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Brasil

Como funciona o congelamento de óvulos à distância? Saiba mais

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São Paulo tem atraído pacientes de diferentes regiões do Brasil e de outros países que buscam aliar tratamentos médicos de alta complexidade com uma experiência diferenciada

São Paulo reúne fatores que consolidam sua posição como um dos principais destinos para tratamentos de reprodução assistida, incluindo o congelamento de óvulos. Foto: cedida

Com SisEmbrio

Desde a pandemia, a procura pelo congelamento de óvulos tem registrado um crescimento significativo em São Paulo, consolidando a cidade como um dos principais polos desse tipo de tratamento no Brasil.

A especialista em reprodução humana assistida, Dra. Paula Marin, explica que esse aumento está diretamente relacionado a mudanças no planejamento familiar, avanços tecnológicos e à maior conscientização sobre o impacto da idade na fertilidade feminina.

Tendências no Pós-Pandemia

A pandemia de COVID-19 trouxe reflexões sobre prioridades pessoais e familiares. Muitas mulheres optaram por adiar a maternidade em prol de estabilidade emocional, financeira e profissional. “O congelamento de óvulos tornou-se uma alternativa importante para quem deseja preservar a fertilidade e manter a possibilidade de ser mãe no futuro”, diz Marin.

Segundo dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2020 e 2023, o número de óvulos congelados aumentou em quase 100% (96,5%) no país — foi de 56.710 para 111.413. São Paulo se destaca nesse cenário pela ampla oferta de clínicas especializadas e infraestrutura de ponta.

Por que São Paulo é um polo de referência?

São Paulo reúne fatores que consolidam sua posição como um dos principais destinos para tratamentos de reprodução assistida, incluindo o congelamento de óvulos. A cidade concentra a maior parte das clínicas e laboratórios especializados no Brasil, equipados com tecnologia de ponta e profissionais renomados. Além disso, destaca-se por oferecer uma infraestrutura completa, que inclui hospitais de excelência, facilidade de acesso a grandes centros médicos e um ambiente acolhedor para pacientes.

“Muitas mulheres escolhem São Paulo não apenas pela qualidade técnica dos tratamentos, mas também pela segurança, confiabilidade e atenção personalizada oferecida durante todo o processo”, afirma Paula Marin, diretora da Clínica Venvitre.

Nos últimos anos, São Paulo tem atraído pacientes de diferentes regiões do Brasil e de outros países que buscam aliar tratamentos médicos de alta complexidade com uma experiência diferenciada. A cidade oferece uma combinação única de expertise médica e infraestrutura turística, com aeroportos internacionais, hotéis de diferentes categorias, serviços especializados em recepção de pacientes, além de roteiros culturais e gastronômicos.

“Temos recebido mulheres de todo o mundo que veem em São Paulo a oportunidade de realizar um tratamento seguro e eficiente, com a tranquilidade de contar com um suporte completo durante sua estadia”, destaca Paula Marin.

Telemedicina e congelamento de óvulos

O avanço da telemedicina trouxe uma nova dimensão ao congelamento de óvulos, permitindo que etapas iniciais do tratamento sejam realizadas remotamente, com conforto e praticidade para as pacientes. Essa abordagem híbrida combina a tecnologia com o atendimento humanizado, garantindo que o planejamento inicial ocorra de maneira eficiente, enquanto os procedimentos clínicos são realizados presencialmente.

Segundo a Dra. Paula Marin, o processo começa com uma avaliação detalhada para identificar fatores de risco que podem impactar a reserva ovariana. “É essencial investigar históricos como cirurgias ovarianas anteriores, sintomas de endometriose – como cólicas menstruais intensas e dor durante a relação sexual –, uso prévio de quimioterapia ou casos de menopausa precoce na família”, explica.

Durante as teleconsultas, Dra. Paula dedica um tempo significativo para educar as pacientes sobre o funcionamento dos ovários, o desenvolvimento folicular e a relação entre idade e fertilidade. “Acredito que uma explicação clara e didática é fundamental para que a paciente compreenda todas as etapas do tratamento e tome decisões informadas”, destaca.

Ao final da consulta virtual, a médica traça um plano personalizado de conduta, que pode incluir:

· Ajustes de medicações, como a suspensão de anticoncepcionais ou outros medicamentos que possam interferir no tratamento;
· Prescrição de vitaminas ou suplementos específicos, quando necessário;
· Solicitação de exames de rotina ginecológica, caso a paciente não tenha exames recentes;
· Investigação diagnóstica adicional, caso sejam levantadas hipóteses durante a anamnese;
· Exames específicos para o congelamento de óvulos, incluindo perfil hormonal, sorologias e a dosagem do hormônio antimulleriano (AMH).

Essa integração da telemedicina ao processo de congelamento de óvulos reflete um cuidado moderno, eficiente e voltado às necessidades individuais das pacientes, facilitando o acesso ao tratamento e promovendo uma experiência acolhedora e informativa.

O acompanhamento do tratamento

A consulta presencial é cuidadosamente programada para coincidir com os primeiros dias do ciclo menstrual ou logo após a ovulação, momento ideal para a contagem dos folículos antrais e definição de um protocolo de medicação personalizado.

“Durante a consulta, a paciente pode adquirir toda a medicação necessária diretamente na clínica, o que facilita sua jornada. Nossa equipe de enfermagem aplica a primeira dose e orienta detalhadamente sobre o uso das demais. Nesse mesmo dia, se preferir, a paciente já pode retornar para sua cidade, levando consigo todos os medicamentos do tratamento”, explica Dra. Paula Marin.

O acompanhamento do estímulo ovariano começa com a primeira ultrassonografia de controle, realizada por volta do 7º dia do ciclo. Ao longo da segunda semana, são realizadas mais duas ultrassonografias transvaginais para monitorar o desenvolvimento dos folículos e ajustar a medicação, se necessário. Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é agendada a aspiração folicular, normalmente entre o 12º e o 14º dia do estímulo.

“No dia da aspiração, recomendamos repouso para garantir uma recuperação tranquila e permitir que a equipe acompanhe qualquer eventual sintoma. No dia seguinte, a paciente já está liberada para retornar à sua cidade com segurança”, acrescenta a médica.

A especialista em Reprodução Humana Assistida destaca que também há a possibilidade, em alguns casos, se a paciente preferir, dela adquirir a medicação onde mora, fazer a estimulação por lá, realizar ultrassonografias para controle do desenvolvimento folicular e encaminhar os resultados para a Dra. Paula Marin para avaliação e ajuste de doses. “Assim, ela pode vir para São Paulo apenas para a aspiração, resultando em poucos dias de permanência por aqui”, explica a médica.

Dra. Paula Marin ressalta que a integração da telemedicina com um acompanhamento especializado tem tornado o congelamento de óvulos mais acessível para mulheres que não residem em São Paulo ou até mesmo no Brasil. “Com os avanços da medicina reprodutiva, as mulheres têm à disposição tratamentos modernos e seguros. A chave é buscar informação e entender como essas opções podem transformar o planejamento reprodutivo”, conclui

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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes

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Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.

A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.

“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.

O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.

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Projeto de lei torna crime a perturbação da paz com pena de até 2 anos de prisão

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O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população

Deputado Kim Kataguiri alega que projeto torna mais claro identificar perturbação da paz. Foto: Pablo Valadare/Agência Câmara

Da Agência Câmara

O Projeto de Lei 4315/24 transforma em crime a perturbação da paz, que hoje é uma contravenção penal. A proposta define o crime da seguinte forma: organizar, promover ou executar evento não autorizado pelo poder público, em via pública ou em prédio particular, que cause transtorno à vizinhança pelo uso de som elevado ou aglomeração que impeça ou dificulte o trânsito de pessoas ou veículos.

A pena prevista é detenção de 6 meses a 2 anos, podendo aumentar em 1/3 até a metade se:

– o evento for realizado à noite;

– o evento for realizado em sábado, domingo ou feriado;
– houver a presença de crianças ou adolescentes no evento;

– o evento for organizado por associação criminosa ou milícia privada;

– o evento atrapalhar as atividades de escola ou hospital e outras consideradas essenciais.

Conforme a proposta, incorre nas mesmas penas:

– o artista de qualquer espécie que se apresenta no evento;

– a pessoa que cede, a título gratuito ou oneroso, equipamento sonoro para a realização do evento;

– a pessoa que participa, de qualquer modo, desse tipo de evento.

Contravenção penal

Atualmente, a Lei das Contravenções Penais pune com 15 dias a três meses de prisão e multa quem perturbar o trabalho ou o sossego alheios:
– com gritaria ou algazarra;
– exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com a lei;
– abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
– provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.

Atualização necessária

O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população.

“Ao estabelecer penalidades claras e proporcionais, o projeto visa a reprimir a realização de eventos irregulares, promovendo um ambiente urbano mais seguro e harmonioso”, argumenta. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

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Brasil

Governo lança ações para enfrentar temperaturas extremas no Brasil

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Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima

Ministério do Meio Ambiente adota medidas para reduzir impacto das altas temperaturas. Imagem: YouTube

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima articula com os ministérios da Educação e da Saúde o enfrentamento das ondas de calor que atingem o país. O objetivo é alertar a população sobre os cuidados necessários para lidar com a elevação das temperaturas e viabilizar ações para minimizar seus impactos, principalmente nas escolas.

Em janeiro, a média de temperatura global esteve 1,75ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), de acordo com o Copernicus, observatório climático da União Europeia.

O Brasil sofre os efeitos do aquecimento global, entre eles, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor severas. Há previsão de temperaturas intensas para as próximas semanas, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em especial para o Sul do país. Em alguns municípios, os termômetros devem registrar mais de 40°C.

Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima.

O programa é implementado a partir de ações baseadas em seis eixos temáticos: áreas verdes e arborização urbana; uso e ocupação sustentável do solo; infraestrutura verde e azul e soluções baseadas na natureza; tecnologias de baixo carbono; mobilidade urbana sustentável e gestão de resíduos urbanos.

No guarda-chuva do programa, está a iniciativa AdaptaCidades, que fornecerá apoio técnico para que estados e municípios desenvolvam planos locais e regionais de adaptação. Ao aderir ao projeto, os governos estaduais devem indicar dez municípios com alto índice de risco climático para receber a capacitação. Também podem ser beneficiados consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional. A aprovação das indicações será feita pelo MMA com base em critérios técnicos, considerando o risco climático e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até o momento, 21 estados já participam da iniciativa.

Cidades Verdes Resilientes e AdaptaCidades estão alinhados ao Plano Clima, que será o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil até 2035. Em elaboração por 23 ministérios, sob a presidência da Casa Civil e a coordenação do MMA, o plano tem um dos eixos voltados à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. O segundo pilar é dedicado às reduções de emissões de gases de efeito estufa (mitigação), cujas altas concentrações na atmosfera causam o aquecimento do planeta.

Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, o Plano Clima será composto por planos setoriais: são sete para mitigação e 16 para adaptação. Traz ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos.

O MEC tem retomado as atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que oferecem ganhos de escala, produtos padronizados e de qualidade aos entes federados, que ficam desobrigados a realizar processos licitatórios próprios (podendo aderir a ata da Autarquia). Já está disponível ata de registro de preços para compra de ventiladores escolares e está prevista ata para aparelhos de ar-condicionado ainda no primeiro semestre de 2025.

Além das ações coordenadas pelo governo federal, planos de contingência para período de extremo calor devem ser desenvolvidos por cada rede de ensino, considerando o princípio constitucional da autonomia federativa e as realidades locais.

Cuidados e dicas

As ondas de calor são caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Esses períodos de calor intenso podem durar dias ou semanas e são exacerbados pelo aquecimento global, que tem aumentado tanto a frequência quanto a intensidade do calor em várias partes do mundo.

Esses episódios são potencializados em áreas urbanas devido ao efeito das ilhas de calor, fenômeno em que a concentração de edifícios, concreto e asfalto retém mais calor e aumenta ainda mais as temperaturas.

A saúde de toda a população pode ser afetada nessas situações, em especial os mais vulneráveis — como idosos; crianças; pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; diabéticos; gestantes; e população em situação de rua. O calor excessivo pode causar tontura; fraqueza; dor de cabeça; náuseas; suor excessivo; e alterações na pele. Ao notar esses sintomas, é essencial buscar ajuda médica.

Entre os cuidados para se proteger, é recomendável beber água regularmente, ainda que sem estar com sede; evitar exposição ao sol das 10h às 16h; usar roupas leves, chapéu e óculos escuros; refrescar-se com banhos frios e utilizar toalhas úmidas; e nunca deixar pessoas ou animais em veículos fechados.

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