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Com baixa imunização, AC tem registro de doenças que estavam controladas: ‘pior cenário’, diz coordenação do PNI

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Por Andryo Amaral

A coordenação do Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI) informou que há baixa cobertura em todas as vacinas do calendário de imunização. Com isso, o estado voltou a registrar doenças que estavam controladas, como a difteria. Houve ainda um caso suspeito de coqueluche.

O caso de difteria foi registrado há 15 dias.

Sobre a Covid-19, o estado é um dos últimos estados no ranking nacional da vacinação contra a doença em relação às duas primeiras doses. Especialmente sobre a dose de reforço, o estado tem cobertura vacinal de apenas 29% do público-alvo.

Em entrevista à Rede Amazônica Acre, nesta terça-feira (19), a coordenadora do PNI, Renata Quiles, disse que o atual cenário de imunização é o pior dos últimos tempos. Sem a vacina, ela alertou que, com essa baixa procura, doenças como o sarampo podem voltar a ser registradas também no estado acreano.

“Não imaginávamos que chegaríamos. Todas as vacinas estão com cobertura baixíssima na história de imunização do país. Doenças como sarampo podem ser reintroduzidas no estado, somos apenas um dos quatro estados que ainda não têm sarampo, nos outros estados todos estão com surto ativo”, alertou.

Renata destacou que os pais precisam ficar atentos e seguir com atenção o calendário vacinal dos filhos. “Quando tenho crianças nascendo e pais não vacinando seus filhos, as doenças vão voltar”, orientou.

Vacinas do calendário de imunização estão com baixa cobertura no Acre — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Vacinas do calendário de imunização estão com baixa cobertura no Acre — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Caravanas

 

Nesta terça, equipes de saúde estiveram com uma caravana de vacinação na Escola Cívico Militar Tiradentes, na região do bairro Calafate. Renata destacou que as ações com as caravanas foram retomadas com força total com a volta das aulas para disponibilizar as vacinas.

“Pretendemos atender não só a capital, mas também o interior. Estamos com uma programação, o próximo município é Porto Acre e pretendemos conseguir alcançar pelo menos as escolas estaduais. A gente quer unir parceria com os municípios para que eles deem continuidade com as municipais”, pontuou.

Renata explicou a importância de concluir o esquema vacinal e garantir uma imunização completa. “A gente tem uma procura muito baixa com a Covid-19 para a dose de reforço. A falsa sensação de que está tudo bem e que não precisamos nos vacinar é equivocada. Precisamos continuar nos mantendo protegidos. A proteção da vacina não é eterna, ao longo dos meses essa proteção vai caindo e precisamos renovar pelo menos a cada quatro meses”, instruiu.

Ela disse ainda que com a redução de casos de Covid, a população acredita que não existe mais a necessidade de ser vacinar. “É justamente aí que vamos pecar. Se a população não buscar tomar a dose de reforço vai ter um aumento de novo no número de casos. Continuamos fornecendo a vacina em todos os municípios e com as caravanas o Estado vem para apoiar os municípios, mas se a população não se conscientizar de nada vai adiantar”, afirmou.

Por conta do grande estoque de vacinas, a Saúde do estado solicitou ao governo federal que a entrega de novas doses fosse reduzida. “Pedimos para dar uma reduzida no envio de doses porque o estoque é imenso, mas preciso da consciência da população. Parar de acreditar que vacina é para sempre. Aquela sensação de que peguei Covid e não preciso me vacinar é errada”, concluiu.

De acordo com informações do portal de transparência do governo, o Acre aplicou 1.369.776 doses na população até esta segunda (18). Das doses, 643.732 pessoas tomaram a primeira dose, 517.983 a segunda, 12.739 a dose única e 177.464 dose de reforço.

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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul

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Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.

Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.

Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.

Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.

Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.

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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

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Foto: TJAC/assessoria

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.

A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.

O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.

Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.

 

Fonte: Ascom/TJAC

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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco

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Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.

Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.

O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.

A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.

Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.

Fonte: PCAC

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