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Acre

Com intensa estiagem, pelo menos 17 mil pessoas já foram afetadas por desabastecimento de água em Rio Branco

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Defesa Civil Municipal precisou aumentar prazo da Operação Estiagem em 2023, e já esgotou capacidade operacional em mais de 4 mil comunidades. Com decreto de situação de emergência, operação vai poder ampliar medidas.

Após decreto de situação de emergência, Defesa Civil vai ampliar capacidade da Operação Estiagem — Foto: Evandro Derze/Prefeitura de Rio Branco

Em meio à intensa estiagem, pelo menos 17 mil pessoas já foram afetadas pelo desabastecimento de água em Rio Branco. A estimativa é da Defesa Civil Municipal, responsável pela Operação Estiagem, que já atendeu 4 mil famílias em 27 comunidades nas zonas urbana e rural da capital acreana. Porém, segundo o coordenador Coronel Cláudio Falcão, o número pode ser ainda maior.

“A nossa programação começou em 17 de julho e vai até 15 de dezembro, cinco meses de duração, enquanto outros anos eram três meses, mas aumentamos para cinco por conta da seca. Estamos com 27 comunidades, o que dá mais de quatro mil famílias, e a gente esgotou, chegamos ao 100% do operacional”, explica.

Além do aumento na duração do prazo da operação, que havia sido definido pela Defesa Civil no início do ano, Falcão explica que a ampliação da capacidade operacional está entre as medidas abrangidas pelo decreto de situação de emergência, assinado pelo prefeito Tião Bocalom nessa quarta-feira (27).

Rio Acre chegou a 1,40 metro nesta quinta-feira (28) — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Rio Acre chegou a 1,40 metro nesta quinta-feira (28) — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O decreto tem como base os baixos níveis registrados no Rio Acre na capital, além de um parecer da Defesa Civil que também citou a baixa umidade do ar, o aumento de doenças respiratórias e prejuízos de produtores rurais com o desabastecimento.

“Não dá pra fazer mais nada, a não ser pela decretação. Todos os nossos depósitos, 109 caixas de cinco mil litros, fora outros particulares que a gente abastece, não só as da Defesa Civil, já foram todos abastecidos e vamos precisar adquirir mais caixas, comprar mais caixas para poder atender mais comunidades”, diz o coordenador.

Operação já atendeu 4 mil comunidades nas zonas urbana e rural da capital acreana — Foto: Evandro Derze/Prefeitura de Rio Branco

Operação já atendeu 4 mil comunidades nas zonas urbana e rural da capital acreana — Foto: Evandro Derze/Prefeitura de Rio Branco

Perfuração de poços

 

Ao assinar o decreto, Bocalom adiantou que uma das medidas a serem implementadas será a pesquisa de viabilidade para a perfuração de poços no Primeiro e no Segundo Distrito de Rio Branco. Esses poços, segundo o prefeito, podem garantir abastecimento de água durante o ano todo.

“Esse decreto que estamos fazendo aqui mostra a nossa responsabilidade, e principalmente a vontade de resolver o problema da falta de água em Rio Branco. Com esse decreto assinado, vai facilitar para que o Saerb possa contratar a Universidade Federal do Acre, junto à Universidade de Brasília, para fazer o grande estudo que a gente precisa, e também para contratar a empresa que vai perfurar dois poços para pesquisa que vão ser acompanhados pelas duas universidades. Dois poços de 800 metros para a gente saber onde tem água no subsolo de Rio Branco. Um poço no Segundo Distrito, e um no Primeiro Distrito. Não adianta dizer que tem água, e não fazer. Isso nunca foi feito, e nós vamos fazer”, declarou.

Rompimento de adutora causou crise no abastecimento de água em Rio Branco no mês de junho — Foto: Agatha Lima/Rede Amazônica Acre

Rompimento de adutora causou crise no abastecimento de água em Rio Branco no mês de junho — Foto: Agatha Lima/Rede Amazônica Acre

Bocalom já havia citado a perfuração de poços em diversas ocasiões. Em junho, quando Rio Branco enfrentava crise no abastecimento de água por conta de problemas em equipamentos em uma Estação de Tratamento de Água (ETA), o prefeito anunciou que os estudos de viabilidade do projeto vão contar com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM),vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac).

O Rio Acre é a única fonte de captação de água para abastecimento na capital. No ano passando, quando o Rio Acre registrou também uma seca severa, o g1 fez uma reportagem com especialistas analisando o cenário, inclusive, estudos apontam que o rio pode até mesmo chegar a cota zero. Mas, alguns estudiosos alegam que os poços não resolveriam o problema.

Queimadas e poluição do ar

 

Queimadas diminuíram, mas ainda causam piora na qualidade do ar no Acre — Foto: Victor Lebre/g1

Queimadas diminuíram, mas ainda causam piora na qualidade do ar no Acre — Foto: Victor Lebre/g1

No Acre, a influência dos focos de queimadas na qualidade do ar em 2023 é menor do que em anos anteriores, mas ainda é responsável por picos nos índices de poluição do ar. A análise é do professor Willian Flores, da Universidade Federal do Acre (Ufac), doutor em Ciências de Florestas Tropicais.

Flores explica que o estado tem registrado mais chuvas do que o normal para o período de verão amazônico, o que contribui para que os municípios consigam manter a qualidade do ar dentro do considerado normal pela Organização Mundial da Saúde, que é de 15 microgramas de partículas por metro cúbico de ar.

“Esse ano, está um pouco menos [o índice de queimadas]. Esse ano, o problema que estamos tendo é climático. Estamos tendo mais chuvas do que deveria, de vez em quando tem um temporal. Ainda bem, porque estamos em um momento muito crítico de temperatura do ar. Se tivéssemos essas duas coisas, temperatura alta e baixa umidade, teríamos um desastre. Incêndios florestais, queimadas. A temperatura está alta, mas a pluviosidade está acima da média. Isso tem ajudado a ter menos queimadas. Está mais ou menos na metade do que aconteceu no ano passado. Isso tem contribuído um pouco com a melhoria dos índices de qualidade do ar. Embora, por causa da temperatura, a gente tenha a cultura do uso do fogo na Amazônia, que é cultural”, avalia.

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Acre

Homem desaparece após cair de embarcação no rio Juruá em Marechal Thaumaturgo

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População se mobiliza nas buscas enquanto ausência de socorro especializado dificulta resgate

Um homem identificado apenas como Nilo está desaparecido desde a manhã desta quinta-feira (12), após cair da embarcação Denilson no município de Marechal Thaumaturgo, interior do Acre. O acidente ocorreu por volta das 10h nas águas do rio Juruá, durante uma viagem entre Cruzeiro do Sul e a cidade.

Segundo testemunhas, Nilo estaria na popa do barco no momento em que caiu repentinamente no rio, possivelmente ao escorregar ou se desequilibrar. Desde então, ele não foi mais visto. Moradores relatam que a forte correnteza e o tráfego intenso de embarcações podem ter contribuído para dificultar um resgate imediato. Há suspeitas de que a vítima tenha sido arrastada para debaixo de outros barcos logo após o incidente.

Sem uma unidade do Corpo de Bombeiros na cidade, a população local se mobilizou de forma voluntária para tentar localizar o homem. Com o uso de barcos pequenos, cordas e redes, grupos realizam buscas desde o momento do desaparecimento, mas, até o momento, sem sucesso.

Circulam informações não confirmadas de que Nilo estaria sob efeito de álcool quando caiu no rio. A Polícia Militar foi informada e acompanha o caso, mas ainda não há confirmação oficial sobre as circunstâncias do acidente.

O desaparecimento causou comoção entre os moradores, que cobram apoio imediato de equipes especializadas, como o Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, para reforçar as buscas com segurança e eficiência.

Até a publicação desta reportagem, Nilo seguia desaparecido. As buscas continuam.

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Investimento na Educação no Campo: Prefeitura de Brasiléia reforma Escola Rural Gesilda de Freitas

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A Prefeitura de Brasiléia está realizando uma reforma na escola Municipal Gesilda de Freitas Paixão, localizada no km 59 + 27 do ramal.

A iniciativa visa garantir um ambiente mais adequado, seguro e acolhedor para os alunos e profissionais da educação que atuam na comunidade.

Os trabalhos envolvem melhorias na estrutura física da escola, com reparos em áreas danificadas e renovação da pintura, tanto interna quanto externa.

A secretária de Educação, Raiza Dias, esteve na comunidade acompanhando de perto o andamento das obras. Durante a visita, ela conversou com moradores, funcionários e pais de alunos, reforçando o compromisso da gestão com a qualidade da educação.

“A educação no campo também merece atenção especial. Essa reforma é uma forma de reconhecer a importância dessa comunidade e oferecer uma escola mais bonita e funcional para nossas crianças e educadores”, destacou Raiza Dias.

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Acre

Câmara aprova pacote de projetos sobre enchentes, educação e eventos públicos

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Por Saimo Martins

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (12), a Câmara Municipal de Rio Branco aprovou uma série de projetos de lei voltados à proteção da população afetada por enchentes, à moralização de eventos públicos e ao fortalecimento da educação municipal. Ao todo, seis matérias foram apreciadas e receberam parecer favorável dos parlamentares.

Remissão de IPTU para imóveis atingidos por enchentes

Entre os projetos aprovados, está uma matéria do Poder Executivo que dispõe sobre a remissão do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Remoção de Resíduos Sólidos e Entulhos para imóveis residenciais edificados atingidos por enchentes, inundações e alagamentos decorrentes das fortes chuvas ocorridas em Rio Branco.

A proposta tem caráter emergencial e busca oferecer alívio fiscal a famílias afetadas por desastres naturais, isentando temporariamente os contribuintes impactados.

Fim das inaugurações de obras públicas inacabadas

Também foi aprovado o projeto de autoria do vereador Éber Machado (MDB) que proíbe a inauguração de obras públicas inacabadas no município de Rio Branco. A proposta visa aumentar a transparência e a responsabilidade da gestão pública, impedindo cerimônias simbólicas de entrega sem a efetiva conclusão e funcionalidade da obra.

Proibição do uso recreativo de embarcações motorizadas em alagamentos

De autoria do vereador Fábio Araújo, outro projeto aprovado proíbe o uso recreativo de embarcações motorizadas durante períodos de enchentes e alagamentos na capital acreana. A proposta ainda estabelece penalidades mais severas quando o município estiver sob situação de emergência ou calamidade pública.

Restrições em eventos públicos familiares

Foi aprovado ainda o projeto do vereador Zé Lopes que proíbe a contratação de shows, artistas ou utilização de músicas com apologia sexual explícita em eventos públicos classificados como “familiares” e abertos à participação de crianças e adolescentes. A medida visa proteger o público infantojuvenil de conteúdos inadequados, especialmente em atividades promovidas com recursos públicos.

Homenagem à presidente do Sinteac

A Câmara também aprovou uma moção de aplauso à professora Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), em reconhecimento à sua trajetória à frente da entidade e por sua recente reeleição, conquistada com votação expressiva da categoria.

Hortas e Fazendinhas nas escolas

Encerrando a lista de votações, foi aprovado o projeto de lei do presidente da Casa, vereador Joabe Lira, que institui o programa “Hortas e Fazendinhas nas Escolas Municipais”. A iniciativa visa promover educação ambiental, segurança alimentar e o contato direto dos alunos com práticas sustentáveis e de cultivo urbano.

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