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Cigarro: vício ainda mata 443 pessoas por dia no Brasil

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Especialista explica as principais doenças que atingem fumantes; crianças e fumantes passivos também são afetados pelo uso

Dados levantados pelo Vigitel (Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), apontam um fato animador: entre os anos de 2006, o número de fumantes diminuiu mais de 50% no Brasil. O fato, porém, também mascara uma triste realidade: o tabagismo ainda mata 443 pessoas por dia no Brasil, além de ser responsável, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), por 90% das mortes por câncer de pulmão.

“O espectro de riscos à saúde decorrentes do tabagismo é muito mais amplo e abrangente do que podemos imaginar. Além do comprometimento cardiovascular e respiratório pelo uso crônico, que podem levar a doenças como enfisema, infarto e AVC, temos também o aumento de condições como sinusites, otites, faringites e laringites”, comenta o médico Rodrigo Silveira de Miranda, otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina.

“Podemos citar ainda outras situações menos lembradas relacionadas ao cigarro, como alterações na anatomia das pregas vocais que levam a problemas com a voz, como disfonia ou falar mais grosso; além das questões psicológicas e sociais relacionadas ao vício”, destaca. Para o médico, ao decidir parar de fumar, o usuário deve, antes de tudo, buscar ajuda especializada ou de um grupo de ajuda que possa auxiliar nesta difícil jornada. “Lembre-se, você adquiriu um vício químico e psicológico, portanto muitas vezes pode precisar de alguém para conduzir e orientar sobre se livrar dele”, explica Miranda. “Paralelamente, é importante realizar uma avaliação multidisciplinar de saúde (cardiovascular, respiratória, gastrointestinal e psicológica) afim de tratar os pontos que forem identificados como já comprometidos pelo cigarro”, complementa.

Vale sempre lembrar que não é apenas o fumante que acaba com a vida comprometida pelo vício, já que a fumaça do cigarro prejudica também as pessoas que estão ao redor. “O fumante passivo está muito mais suscetível a doenças respiratórias agudas que o ativo, que tem o corpo ‘condicionado’ à inalação da fumaça do cigarro. Crianças com pais tabagistas, mesmo que não fumem no mesmo ambiente em que estão os filhos, têm índices consideravelmente maiores de bronquite, otites e sinusites do que as de não fumantes”, explica o otorrinolaringologista.

“Filhos de pais fumantes, mesmo que não estimulados a fumar, estatisticamente desenvolvem o hábito do tabagismo na juventude e idade adulta com frequência muito maior que os que não convivem com o cigarro na infância”, adverte o médico. Outro grupo de risco, além de crianças e fumantes passivos em geral, são as grávidas. “Gestantes que fumam, ou são expostas passivamente ao cigarro, apresentam risco infinitamente maior de aborto, de terem filhos prematuros e com mal formações físicas ou mentais”, detalha Miranda.

Para completar, o especialista destaca que nunca é demais listar os inúmeros benefícios do abandono do vício em cigarros. “Sempre pensamos nos benefícios mais evidentes, como aumento da saúde respiratória, diminuição do risco cardiovascular e do risco de desenvolvimento de câncer. Casos de depressão, ansiedade, fissura e insônia também estão relacionados intimamente ao cigarro. Mas o abandono do vício vai muito além: melhora da disposição; resgate de um convívio social saudável, já que o cigarro é malcheiroso e desagrada a maioria das pessoas; e eliminação de um vício que só traz malefícios em troca do prazer momentâneo. Além de estar fora de moda, você já parou para pensar em quanto já gastou e ainda vai gastar com cigarros?”, completa.


Eduardo Betinardi

P+G Trendmakers

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Brasil

Brasil alcança a liderança global na produção de carne bovina em 2025, segundo o USDA

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Foto: Percio Campos/Mapa

Resultado reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Mapa, com destaque para a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa

O Brasil foi reconhecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como o maior exportador de carne bovina do mundo em 2025. A conquista reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que investiu em:

  • prevenção estratégica
  • vigilância sanitária; e
  • ampliação da força de trabalho.

O marco ocorre após o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Para o ministro Carlos Fávaro, “a força desse sistema permite conquistas históricas. Ser reconhecido pelo USDA como o maior produtor mundial de carne bovina é um orgulho brasileiro”.

Os resultados refletem a adoção de medidas estruturantes que elevam o nível de segurança sanitária da produção agropecuária, ampliam o acesso a mercados internacionais e fortalecem a confiança do Brasil junto a parceiros comerciais mais exigentes.

Medidas

Entre as principais iniciativas está a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa, medida que fortalece a capacidade de resposta rápida a eventuais emergências sanitárias. O repositório assegura a disponibilidade imediata de antígenos para a produção de vacinas, caso necessário, em consonância com as práticas internacionais recomendadas pela OMSA.

Além da prevenção, o Mapa avançou no reforço das ações de fiscalização e inspeção sanitária. Portarias publicadas no Diário Oficial credenciaram as primeiras empresas para apoiar atividades de inspeção ante mortem e post mortem em animais destinados ao abate. Os serviços serão executados por médicos-veterinários contratados, sob supervisão de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), sem alteração das competências legais do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Paralelamente, o Ministério promove a convocação de novos servidores aprovados em concurso público, para fortalecer a presença do Estado em ações de vigilância e controle sanitário em todo o país.

“Isso mostra a robustez do sistema, mostra que o Brasil está preparado, porque as crises sanitárias são cada vez mais recorrentes”, ressaltou Fávaro.

Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa

A implantação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa representa um avanço estratégico na biossegurança e na proteção da pecuária nacional. O repositório segue recomendações da OMSA e conta com parcerias do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da empresa argentina Biogénesis Bagó.

“Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos. É um investimento que garante a continuidade de um processo extraordinário que o Brasil conseguiu alcançar”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.

Segundo o presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, “a criação do banco brasileiro de antígenos evidencia a nossa marca de prevenção, precaução e atenção permanente à agropecuária brasileira. O modelo adotado é moderno e eficiente, ao garantir a manutenção de um estoque estratégico de antígenos”.

Com investimento de R$ 48 milhões, a iniciativa prevê a produção de até 10 milhões de doses, capazes de viabilizar de imediato a fabricação de vacinas em situações emergenciais e assegurar a distribuição ágil conforme demanda do Mapa. “Este é um sonho que sonhamos há muito tempo, cuidadosamente planejado e agora executado”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Os antígenos produzidos serão submetidos a rigorosos testes de controle de qualidade, sob supervisão do Governo Federal, a fim de assegurar eficácia, segurança e confiabilidade do material armazenado.

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Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 62 milhões neste sábado

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. Ninguém acertou as dezenas no sorteio passado, realizado na quinta-feira (18).

As apostas podem ser feitas até as 20h (horário de Brasília) de hoje, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.

Para o bolão, o sistema fica disponível até as 20h30 no portal Loterias Caixa e no aplicativo Loterias Caixa.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 6.

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TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou nesta sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).

A medida liminar foi concedida a pedido da estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 100 mil por sindicato.

A greve está concentrada em nove estados (Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No entendimento da ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode ser paralisado totalmente. Além disso, Katia Arruda ressaltou que a greve foi deflagrada em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST.

Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e soluções para a crise financeira da estatal, que vai precisar de um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir os recentes prejuízos.

Os Correios informaram que todas as agências estão abertas e que a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos para a população.

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