Acre
“Circo montado para envolver meu nome nos recente atentados”, diz Rocha sobre operação da PC
Polícia Civil prendeu assessora do deputado e delegados vincularam o nome dele ao crime organizado e, por conta disso, Rocha quer a PF no caso
O deputado federal Major Rocha denunciou na manhã desta sexta-feira (16) o uso político da ‘Operação Êxodo’ da Polícia Civil do Acre que, dentre outros 62, prendeu uma assessora do deputado. Segundo Rocha, houve uma clara tentativa de vincular o nome dele ao grupo preso, mas não lembraram que o irmão dela é candidato pelo PSL, da Frente Popular.
Por conta do uso político, Rocha vai pedir que o caso passe para a alçada da Polícia Federal (PF), órgão com atribuições para investigar um deputado federal. O deputado questionou a falta de demais provas e indícios por parte da Polícia Civil, como grampos telefônicos e outros: “Me parece um circo montado para envolver o meu nome nos recente atentados, pois estão investigando há um ano e não apresentaram nada”.

Deputado Rocha convocou uma coletiva na manhã desta sexta-feira (16) para esclarecer seu posicionamento /Foto: Reprodução
O deputado destacou o fato da operação ter ocorrido no dia seguinte à denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula e, também, no dia marcado para a realização de uma audiência pública da Câmara Federal para apurar a violência no Estado.
“Houve irresponsabilidade Dos delegados, que usaram ilações irresponsáveis para tentar vincular políticos ao crime organizado. Não seria surpresa se fosse comprovado o envolvimento político no caso, pois todos os delegados que apresentaram o caso têm envolvimento em campanhas políticas. A tentativa de vincular o meu nome ao crime já foi testada anteriormente, mas não acharam nada”, destacou.
Para Rocha, o secretário Emilson Farias tem conduzido de forma política a estrutura da Secretaria de Segurança Pública: “Ele já teve embates com o Petecão e comigo. Não podemos permitir que a estrutura pública, paga pelo povo, seja usada para fins políticos”.
Rocha questionou ainda a fala dos delegados sobre os bingos supostamente realizados pelo Comando Vermelho: “Uma organização internacional, fazendo bingo ou sendo sustentado pelo salário de R$ 2.400,00 da assessora? Qual o motivo de tanta incompetência da PC? E depois, com uma investigação de um ano, como não conseguiram evitar os atentados?”
“Estou pedindo à PF, por ser uma instituição isenta, para investigar. A mesma PF que investigou o ‘Petrolão’ e o ‘Mensalão’. Estou requerendo ao Ministério da Justiça para a entrada dos Federais no caso. Queremos o ainda o acompanhamento da OAB e da comissão de segurança da Câmara Federal. Foi um circo armado para desestabilizar um opoente político. Além disso, pela nossa legislação, quem tem competência para investigar um deputado federal é a PF”, salientou.
Rocha fez questão de destacar que quando tentaram ligar os fatos a ele, esqueceram que o irmão da Érika é candidato pela frente popular.
“Hoje eu tenho sérias restrições em relação às pessoas que realizam estas investigações pelo uso político. Já tentaram me vincular na ‘Operação Delivery’, quando o delegado Nilton Boscaro tentou até influenciar depoimento de um acusado para envolver o meu nome”, destacou.
Sobre a assessora, o deputado destacou que ela não tinha qualquer ficha policial até a data da prisão. Além disso, o marido dela nunca teve nada com o gabinete dele e apenas acompanhava Érika no trabalho de distribuir jornais. “O que os delegados têm são indícios. Ao que eu sei, até hoje ela não tem vida pregressa. Mesmo assim, exoneramos para evitar problemas”, finalizou.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.






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