29 pessoas já foram mortas em menos de 15 dias no estado. Mesmo com a onda crescente da violência sem controle no Estado, o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, continua na sua pré-campanha para vice-governador, enquanto a população vive apavorada sob o signo do medo e o governador Tião Viana descansa de férias na Europa.
E bom lembrar em evento realizado pela Frente Popular do Acre (FPA) na manhã da terça-feira (28) de novembro 2017, o secretário de segurança pública, Emylson Farias (PDT) foi lançado como vice do pré-candidato ao governo do Acre, Marcus Alexandre (PT).

Emylson Farias será o vice de Marcus Alexandre/Foto: Andreia Oliveira
A coletiva aconteceu no auditório da Biblioteca Pública, por volta das 8h30min. O governador Tião Viana (PT), o presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Luíz Thê, e alguns dirigentes dos partidos ligados a FPA, estiveram presentes e comemoraram a chapa escolhida e de acordo com o Marcus Alexandre, Emylson foi o escolhido para trilhar o caminho de luta em prol do bem estar dos acreanos.
“Foi escolhido um guerreiro para essa luta. Emylson lutará junto comigo para fazer diferença no governo do Acre, temos respeito por todos os partidos. Essa questão da segurança precisa de muita responsabilidade. O controle das fronteiras e a entrada das drogas é um assunto que precisa de muita atenção e ações de planejamento. Emylson terá muito a contribuir pois já é da área. Nós vamos apresentar à população, durante a campanha, estratégias sobre a segurança pública e sobre o desenvolvimento econômico, desburocratizando certas produções do Estado, principalmente nas áreas do interior acreano” ressaltou Marcus Alexandre na coletiva.

“Um guerreiro para essa luta. Emylson lutará junto comigo para fazer diferença no governo do Acre”, disse Tião.
O atual governador do Acre, Tião Viana, aproveitou o momento para falar da alegria de ver o crescimento da frente popular no estado e a confiança na chapa escolhida para concorrer as eleições de 2018.
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“Sei que não será fácil, mas acredito que Marcus Alexandre, junto com Emylson, estão preparados para isso – referindo-se a eleição de 2018”, enfatizando Viana. O governador também anunciou que seguirá com sua carreira médica, após a saída do cargo.
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O anunciado vice, afirmou durante o evento que é “ameaçado todos os dias” e que “não foge dos desafios”. “A força policial está no limite dela, fazendo o que é possível e impossível. Chegou a hora da política ajudar a segurança pública nesse Estado e nesse país. Refirmando que iria lutar todos os dias para promover uma cultura de paz no Acre. Temos convicção de que só a política pode melhorar a situação da segurança no Brasil”, declarou Farias na coletiva que aconteceu no auditório da Biblioteca Pública no dia 28/11/2017.
Em um breve resumo, pesquisando na página da rede social da jornalista policial Lilia Camargo, que acompanha diariamente a onda de assassinatos no Estado, deu para ver a situação que se encontra os acreanos nos primeiros 15 dias de 2018.
Confira número de homicídios:
Lista de mortes violentas nas duas primeiras semanas do mês de janeiro de 2018.
Esta semana tivemos 14 mortes violentas, sendo 12 delas por arma de fogo e duas por arma branca. Com exceção de uma mulher, os demais mortos são todos do sexo masculino com idades entre, 18 e 47 anos.
Na semana passada, tivemos 13 mortes violentas, sendo 9 por arma de fogo e quatro por arma branca. Todas as vítimas eram do sexo masculino e tinham idades entre 15 e 52 anos.
Juntando as duas semanas, pelo menos 28 mortes foram registradas em menos de 15 dias.
Segue a lista e fotos de algumas das vítimas:
Mortes Violentas – Janeiro de 2018
PRIMEIRA SEMANA – 01/01 ao dia 07/01
Segunda-feira – 01/01
1 – Josué Souza de Araújo, morto a facadas, Transacreana
2 – Izomar Vieira de Andrade (47), Ramal da Uga, Belo Jardim, morto a facadas.
Terça-feira – 02/01
3 – Alan Lima Leite (25) – Ramal Bom Jesus, morto a tiros.
4- Francisco da Silva Soares (52), Ramal Menino Jesus, Taquari, morto a tiros.

Vítima caiu e morreu ao lado da bicicleta em que vendia seus salgados/Foto: Equipe Folha do Acre
Quinta-feira – 04/01
5 – David Rodrigues da Silva, Rua Flamengo, Laélia Alcântara
Sexta-feira – 05/01
6 – Francisco Cleuderson Sales de Oliveira (33), Jorge Lavocat, morto a tiros.
7 – Venilson Cruz dos Anjow (29), Rua das Mangueiras, Boa União, morto a tiros.
8 – Jamisson da Silva Marques (27), bairro Remanso, Cruzeiro do Sul, morto a tiros.
9 – José Esmael Pereira da Silva (31), sofreu tentativa de homicídio em Feijó dia 26 e morreu em Cruzeiro do Sul. Alvo de tiros.
Sábado 06/01
10 – John Wesley, 15 anos, Cidade do Povo, morto a tiros.
11- Roseane Dantas da Costa (14), Tarauacá, degolada.
Domingo 07/01
12 – Herlem Moraes da Silva, Estrada do Calafate, morto a facadas (Autor preso)
13 – Josué de Almeida Pontes (20 anos), Travessa Cerâmica, Alto Alegre, morto a tiros.

corpo de Josué de Almeida foi encontrada dentro de uma residência. De acordo com informações de policiais militares (Foto Ac24horas)
SEGUNDA SEMANA – 08/01 a 14/01
Segunda-feira 08/01
14 – Altevir Rodrigues de Oliveira (61), km 10, morto a tiros, Porto Acre (Latrocínio)
15 – Mateus Souza Gomes (19), Tucumã, morreu em troca de tiros com a polícia.
16 – Alisson Pereira (23), Tucumã, morreu em troca de tiros com a polícia

Alisson Pereira (esq.) e Mateus Gomes trocaram tiros com a polícia na noite de segunda (8) (Foto: Arquivo pessoal)
17- Raimundo Venâncio de Souza (47), morreu no PS, golpes de paulada em briga generalizada na estrada do Calafate, domingo (7).
Terça-feira (9)
18 – Auricio da Silva Brito (30), Montanhês, morreu no PS após levar um tiro.
Quarta-feira 10/01
19 – Geris da Silva Ângulo (29), assassinado a tiros, bairro Taquari.
20 – Karlison da Silva Braga (19), assassinado a tiros, Santa Inês.
21 – Odair de Souza Silva (21), morto a tiros, Boa União (Sobral).
Sexta-feira 12/01
22 – Rubens Damásio da Silva (22) morto a facadas no município de Feijó.
Sábado 13/01
23 – Débora Freitas Bessa (19), morta a facadas, Caladinho/Tancredo.

A informação era de que Déborah havia pegado um mototáxi até a entrada do bairro Caladinho e lá foi abordada por criminosos que a arrastaram para dentro da mata (Foto: intenet)
24 – Marcley Cunha Marques (34), morto a tiros, Quinari.
25 – Alexandre da Silva Nazaré (32) e Antônio da Rocha Viana, mortos a tiros.

A morte de Alexandre da Silva Nazaré, de 32 anos, na noite de sábado (13), aconteceu em um bar localizado na Antônio da Rocha Viana (Foto: reprodução)
26 – Wesley de Araújo (18), Ramal do Mutum/Alto Alegre, morto a tiros.
27 – Jardel Filgueiras Gadelha (33), Seringal Barra da Colônia, Xapuri, morto a tiros.
Segunda-feira 15/01

28 – Junior César Pontes (19). Assassinado a tiros no Bairro das Placas em Rio Branco.
29 – Igor Cândido Ribeiro, disparo de arma de fogo na cabeça, na Rua 7 de dezembro, no Estrada da Sanacre, região da Baixada da Sobral, em Rio Branco.
Já na noite de domingo, Jovem leva tiro na cabeça enquanto voltava da casa da namorada na Baixada da Sobral
Moradores disseram à PM-AC que Igor Cândido Ribeiro voltava da casa da namorada quando foi baleado, em Rio Branco.
O jovem Igor Cândido Ribeiro, de 19 anos, levou um tiro na cabeça na noite de domingo (14), na Rua 7 de dezembro, Estrada da Sanacre, região da Baixada da Sobral, em Rio Branco.

Região da Baixada da Sobral, em Rio Branco (Foto: internet)
Populares falaram para a Polícia Militar do Acre (PM-AC) que Ribeiro voltava da casa da namorada quando foi atingido pelo disparo. A assessoria de comunicação da PM-AC informou que o jovem morreu na manhã desta segunda-feira (15) no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), mas o Instituto Médico Legal (IML) disse que ainda não tinha recebido nenhum chamado com o nome da vítima.
A PM-AC falou que Ribeiro estava de bicicleta quando foi abordado por dois suspeitos em uma motocicleta. O jovem perdeu parte da massa cefálica e ainda chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
No local, os moradores não passaram detalhes dos suspeitos e ninguém foi preso.
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Acre
Sebrae e Funtac promovem 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre

Evento acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sesc Cruzeiro do Sul
Nos dias 8 e 9 de dezembro, o Sebrae e a Funtac realizam o 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre, em Cruzeiro do Sul. O evento objetiva a promoção do conhecimento, inovações, tecnologias e mercado, voltados para a bioeconomia de sementes florestais no Acre.
O evento acontecerá no Hotel Sesc de Cruzeiro do Sul e a programação inclui palestras e minicursos, com temas como: Restauração florestal no Acre; Coleta e comercialização de sementes nativas; e Armazenamento de sementes florestais da Amazônia.
“Este encontro é um espaço estratégico para fortalecer a bioeconomia no Acre, promover a troca de conhecimentos e ampliar as oportunidades de mercado para o público que atua neste segmento”, destacou o gestor de bioeconomia do Sebrae, Francinei Santos, ministrará a palestra “Estratégias de mercado na Rede de Sementes”, no dia 8.
Criada em 2023, a Rede de Sementes do Acre atua na estruturação da cadeia produtiva de sementes florestais nativas, com foco na restauração de ecossistemas, na conservação de espécies ameaçadas e no fortalecimento da comercialização sustentável, em parceria com instituições públicas, privadas e a sociedade civil.
A edição do Encontro em Rio Branco acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, Banco Mundial, GEF, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Conservação Internacional Brasil, FGV Europe e Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada
Saimo Martins
A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.
A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.
Déficit de servidores e violações de direitos básicos
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.
Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.
Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação
O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).
O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.
Decisão determina ações imediatas
Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.
Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.
O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.
A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.
O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.
“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.
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Acre
Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

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