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Com ventos de até 102 km/h, tempestades destroem casas e desabrigam moradores no AC: ‘como uma explosão’

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Prefeitura de Mâncio Lima decretou situação de emergência nesta segunda-feira (11) por conta dos estragos causados por tempestades.

Moradores da zona rural de Mâncio Lima, interior do Acre, viveram momentos de desespero durante duas fortes tempestades que atingiram as localidades no último dia 4 e nesse domingo (10). Ventos de até 102 km por hora arrancaram telhados de casas e escola, derrubaram estruturas e destruíram completamente várias casas.

As equipes da Defesa Civil Municipal ainda contabilizam os estragos. Até esta segunda-feira (11), o número de casas afetadas de alguma forma pelas chuvas é de 50. Entre oito a dez famílias estão desalojadas, ou seja, estão na casa de parentes.

Moradores que tiveram apenas o telhado danificado conseguiram, com a ajuda da Defesa Civil, arrumar e voltar para a residência.

As áreas afetadas pelas tempestades foram:

  • Ramal Iracema
  • Ramal Feijão Insosso
  • Ramal Gerino
  • Ramal do Vinte
  • Ramal do Zé Felipe
  • Rama do Banho
  • Ramal do Batoque
  • Ramal do Queiroz

 

Decreto de emergência

 

Na manhã desta segunda-feira (11), a Prefeitura de Mâncio Lima decretou situação de emergência por conta da tempestade do último dia 4.

“Que a intensidade dos ventos que atingiram o município, ocasionou uma destruição em diversas áreas terrestres situados no perímetro rural do município de Mâncio Lima, que corresponde ao número 10 na escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas velocidades variam entre 88 a 102,0 km/h, que causou o desastre, ocorrido na data do dia 4 de setembro de 2023, às 15h15, com aproximadamente uns 15 a 20 minutos de duração”, diz parte do decreto.

Veja fotos dos estragos causados por tempestades em Mâncio Lima, no Acre

Cerca de 50 casas foram afetadas pelos ventos e há entre oito a dez famílias desalojadas

Casa destelhada

 

Moradora do Ramal do Feijão Insosso, Rosilda Mendes Vieira, de 60 anos, teve parte da casa arrancada durante a tempestade do último dia 4. Ela relembrou que quando o vendaval começou correu para dentro de casa e se trancou.

“Me tranquei e escutei a quebradeira. Gritei: ‘meu Deus, o que está acontecendo?’. E tinha uma estraladeira medonha, e eu de olhos fechados. Fiquei quieta clamando a Deus. Quando parou o barulho, abri a porta e vi a situação. Nunca tinha visto uma situação dessa. Já vi na televisão, mas não para cá nunca tinha visto”, lamentou.

 

Rosilda Mendes Vieira teve a casa destelhada durante temporal em Mâncio Lima

Rosilda Mendes Vieira teve a casa destelhada durante temporal em Mâncio Lima

O imóvel é de madeira e teve parte do telhado levado pelo vento. Sem a cobertura, os pertences de Rosilda foram molhados pela água da chuva, inclusive roupas e os colchões. Ela deixou o lugar e está abrigada na casa da filha.

Tem hora que dá uma vontade de chorar vendo minhas coisas desse jeito. O que vou fazer?
— Rosilda Mendes Vieira

‘Como uma explosão’

 

Katrine Vieira da Silva também mora no Ramal do Feijão Insosso e perdeu duas residências durante a tempestade do último dia 4. Ela soube pelos vizinhos o que tinha acontecido, mas achava que apenas o telhado dos imóveis tinham sido danificados.

A mulher descreve com tristeza o que viu quando chegou no local.

“É como se tivesse entrado um redemoinho e feito uma explosão da casa porque encontramos pedaços de madeira e de móveis a mais de 100 metros de distância que o vento levou. Está só o assoalho aqui, tudo que tinha dentro da casa foi devastado, não tem como recuperar nada”, disse.

 

Moradora perdeu tudo durante tempestade na zona rural de Mâncio Lima

Moradora perdeu tudo durante tempestade na zona rural de Mâncio Lima

Katrine morava com duas filhas pequenas em uma das casas e construía o imóvel há dois anos.

“Aqui tem que construir tudo de novo, um novo recomeço. Estava com mais de dois anos que a gente vinha trabalhando e a gente que tem pouco recursos, faz uma coisinha de cada vez. Um dia faz uma coisa, depois outra coisa e todos os dias eu estava aqui com minhas filhas pequenas trabalhando. Quando a gente chega e encontra a casa da gente em uma situação dessa, é díficil”, disse com tristeza.

 

Katrine Vieira da Silva perdeu tudo durante tempestade — Foto: Reprodução

Katrine Vieira da Silva perdeu tudo durante tempestade — Foto: Reprodução

Assistência

 

A coordenadora da Defesa Civil Municipal, Adriana da Silva dos Santos, disse que as equipes estão passando nas localidades afetadas para contabilizar os estragos e também levar assistência para os moradores. Ela confirmou que a tempestade do último dia 4 causou mais estragos.

“Estamos trabalhando o decreto desde quarta-feira [6] e hoje saiu a publicação por conta do feriado de quinta [7] e sexta [8]. Estamos pedindo ajuda ao governo federal porque não temos condições de construir uma casa, conseguimos disponibilizar alguns profissionais para recolher os entulhos, levamos cestas básicas. Tem famílias bem carentes”, destacou.

Além das residências, o vendaval destelhou também a Escola Manoel Antônio Cavalcante, que fica no Ramal Feijão Insosso e atende crianças 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Cerca de 20 alunos estão sem aulas.

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Governador Gladson Camelí participa da 1ª Reunião do Consórcio da Amazônia Legal sobre a COP30

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O governador Gladson Camelí participou na tarde desta terça-feira, 12, no Palácio dos Despachos, em Belém, no Pará, da 1ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral dos Governadores da Amazônia Legal, cujo objetivo foi debater e repassar aos estados informes sobre as articulações para COP30.

Governador participou da reunião ordinária na tarde desta terça-feira, 12, em Belém. Foto: Pedro Devani/Secom

Organizada pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), a reunião discutiu estratégias do consórcio para o evento, ratificando o trabalho das Câmaras Setoriais dos estados membros, sendo que o Acre tem assento em todos os grupos de trabalho, além de estratégias de comunicação nacional e internacional, entre outros informes gerais.

O governador do Pará e presidente do Consórcio de Governadores, Helder Barbalho, deu as boas-vindas aos seus pares, destacando as pautas a serem apresentadas na reunião, ressaltando a importância das discussões acerca da estrutura do consórcio para que a COP30 resulte em avanços para todos os setores da sociedade, sobretudo ao meio ambiente.

Helder Barbalho destacou a importância das discussões para que a COP30 resulte em avanços, principalmente ao meio ambiente. Foto: Pedro Devani/Secom

Marcelo Brito, secretário executivo do CAL, apresentou as estratégias para espaços na COP30, compartilhando propostas organizacionais sobre os espaços a serem ocupados pelos estados da Amazônia e eventos nacionais que serão realizados em zonas específicas do evento.

De acordo com Marcelo Brito, os nove estados da Amazônia Legal, por meio dos seus governadores, e as respectivas Câmaras Técnicas do CAL, estão participando ativamente do planejamento da COP30, com destaque para a Câmara Setorial de Comunicação, que está com estrutura montada para atender todos os estados.

Marcelo Brito, secretário executivo do CAL, durante apresentação. Foto: Pedro Devani/Secom

Ainda no setor de mídias, o CAL pretende dispor de um painel intitulado “Amazônia 2050”, projetado em vários idiomas com escala e tecnologia de ponta para divulgar as potencialidades e belezas da  Amazônia brasileira.

Camelí reafirma apoio do Acre na organização do CAL para a COP30

Com participação ativa nas atividades do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, Gladson Camelí agradeceu a 1ª Reunião da Assembleia Geral e apresentou propostas no setor da agricultura, destacando o excelente desempenho do estado do Acre no tocante à produção agroflorestal, e colocando-se à disposição para ampliar a contribuição do estado na organização da COP30.

Durante a reunião, foram apresentados, ainda, informes gerais sobre o evento e outras pautas a serem analisadas pelos governadores juntamente com suas equipes técnicas,  a serem concluídas nesta quarta-feira, 13, durante a 17ª Reunião do Fórum Nacional de Governadores, que será realizada também em Belém, a partir das 10h, no Parque da Cidade, incluindo a apresentação de uma agenda federativa de todos os estados da Amazônia Legal para a COP30.

Governador Gladson Camelí apresentou propostas no setor da agricultura e destacou o desempenho do estado do Acre na produção agroflorestal. Foto: Pedro Devani/Secom

“Para o Acre é sempre uma grande satisfação participar desses encontros em que a pauta é a construção coletiva em torno do bem comum, pois é assim que o Consórcio de Governadores da Amazônia e o Fórum Nacional de Governadores atua. Estamos trabalhando unidos para que a Amazônia e sua preservação, a cultura e a beleza dos nossos povos sejam conhecidas e reconhecidas por seu valor, sua dignidade e hospitalidade, entre tantas outras virtudes que o mundo verá durante a COP30”, disse Camelí.

A COP30 será realizada pela primeira vez no Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, sendo o maior evento global em torno dos debates e negociações sobre a preservação da Amazônia e os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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Prefeito Jerry Correia participa de reunião na SEAGRI com comunidades tradicionais e indígenas de Assis Brasil

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Nesta terça-feira (12), o prefeito Jerry Correia deu continuidade às agendas em Rio Branco, acompanhado por representantes das comunidades tradicionais de Assis Brasil, incluindo a Reserva Extrativista Chico Mendes, e das Terras Indígenas Riozinho, Mamoadate e Cabeceira do Rio Acre.

O grupo esteve reunido na Secretaria de Agricultura (SEAGRI), onde discutiu o incentivo à produção agrícola dentro da Reserva Chico Mendes e nas Terras Indígenas. As comunidades expressaram o desejo de ampliar suas atividades produtivas, reforçando a necessidade de apoio não só da Prefeitura de Assis Brasil, mas também do Governo do Estado, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e de outras instituições.

O encontro contou com o apoio do vereador Jurandir Araújo, representante da Câmara Municipal e um dos grandes idealizadores desta missão em Rio Branco. Também estiveram presentes Wendel Araújo, presidente da AMOPREAB, José de Araújo, representante da Cooperacre e Coopaeb, além dos líderes indígenas da região.

O prefeito Jerry Correia segue firme nessa caravana, buscando melhorias concretas para as reservas extrativistas e para as comunidades indígenas, reforçando o compromisso da gestão municipal com o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das populações tradicionais de Assis Brasil.

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Pesquisador diz que pavimentação da BR-317 sem um plano de educação ambiental foi catastrófico para o Rio Acre

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Por Dell Pinheiro

O pesquisador Claudemir Mesquita, que há anos estuda o comportamento das águas do Rio Acre, disse que a pavimentação da BR-317, ligando Rio Branco a Assis Brasil, foi um projeto “brutalmente criminoso” para o rio que abastece a capital acreana. A fala dele foi proferida nesta segunda-feira (11/8), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em audiência realizada a pedido do deputado Eduardo Ribeiro (PSD).

“O governo anunciou a pavimentação asfáltica da rodovia transoceânica, já aberta sob o interflúvio do rio acre, com um discurso inovador. Dizia o governo que a região iria avançar 20 anos de atraso crônico, com a construção da BR, mas esqueceu de colocar na alça do projeto um plano de educação ambiental. Foi um projeto politicamente audacioso para os governos federal, estadual e municipal. No entanto, brutalmente criminoso para o Rio Acre. O projeto cuidou apenas do asfalto e das pontes milionárias. O projeto foi executado totalmente descalço e despido dos elementos essenciais para a cultura do povo e dos rios”, disse o geógrafo.

Além disse, Mesquita menciona que a pavimentação da rodovia provocou uma corrida pela terra na região. Pecuaristas de outros estados brasileiros começam a comprar fazendas ao longo da BR-317, com isso “o desmatamento avançou por quilômetros rumo ao Rio Acre”.

“E, é exatamente nas laterais da estrada que as fontes de água corriam para o Rio Acre. Aterraram centenas de nascentes e assoreamento, terra suja para o curso dos rios no colo da enxurrada”, mencionou.

Nesta segunda-feira, em Rio Branco, o Rio Acre alcançou uma das menores marcas para o período: 1,31 metro.

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