Acre
Veja Vídeo: Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Acre recebe aprovados da Polícia Penal
Logo após o encerramento da sessão desta terça-feira (5), os deputados que compõem a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), receberam os aprovados do concurso da Polícia Penal. Ao dar início a reunião, o presidente da comissão, deputado Arlenilson Cunha (PL), destacou a importância de ouvir as demandas dos candidatos aprovados que aguardam convocação.
Em sua fala, o parlamentar enfatizou a urgência de uma solução para o déficit no sistema prisional do estado. “Nós conhecemos o problema existente e sabemos o quão crítico ele se torna a cada dia. O pleito de vocês é claro: avançar na questão do cadastro de reserva. A necessidade no sistema prisional é evidente”, declarou.
Aprovados no concurso da Polícia Penal criticam falta de cronograma e cobram ampliação de vagas no Acre
Durante a reunião, um representante dos aprovados no concurso da Polícia Penal agradeceu a oportunidade de manifestar suas reivindicações, mas destacou duas preocupações principais sobre o andamento do processo seletivo. Segundo ele, “as fases do concurso público estão sendo realizadas às cegas”, sem um cronograma claro que estipule prazos para cada etapa. Ele sugeriu que os parlamentares considerem a criação de uma lei para que concursos no estado tenham um cronograma completo, do início ao fim, como forma de respeito aos candidatos. “É uma falta de respeito não apenas com os aprovados, mas com todos os concurseiros que prestam concursos no nosso Estado”, declarou.
A segunda questão levantada pelos representantes foi o déficit de policiais penais e a necessidade de ampliação do número de vagas no sistema penitenciário do Acre. Os aprovados enfatizam que o número atual não é suficiente para atender à demanda do sistema prisional.
O que os parlamentares disseram:
Em seu pronunciamento, o deputado Emerson Jarude, do Partido Novo, abordou os gastos desnecessários do governo e a falta de investimentos em áreas essenciais, como a capacitação e o treinamento na Secretaria de Segurança Pública. Em seu pronunciamento, o parlamentar enfatizou que, embora o governo planeje aumentar o orçamento em R$ 1,5 bilhão para o próximo ano, esse aumento não se reflete em prioridades reais, como a formação de profissionais de segurança.
“Na verdade, os recursos são destinados para a Casa Civil e para o aumento de cargos comissionados, em vez de serem aplicados em áreas que beneficiam diretamente a população”, disse. Jarude também ressaltou a importância da mediação entre os deputados e os representantes da segurança, destacando que, se o governo tivesse realmente priorizado esses investimentos, situações como a fuga de presidiários não seriam tratadas como normais.
Já o deputado Gene Diniz (Republicanos), mencionou sua experiência como Policial Militar, afirmando que está ciente das carências e do déficit significativo de efetivos em todos os setores da segurança. Diniz enfatizou que, apesar das limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que restringe novas contratações a vacâncias por mortes ou aposentadorias, é crucial que se busquem alternativas junto ao governo. Ele também se comprometeu a trabalhar em conjunto com seus colegas deputados para construir soluções viáveis que possam ser apresentadas e aprovadas na Aleac. A mensagem central de Diniz foi a de que, embora os desafios sejam grandes, a colaboração entre os deputados e o governo é fundamental para melhorar a segurança pública no estado.
Em seguida, o deputado Clodoaldo Rodrigues (Republicanos), falou da importância do diálogo aberto entre os parlamentares e os representantes da segurança pública, reconhecendo o direito destes de reivindicar melhores condições e soluções para suas demandas. Ele compartilhou sua experiência pessoal, lembrando-se de como enfrentou dificuldades ao longo do processo de convocação para a segurança penitenciária, destacando que a resolução de tais questões depende, em grande parte, da iniciativa do governo. Clodoaldo enfatizou que, se dependesse dos deputados, a situação já teria sido solucionada, mas que a responsabilidade recai sobre o governo em criar um cronograma claro para os concursos, permitindo que os candidatos acompanhem o processo.
O deputado pediu ao governo um olhar mais atencioso e respeitoso para com os profissionais da segurança, que também têm suas vidas e planos impactados por essa incerteza. Ele concluiu com a mensagem de que é necessário um compromisso real por parte do governo para atender às necessidades e expectativas daqueles que se dedicam à segurança pública do estado.
Encaminhamentos:
Em suas considerações finais, o deputado Arlenilson Cunha reafirmou seu compromisso em ser um mediador eficaz das preocupações dos aprovados no concurso e do sistema prisional. Ele reconheceu a gravidade dos problemas enfrentados, afirmando que “a frequência das fugas no sistema é um problema existente” e ressaltou a necessidade urgente de “aumentar o número de vagas disponíveis” para melhorar a segurança pública.
Cunha destacou ainda que a Assembleia Legislativa está disposta a atuar em prol da segurança, oferecendo “total apoio às iniciativas que visem sanar o déficit de policiais penais e a falta de estrutura no sistema penitenciário”. Para ele, embora existam limitações legislativas que exigem a iniciativa do poder executivo, “o parlamento está preparado para intermediar e buscar soluções” para esses problemas que afetam a população.
O deputado mencionou a intenção de realizar encaminhamentos práticos, afirmando: “vamos solicitar informações detalhadas sobre o concurso e o cronograma relacionado”. Ele também planejou buscar informações junto ao secretário de administração do Estado para discutir “a possibilidade de emendas e a ampliação das vagas”.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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