Cotidiano
Coluna Pimenta do Reino: Gladson Cameli se convenceu de que se MDB não é governo, tem que sair
Da degola devem escapar apenas as secretárias Maria Alice, Sinhasique e quatro gatos pingados

MDB na degola
Fonte palaciana de livre trânsito no gabinete do governador Gladson Cameli acaba de informar ao redator que, no máximo no início da semana que vem, estourando a sexta-feira (14), o chefe do Palácio Rio Branco vai tomar a decisão que deveria ter sido tomada desde que se descobriu a “trairagem”, como se diz no popular: vai demitir todos os membros do MDB que têm cargo no Governo mas não o defendem e tampouco são solidários nos momentos de crise.
Três Mosqueteiros
Justiça seja feita: no MDB, quem de fato apoia o Governo e o governador é o senador Márcio Bittar, as secretárias Eliane Sinhasique e Maria Alice Melo e outros quatro gatos pingados. Com esses três emedebistas, como no caso dos “Três Mosqueteiros”, Gladson Cameli vem podendo contar.
Captador de recursos
E tem contado. Márcio Bittar, por exemplo, vem se revelando o principal captador de recursos em Brasília para que o Governo do Estado toque obras de envergadura, como, por exemplo, este da revitalização do Igarapé São Francisco e intervenções no rio Acre para combater os malefícios das cheias e das secas, a cada ano.
Mandatos com donos
O mesmo não se pode dizer das deputadas Antônia Sales e Meire Serafim, respectivamente, esposas do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, e do atual prefeito de Sena Madureira. Mazinho Serafim. Se ambas não atacam frontalmente o Governo, se comportam como mudas quando o assunto é a defesa de Gladson Cameli. E isso não é por acaso: elas obedecem as ordens dos donos de seus mandatos, seus maridos.
Ficha suja
No caso de Meire Serafim, seria decorrência de mágoas das rusgas de início de governo entre seu marido e o governador. No caso de Antônia Sales a magoa seria por Vagner Sales ter sido sacado do cargo de secretário especial do Governo. Um assessor palaciano me lembrou, neste último caso, o governador está pagando uma conta que não é sua: Vagner Sales foi exonerado do cargo por ser ficha suja.
CPF imaculado
A novidade, neste caso, é que a lei que enxotou Vagner Sales do governo foi aprovada pela Assembleia Legislativa, inclusive com o voto de Antônia Sales, ao ser apresentada por seu companheiro de partido Roberto Duarte. Há quem diga que Antônia Sales votou pela aprovação da lei achando que o governador iria vetá-la ou então passar a mão na cabeça de Vagner Sales, dono de autêntico prontuário e, mesmo assim, um dos emedebistas que, por onde passam, mais sacaneiam o governador Gladson Cameli, logo ele cujo CPF, em quase 20 anos de vida pública, é imaculado.
Novas vitórias
O senador Marcio Bittar tem dito em quase todas suas entrevistas que é pura burrice a antiga oposição ter lutado de 20 anos para retirar o PT do poder e, uma vez conquistando-o, ficarem nessa briga interna que só beneficia quem perdeu às eleições de 2018. Para o senador, o caminho mais correto de toda a “antiga oposição” seria permanecer unida, apoiando o projeto do governador Gladson Cameli. Quem transita pelos bastidores do MDB diz que além de apoiar o Governo do Acre em Brasília, Márcio Bittar tem lutado para aparar essas arestas no MDB e levar o Partido unido para novas vitórias.
As sobreviventes
Da degola dos emedebistas devem escapar apenas as secretárias Maria Alice Melo, do Planeamento e Gestão (Seplag), Eliane Sinhasique, do Turismo e Empreendedorismo e como já disse, mais quatro gatos pingados. As duas, mesmo orgânicas do Partido, não concordam com as críticas dos emedebistas ao Governo e ao governador em particular. ´Por conta disso, Sinhasique, aliás, só não saiu ainda do partido porque é primeira-suplente de deputada e, se saísse, perderia a possibilidade de vir assumir o mandato em caso de licença de um dos três deputados da sigla – Antônia Sales, Meire Serafim e Roberto Duarte.
Relações estremecidas
A crise das emedebistas que estão firmes com o Governo e seus correligionários que o criticam pode ser aquilatada pelo comportamento de Maria Alice em relação ao primo Flaviano Melo, deputado federal e presidente do MDB regional, cujas relações pessoais já não seriam como antigamente, e ainda pelo fato de Eliane Sinhasique, mesmo sendo a principal beneficiada em caso de uma vitória de Roberto Duarte para a Prefeitura de Rio Branco, ainda assim não estaria, segundo fontes do próprio MDB, disposta a fazer campanha para o parlamentar.
No colo de Flaviano
A se confirmar a degola dos cargos do MDB no governo, quem de fato sairá perdendo será Flaviano Melo, o dirigente do MDB regional que se comporta como aquela parte do pai nosso que só quer o “venha nós” e ao “vosso reino” nada. O entendimento de fontes ligadas ao governador é que, se ele quisesse, estancaria essa sangria de críticas ao governo feita por parlamentares e seus seguidores. Como Duarte vive se gabando de não ter indicado ninguém para cargos no Governo, e do que resultaria sua pseudo-independência no parlamento, a corda vai esticar e quebrar para o lado de Flaviano Melo.
Bruzugu na guilhotina
Um dos primeiros atingidos com a degola do MDB no Governo será Pádua Bruzugu, dirigente da Funtac (Fundação de tecnologia do Acre) e seguidor de Flaviano Melo desde que o atual deputado, ex-governador e ex-senador apareceu em Rio Branco como prefeito biônico, em 1984. Por isso, degolar o Bruzugu é atingir também o pescoço de Flaviano Melo, que seria “dono” de outros cargos no governo mas nada faz para defendê-lo.
Só pensa em 2022
Há quem diga que o comportamento frio de Flaviano Melo em relação ao Governo é porque, como a personagem humorística da TV que só pensava “naquilo”, ele já pensa em 2022, quando o MDB pretende, como agora em 2020, para a Prefeitura, ter candidato próprio ao Governo. Um aliado do governador observou: se o MDB quer fazer carreira solo, o que é um direito deles, que o faça, mas fora do Governo, entregando todos os cargos.
Choro e ranger de dentes
As demissões vão eclodir dentro do diretório do MDB porque, afinal, quem foi nomeado e tinha planos de permanecer até o final do Governo, não vai aceitar a exoneração por causa do comportamento dúbio dos dirigentes emedebistas. Vai haver choro e ranger de dentes.
As mesmas caras
Um dirigente de Partido novo com atuação no Acre, que foi filiado ao MDB em 1984 que deixou a sigla recentemente, comentou outro dia ter recebido a visita dos dirigentes de seu ex-Partido e ficou surpreso ao perceber que eram a mesmas pessoas de quase 40 anos atrás. “Observei que eram as mesmas pessoas, nos mesmos cargos, nas mesmas funções. O que não estavam ali eram porque haviam morrido.
“Primeiro os meus…”
Este é o MDB, partido pouco preocupado em renovar lideranças e apenas em preservar os espaços daqueles que o dirigem. O típico caso do adágio popular do “primeiro os meus…”.
Um MDB diferente
Mas, sinceramente, o MDB do Acre é bem diferente do nacional. Enquanto o MDB nacional ficou notório pelo apego aos cargos e aos governos, quaisquer governos, no Acre os emedebistas fazem … doce em relação ao Governo. A fama de governista do MDB pode ser medida pelo fato de o ex-senador Romero Jucá ter sido líder do Governo no Senado de quatro governos diferentes – Lula (dois mandatos) Dilma (um mandato e meio) e o restante de Temer – quase 20 anos de poder. E faziam jus aos cargos porque os emedebistas do MDB nacional defendiam o governo – a exceção só se deu no governo de Dilma, quando todos começaram a se bandear para o lado do vice Michel Temer.
Pura covardia
Já no Acre, o Partido, que ajudou a eleger o governador, é governo mas finge que não é. Isso só tem uma definição: covardia. Ou no mínimo, má intenção de quem acha que o povo é bobo e não percebe essas artimanhas, de quem se beneficia com cargos mas posa de oposição, para se dar bem.
Pede pra sair
Se uma pessoa ocupa um cargo de confiança em qualquer governo, no mínimo tem que defender o governador. Se está incomodado tem que ter dignidade e pedir para sair.
Ação do conselho
A decisão do governador de exonerar os cargos do MDB na próxima semana já deve fazer parte da primeira ação do conselho político recém-formado para auxiliar o gabinete civil, que inclui ex-deputados como Nelson Sales, Elson Santiago, Osmir Lima e outros. Os membros do conselho, no mínimo, fizeram o governador ver que quem é governo, o defende; quem não é, tem que ficar de fora.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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