Acre
Chuvas intensas causam erosão e interditam trecho da BR-364 em Cruzeiro do Sul, no Acre
Rodovia já havia sido fechada no último final de semana entre Feijó e Tarauacá; tráfego está parcialmente liberado, mas sem previsão para reparos definitivos
O inverno amazônico, marcado por chuvas intensas, tem causado estragos significativos nas estradas do Acre. Na noite da última segunda-feira (26), uma erosão atingiu um trecho da BR-364, na localidade conhecida como “boca do Ramal 5”, em Cruzeiro do Sul. O incidente obrigou a interdição parcial da rodovia, permitindo o tráfego de veículos apenas em uma das pistas durante esta terça-feira (25) e quarta-feira (26).
Este não é o primeiro problema causado pelas chuvas na região. No último final de semana, a BR-364 já havia sido totalmente interditada após a pista se romper entre os municípios de Feijó e Tarauacá. Na ocasião, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizou reparos emergenciais para liberar a via.
No entanto, para o novo trecho atingido pela erosão em Cruzeiro do Sul, ainda não há previsão de quando as obras de reparo serão iniciadas. O Dnit monitora a situação, mas a população local e os motoristas que trafegam pela região enfrentam dificuldades devido às interdições e ao tráfego parcial. As chuvas continuam a desafiar a infraestrutura viária do estado, exigindo ações rápidas e eficientes para garantir a segurança e a mobilidade.
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Maior parte dos refugiados está abrigada em municípios no interior do estado, em regiões de fronteira, por onde eles costumam entrar no país. Nesta sexta-feira (20), celebra-se o Dia Mundial do Refugiado
A maior parte dos refugiados está abrigada em municípios no interior do estado – Assis Brasil e Epitaciolândia – regiões que fazem fronteira com Peru e Bolívia. Foto: internet
Por Victor Lebre, g1 AC — Rio Branco
Deixar sua terra natal é uma mudança drástica e, a depender da situação, não é uma decisão, mas uma necessidade. É o caso dos refugiados. O Acre aprovou 302 pedidos de refúgio somente em 2024, de acordo com números da plataforma DataMigra, do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra).
No total, em 2024, foram feitas 1.397 solicitações para refúgio no Acre. Ou seja, deste número, 21% foi aprovado no ano passado.
Ainda conforme o monitoramento, baseado em dados da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), a maioria dos refugiados autorizados a permanecer no Acre vem da Venezuela: foram deferidos 293 pedidos para pessoas desta nacionalidade, o equivalente a 97% do total.
Refugiados são pessoas que saem, de modo forçado, do país de origem e o retorno pode colocar a integridade física em risco. Com isso, o refúgio é uma proteção legal internacional. O Dia Mundial do Refugiado, lembrado nesta sexta-feira (20), é dedicado à conscientização sobre a causa.
A maior parte dos refugiados está abrigada em municípios no interior do estado – Assis Brasil e Epitaciolândia – regiões que fazem fronteira com Peru e Bolívia, por onde eles costumam entrar no país. Com isso, os pedidos atendidos ficaram distribuídos desta forma:
- Epitaciolândia – 168
- Assis Brasil – 121
- Rio Branco – 12
- Cruzeiro do Sul – 1
Em 2023, os pedidos chegaram a 6.565 solicitações, o terceiro maior número do país, sendo deferidas 3,8 mil solicitações, número 92% maior que o registrado no ano passado.
Em 2025, já foram concedidos 60 pedidos de refúgio no estado, sendo 52 para Assis Brasil e oito para Epitaciolândia. Atualmente, existem 272 solicitações aguardando decisão, ainda segundo o OBMigra.
Passo a passo
O processo de solicitação do refúgio é longo, porém gratuito, e, em casos específicos, pode ser deferido sem entrevista de elegibilidade. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), são pelo menos nove etapas até a concessão.
Para ser reconhecido como refugiado no Brasil, é necessário preencher o formulário do Sistema Comitê Nacional para os Refugiados (Sisconare), na internet. A plataforma está disponível no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Após o cadastro, é preciso ir até a Polícia Federal com os documentos — se houver — junto com o número de controle gerado na hora do cadastro no Sisconare. O tempo estimado para análise do pedido é de 1a 2 anos.
Epitaciolândia
Devido ao grande fluxo de migrantes na região de fronteira do Acre com Peru e Bolívia, a prefeitura de Epitaciolândia decretou situação de emergência humanitária em novembro de 2021.
O então prefeito da cidade, Sérgio Lopes, informou que o município mantinha, junto com a prefeitura de Brasileia, uma casa de apoio que fica instalada em Brasileia. Segundo ele, o local está operava acima da capacidade.
Apesar de não possuir uma casa de acolhimento, o prefeito disse na época que Epitaciolândia tinha dezenas de pessoas acampadas em uma igreja na cidade.
“E todos os dias estão chegando mais migrantes nesse local. Então nós, junto com a Secretaria de Assistência Social do Estado, que inclusive está aqui em Epitaciolândia estamos buscando uma solução para essa questão, para a gente conseguir melhorar o atendimento a esses migrantes”, falou.
O Acre tem três casas de apoio a imigrantes onde eles podem tomar banho, se alimentar e dormir e depois seguir viagem. Uma fica em Assis Brasil, na fronteira com o Peru, outra em Brasiléia, e outra na capital, Rio Branco. Todas têm capacidade para atender 50 pessoas.
Na época, o governo do Acre também publicou decreto sobre a implementação do comitê de Crise Humanitária no Acre, para discussão e adoção de providências relacionadas ao fluxo migratório no Acre.
Maioria dos pedidos de refúgio é para cidades no interior do Acre, na região de fronteira com Peru e Bolívia. Foto: Arquivo pessoal
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CIAAE oferecerá suporte logístico e emocional a acadêmicos brasileiros no exterior; projeto foi idealizado pelo vereador José Henrique com apoio de parlamentares
A solenidade de inauguração contou com a presença de autoridades como o senador Alan Rick, o deputado federal Roberto Duarte, além do prefeito Sérgio Lopes. Foto: cedida
Nesta quinta-feira (20), administração de Epitaciolândia deu um passo importante no apoio aos jovens que buscam formação no exterior com a inauguração do Centro Integrado de Apoio ao Acadêmico do Exterior (CIAAE). A iniciativa, proposta pelo vereador José Henrique, visa oferecer suporte logístico, informativo e emocional a estudantes que enfrentam dificuldades ao cursar o ensino superior na Bolívia – realidade comum para centenas de jovens da região.
A solenidade reuniu autoridades como o senador Alan Rick, o deputado federal Roberto Duarte e o prefeito Sérgio Lopes, que destacaram a importância da iniciativa. “Esse projeto nasceu do meu coração, ouvindo os estudantes e entendendo suas dores. Hoje, estou feliz em ver esse sonho se tornar realidade”, afirmou José Henrique em discurso emocionado.
O projeto, de autoria do vereador José Henrique, tem como principal objetivo oferecer suporte logístico, informativo aos acadêmicos que buscam formação especialmente na Bolívia. Foto: cedida
Apoio concreto aos estudantes
O centro oferecerá:
Orientação sobre documentação e trâmites legais
Suporte emocional e psicológico
Apoio logístico para transporte e moradia
Assistência em questões de saúde
O CIAAE funcionará como um ponto de acolhimento e orientação, ajudando a resolver questões como transporte, documentação, saúde e moradia. Mais do que uma estrutura física, o centro simboliza um avanço nas políticas públicas voltadas à juventude e ao acesso à educação.
Epitaciolândia inaugura centro de apoio para estudantes que cursam ensino superior na Bolívia. Foto: cadida
A inauguração reforça o compromisso de Epitaciolândia com os estudantes e a valorização da educação como ferramenta de transformação social.
“Esse projeto nasceu da escuta ativa dos estudantes e de suas necessidades reais”, afirmou o vereador José Henrique, emocionado durante a inauguração. A iniciativa busca amenizar os desafios enfrentados por centenas de jovens da região que buscam formação no exterior, representando um avanço nas políticas públicas de educação e juventude na fronteira acreana.
Assessoria de comunicação da câmara de vereadores de Epitaciolândia não informou os partidos políticos dos membros que participaram do evento de inauguração
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A partir das 19h desta sexta-feira, 20, tem início oficialmente o 17º Circuito Junino de Rio Branco, um dos eventos mais tradicionais da cultura popular acreana. A abertura será realizada no Quadrilhódromo – Casa de Cultura, na Arena da Floresta, Segundo Distrito da capital, com uma programação voltada à valorização da diversidade, da infância e das tradições juninas.
A primeira noite contará com o cerimonial de abertura, seguido pelo Concurso de Realeza Mirim e o Concurso de Realeza da Diversidade, que celebra a inclusão e a representatividade nas festas juninas.
A programação encerra com a apresentação da quadrilha “CL na Roça”, conhecida por suas performances animadas e coreografias típicas.
O Circuito Junino é promovido pela Liga de Quadrilhas Juninas do Acre (Liquajac), em parceria com a Prefeitura de Rio Branco e a Fundação Garibaldi Brasil (FGB).
Ao longo de três dias, o evento promete movimentar o cenário cultural da cidade, reunindo quadrilhas, concursos e muita música.
A programação sege até domingo, 22, sempre a partir das 18h. A expectativa dos organizadores é atrair um grande público e transformar o espaço em um verdadeiro arraial de celebração à cultura nordestina e amazônica.
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