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Com chancela do Brasil, Assembleia Geral da ONU pede retirada das tropas russas da Ucrânia
Resolução foi aprovada nesta quinta-feira (23) por ampla maioria com 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções
A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quinta-feira (23), por ampla maioria uma resolução exigindo a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia para encerrar a guerra iniciada há um ano por Moscou.
Com 141 votos a favor, 7 contra (Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Nicarágua, Mali e Síria) e 32 abstenções, a comunidade internacional aprovou a resolução “Princípios da Carta das Nações Unidas sobre os quais baseia-se uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”.
Na resolução patrocinada por dezenas de países e diante da notável abstenção da China, o fórum da ONU reiterou o “compromisso” com a “integridade territorial” da Ucrânia.
A Assembleia Geral exigiu que a Rússia “retirasse imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, referindo-se aos territórios anexados por Moscou.
“É uma maioria esmagadora da comunidade internacional e isso confirma o alto nível do apoio à Ucrânia como vítima da agressão russa”, afirmou o alto representante de Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, lamentando que a “Rússia tenha tentado durante toda a semana distrair e perturbar o trabalho das Nações Unidas com manobras”. “Mas, novamente, falhou”, acrescentou.
“É muito mais do que somente o Ocidente”, afirmou o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, lembrando que muitos países latino-americanos, africanos e asiáticos votaram a favor de Kiev.
Desde quarta-feira (22), representantes de dezenas de países desfilaram na tribuna da ONU para apoiar a Ucrânia. Kuleba, por sua vez, exortou o mundo no dia anterior a escolher “entre o bem e o mal”.
O texto, que não é vinculante, também pede a “cessação das hostilidades” e “enfatiza a necessidade de se alcançar uma paz geral, justa e duradoura na Ucrânia o mais rápido possível, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas”.
“O elemento mais importante da resolução é o apelo à comunidade internacional para redobrar seus esforços diplomáticos para alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia”, analisou o embaixador Ronaldo Costa Filho, representante do Brasil na ONU, explicando seu voto a favor da resolução.
Devido ao veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, que impede qualquer decisão sobre a Ucrânia contrária a Moscou, a Assembleia Geral da organização assumiu as rédeas deste dossiê há um ano.
Esta foi a quarta resolução votada na Assembleia Geral desde a invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado. As três resoluções anteriores receberam entre 140 e 143 votos a favor, com cinco países sistematicamente contra (Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia) e menos de 40 abstenções.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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