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Cinco brasileiros presos com ‘arsenal de guerra’ são expulsos do Paraguai pela Ponte da Amizade

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Suspeitos foram expulsos do Paraguai, neste domingo (24), pela Ponte da Amizade — Foto: Marcos Landim/RPC

Cinco brasileiros que foram presos em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na região de fronteira por Mato Grosso do Sul, foram expulsos do país ao Brasil, neste domingo (24), pela Ponte Internacional da Amizade, que liga Cidade do Leste, no Paraguai, a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Os suspeitos foram presos, no sábado (23), após serem encontrados com um “arsenal de guerra”, de acordo com os oficiais paraguaios.

Eles foram levados de avião, de Pedro Juan Caballero a Cidade do Leste, pela Polícia Nacional do Paraguai.

Em seguida, foram entregues para as autoridades brasileiras diante de um grande esquema de segurança, em que a Ponte da Amizade foi bloqueada.

Os suspeitos foram levados para a sede da Polícia Federal (PF), em Foz do Iguaçu.

Parte dos objetos apreendidos. — Foto: Polícia paraguaia/Reprodução

Segundo a polícia paraguaia, os investigados foram flagrados com fuzis, cartuchos e dinheiro. Veja a lista abaixo do que foi confiscado:

  • Dois fuzis, do tipo AK-47, com carregadores;
  • Seis carregadores para fuzil, do tipo AK-47;
  • Um fuzil, do tipo M4, com dois carregadores;
  • Inúmeras munições;
  • Uma pistola, da marca Glock, com dois carregadores;
  • Celulares;
  • Equipamentos de rádio comunicação;
  • Dinheiro.

A apreensão dos armamentos e outros objetos ocorreu em parceria entre as polícias do Paraguai e do Brasil, que atuam em conjunto na fronteira desde a série de execuções de várias pessoas na região.

A ação, de sábado, foi encomendada pela polícia paraguaia, em Assunção.

Brasileiros presos no Paraguai foram enviados ao Brasil de avião — Foto: Polícia Nacional do Paraguai/Divulgação

De acordo com o policial do Paraguai Fernando Ruiz, os presos fazem parte de uma organização criminosa que atua nos dois países.

O arsenal de guerra encontrado com os criminosos era usado para dar suporte ao tráfico. As armas e drogas eram enviadas principalmente ao interior de Minas Gerais.

“Eles estavam de alguma forma garantindo a rota do tráfico de drogas e de armas para essa organização criminosa, nesse ponto do Paraguai com conexões com o Brasil.”

A polícia paraguaia também afirma que todas as armas foram periciadas e não encontraram indícios de que foram usadas em crimes investigados no Paraguai.

“As armas foram periciadas no Paraguai e não encontramos vínculo com algum homicídio, algum crime. Por isso, a Justiça paraguaia e a promotoria optou por entregá-los às autoridades brasileiras, porque eles têm contas pendentes no Brasil. Também para serem identificados de maneira mais clara, porque inicialmente apresentaram dados falsos.”

As Polícia Nacional do Paraguai informou que todos devem responder por crime organizado.

No dia 8 de outubro, o vereador Farid Afif (DEM) foi executado a tiros, enquanto fazia um passeio de bicicleta por Ponta Porã.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o parlamentar foi assassinado. Assista ao vídeo abaixo.

Imagens de câmeras de segurança mostram execução de vereador em Ponta Porã

Imagens de câmeras de segurança mostram execução de vereador em Ponta Porã

Após o homicídio do vereador, outras 14 pessoas foram mortas e duas ficaram feridas em cinco dias.

Essa situação fez com que o governo paraguaio anunciasse um convênio entre Brasil e Paraguai para garantir segurança na região.

O anúncio foi feito pelo ministro do interior do Paraguai, Augusto Giuzzio, e confirmado pelo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), Antônio Carlos Videira.

Veja mais notícias da região no g1 Oeste e Sudoeste.

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Amazônia: garimpo cresceu 361% em terras indígenas de 2016 a 2022

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Cerca de 241 mil hectares – uma área equivalente a duas vezes a cidade de Belém, capital do Pará – é o tamanho das ocupações feitas por garimpos na Amazônia brasileira. Desse total, 25 mil hectares são áreas de 17 terras indígenas (TIs). Os dados foram revelados nesta sexta-feira (26) por um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

A pesquisa analisou a atividade mineradora na região ao longo de 37 anos, entre 1985 e 2022. O maior impacto observado ocorreu de 2016 e 2022, exatamente nas terras indígenas onde o garimpo cresceu 361%.  A maior parte das atividades mineradoras, que afeta os povos originários da Amazônia (78%), começou neste período.

Em seis anos, enquanto o garimpo avançou 12 vezes em extensão da Amazônia, quando são consideradas apenas as TIs as áreas invadidas cresceram 16 vezes, resultado que surpreendeu uma das pesquisadoras da equipe, Martha Fellows Dourado. “Em algumas terras indígenas o aumento foi muito expressivo. Por exemplo, a TI Kayapó teve um aumento de 1.339% nesse curto período. A gente já trabalhava com a hipótese de crescimento do garimpo nessas áreas, mas não imaginava que iria ser tão agressivo”, explica.

O impacto vai além, quando a análise é feita nos rios que atravessam as reservas, e são afetados pela atividade garimpeira. De acordo com os pesquisadores, outras 122 TIs foram alcançadas pelas águas dos rios onde o garimpo utiliza substâncias como o mercúrio, usado para separar o ouro de outros sedimentos, somando 139 povos originários, que sentem as consequências de rios assoreados por excesso de sedimentos, da morte de animais e da contaminação da água e da vegetação.

Para entender melhor o raio de impacto do garimpo nas águas, Martha explica que a equipe se debruçou sobre outros trabalhos que revelam a dimensão do problema.

“O garimpo tem impacto direto na saúde indígena, bem documentado em trabalho da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], que mostra a contaminação pelo consumo de proteína dos peixes, pela água para consumo e preparo dos alimentos. Mas além disso, outros estudos apontam que a água também contamina a vegetação, que incorpora esse mercúrio e, com a incidência do fogo em períodos mais secos, o mercúrio vai para o ar e dependendo das correntes chega a áreas mais distantes ainda.”

Metodologia

O estudo desenvolvido pela equipe de nove pesquisadores foi realizado a partir de dados da MapBiomas, baseados no mapeamento das cicatrizes deixadas pelos garimpos nas imagens do satélite do período entre 1985 e 2022. As áreas afetadas foram convertidas em pontos a partir do centro de cada mancha de garimpo e combinados com com os limites das terras indígenas a partir de dados da Funai, com atualização, em 2021, para determinar o número de garimpos dentro e fora das TIs na Amazônia.

Já o impacto dos garimpos nos recursos hídricos foi analisado a partir do mapeamento sistematizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que aponta o fluxo hidrológico, conexões e sentido dos rios e também sobrepostos às áreas de garimpo identificadas dentro e fora das Tis.

Contraponto

O estudo aponta ainda algumas possíveis direções para reversão do fenômeno observado, que, segundo a nota técnica do estudo, é um contraponto à conservação das reservas indígenas, historicamente menos afetadas por desmatamento e fogo. Um dos possíveis caminhos é a revisão de leis como a Lei da Boa-fé (12.844/2013) e o Estatuto do Garimpeiro (11.685/2008), que, dentre outras facilidades às atividades ilegais, dispensa a licença prévia para o exercício da atividade.

Na análise da equipe do Ipam, essa estrutura legal somada às flexibilizações ocorridas na legislação, durante o período de maior impacto, favoreceram o avanço do garimpo em um curto período com impactos significativos em povos que já vivem problemas graves decorrentes da atividade ilegal, como os das terras indígenas Kayapó, Muduruku e Yanomamis mais afetadas.

Martha diz que essa flexibilização da legislação minerária faz parecer que a ilegalidade na atuação do garimpo é permitida e que não haverá punição. “Esse tipo de recado é muito problemático, porque as pessoas que moram na Amazônia e muitas vezes não têm muita oportunidade de emprego e, naquele lugar a atividade minerária é forte, elas acabam entrando facilmente na ilegalidade.”

Mais do que rever a legislação minerária, o estudo sugere ainda o fortalecimento da legislação indigenista, com a desintrusão das Tis e também com a demarcação dos territórios sem destinação legal. “A gente ainda tem muitos territórios não reconhecidos pelo Estado brasileiro que estão mais suscetíveis a mais invasões, quando você não tem a proteção integral dessas áreas” conclui a pesquisadora.

Fonte: EBC GERAL

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Caso Samarco: Justiça inclui cinco cidades em rol de áreas atingidas

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O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) incluiu cinco municípios do litoral capixaba na lista de atingidos por rompimento de barragem em Mariana (MG), ocorrido em 2015. Com a decisão judicial, São Mateus, Linhares, Aracruz, Serra e Conceição da Barra foram considerados afetados pelo desastre ambiental.

O reconhecimento das áreas como sujeitas a reparação foi feito a partir de uma deliberação do Comitê Interfederativo (CIF), em 2017, que foi questionada pela Samarco Mineração, responsável pela operação da barragem, e por suas controladoras, BHP Billiton Brasil e Vale.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que defendeu a inclusão de comunidades dos cinco municípios, as mineradoras alegaram que o comitê não tem poder impositivo e não poderia reconhecer as áreas atingidas. Elas também pediram que fossem produzidas novas provas periciais.

O MPF afirmou que áreas estuarinas, costeiras e de marinha já haviam sido previstas pelo Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado entre as mineradoras e os órgãos públicos para reparação e compensação dos danos causados pelo desastre.

Ainda segundo o MPF, diversas perícias já foram feitas para averiguar a existência de impactos nesses locais. O Ministério Público também se manifestou sobre a validade da deliberação do CIF, destacando que o comitê é a última instância administrativa com legitimidade para aplicar multas em caso de descumprimento das deliberações e que sua criação foi prevista no acordo entre a União, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo e as mineradoras.

A Fundação Renova, criada pelas mineradoras para lidar com os projetos de reparação, tem projetos em cerca de 40 municípios atingidos pelo desastre em Minas Gerais e no Espírito Santo. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Samarco informou que não irá comentar a decisão judicial.

Fonte: EBC GERAL

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Júri absolve Piruinha de crime de assassinato

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O 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro absolveu, em julgamento nesta quinta-feira (25), o contraventor José Caruzzo Escafura, conhecido como Piruinha, pelo assassinato do empresário Natalino José do Nascimento Espíndola, em julho de 2021. Também foram julgados e absolvidos a filha de Piruinha, Monalliza Neves Escafura, e o policial militar Jeckeson Lima Pereira.

Os três eram acusados de matar Natalino em uma emboscada, quando o empresário andava a pé, por uma rua da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. A acusação era que a família Escafura havia perdido dinheiro com um empreendimento de construção capitaneado pela vítima e, por isso, decretara sua morte.

Piruinha estava com mandado de prisão preventiva desde maio de 2022, mas cumpria a medida judicial em prisão domiciliar desde que sofrera um acidente na no banheiro da Casa do Albergado Crispim Valentino, em Benfica, em dezembro daquele ano.

Fonte: EBC GERAL

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