O Alto Acre é palco de ‘buchichos’
Castigado durante as enchentes de (2012 e 2015), período de calamidade pública, com famílias desabrigadas e isoladas. Com as chuvas intensas, nos últimos meses, a população permanece sob o signo do medo.
Na memória a população…
…tem marcas das dificuldades vivenciadas na época. Propagação de doenças, escassez de remédios, alimentos, água potável, apagões constantes e falta de comunicação.
O Pedacinho de fronteira…
…Também foi arruinado em decorrência da inflação que destrói a economia brasileira. Contudo, nos últimos tempos o êxodo rural e a violência estampam as manchetes dos noticiários.
E o Plano Diretor?
Brasiléia e Epitaciolandia com população superior a 42.000 habitantes crescem desordenadas. Na prática, não vemos leis regulamentadoras, estabelecendo regras para a utilização do espaço público. A ganância esmaga o pobre.
A beleza negligenciada
Hoje ninguém reconhece as cidades no encanto das ruas arborizadas e festas badaladas. Epitaciolândia representava o contemporâneo e Brasileia o colonial, a palmeira imperial e o benjamin escultural. Aqui já foi referência turística.
Trágico
O centro de Brasiléia é suscetível às enchentes e a falta de infraestrutura favorece as inundações das vias e casas. Um pequeno chuvisco causa prejuízo de enxurrada. Tal desconforto se agrava a cada dia.
Brasileia e Epitaciolândia pedem socorro
Quando se trata de malha viária é fato que algumas coisas foram feitas, porém ainda longe de atender dignamente as necessidades da população.
Cenário caótico
Deficiência na iluminação pública, buracos, lixões, lama e esgoto a céu aberto. Nossas cidades estão insalubres, realidade que nos traz sofrimento. Pagamos por esses serviços, mas os benefícios não nos contemplam.
Ônibus
Não há transporte coletivo para facilitar a mobilidade urbana. Os Idosos, crianças, deficientes, gestantes e doentes que precisam cruzar as cidades, sofrem muito mais.
Mobilidade humana
A maioria da população circula nas vias públicas, em bicicletas e não há ciclovias. Disputam espaços com veículos automotores, desafiando a morte, por acidente de trânsito.
Engarrafamento
Atravessar a ponte é enfrentar filas enormes. Também não existem semáforos nas ruas de grande movimento, esse é mais um risco que dita à vida dos pedestres diariamente e ninguém faz nada!
Empresários obstruem o passeio público
O novo Centro Comercial de Brasileia se reduz em “puxadinhos” obstruindo as calçadas. Quem precisa utilizar o espaço para caminhar, não dispõe desse via de mobilidade.
Avenida da morte
Testemunhamos mães com bebês, idosos, deficientes e ciclistas driblando a morte para caminhar na Av. Manoel Marinho Monte.
Comercio em forma de favela
A poluição visual e agressiva e as lojas não dispõem de recuo para o consumidor estacionar. As calçadas são invadidas. Existem lugares em que a avenida é o único espaço disponível para os pedestres.
Não nos leve a mal
Precisamos de gestores com olhar humanizado. Que supere dificuldades e valorize o bem comum. Somos humildes, porém trabalhadores. Movimentamos a economia, pagamos tributos e merecemos respeito independente de classe social.
01. Brasileia – população em 2017: 24765
02. Epitaciolândia – população em 2017: 17340
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta é uma lista de municípios de Acre por população, baseada na projeção para 2017 realizada pelo IBGE.[1]
*Maria Coutinho é jornalista e psicóloga