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Chuva alaga ruas e deixa moradores ilhados em Manaus; veja o vídeo
Em um dos vídeos compartilhados em grupos de WhatsApp, pedestres e motociclistas se abrigam em uma parada de ônibus enquanto a força da água derruba uma das motos estacionadas

Motociclistas e pedestres se abrigaram em parada de ônibus em trecho da Avenida Torquato Tapajós. Imagem: WhatsApp/Reprodução
A chuva intensa na tarde desta quarta-feira (19) alagou ruas e avenidas e ilhou moradores em diversas áreas de Manaus. Moradores registaram no celular momentos de tensão em trecho da Avenida Torquato Tapajós, na zona norte, e no bairro Monte das Oliveiras, também nesta região da cidade.
Em um dos vídeos compartilhados em grupos de WhatsApp, pedestres e motociclistas se abrigam em uma parada de ônibus enquanto a força da água derruba uma das motos estacionadas.
Na Rua Yarapé, no bairro Monte das Oliveiras, um veículo ficou parcialmente submerso e o motorista tentou retirá-lo do local, sem sucesso.
Outro registro mostra o Igarapé do Passarinho, no bairro Cidade Nova, transbordando. O volume de água tornou uma das ruas um rio que arrastou lixo e madeira.
De acordo com os últimos dados dos Índices Pluviométricos, o bairro Santa Luzia, na zona sul, havia registrado 45,2 milímetros de chuva.
Veja o vídeo:
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Avaliação do governo Lula no mercado financeiro recuou de 90% para 88%, enquanto 8% consideram regular e 4% como positivo
Pesquisa Genial/Quaest aponta alta nos preços dos alimentos como principal motivo de insatisfação; equívocos na política econômica e aumento de impostos também são criticados

Foram realizadas entrevistas on-line, através de aplicação de questionários estruturados, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A avaliação do governo Lula no mercado financeiro registrou uma ligeira melhora entre dezembro de 2024 e março deste ano, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (19). A visão negativa dos agentes econômicos recuou de 90% para 88%, enquanto 8% consideram o desempenho da gestão como regular e 4% como positivo.
Entre os principais motivos para a insatisfação, a alta nos preços dos alimentos se destaca, sendo apontada como um fator “muito importante” por 64% dos entrevistados. Em seguida, aparecem equívocos na política econômica (56%) e o aumento dos impostos (41%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 17 de março, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. As entrevistas foram feitas online, por meio de questionários estruturados.
Apesar da leve melhora nos indicadores, o levantamento reflete os desafios do governo Lula em conquistar a confiança do mercado financeiro, especialmente diante de pressões inflacionárias e críticas à gestão econômica.
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Família de acreana morta em Recife busca ajuda para trazer seus quatro filhos de volta ao Acre
Maria Erivaneide da Costa Fonseca, conhecida como Taty, faleceu após complicações de pneumonia; crianças, de 3 a 16 anos, ficaram desamparadas na cidade pernambucana

De acordo com o irmão, Taty era a única provedora dos filhos e trabalhava como babá. As crianças têm 3, 7, 12 e 16 anos. Ele diz também que esta é a segunda perda para a família. Foto: cedida
A família de Maria Erivaneide da Costa Fonseca, conhecida como Taty, de 34 anos, está se mobilizando para trazer de volta ao Acre os quatro filhos da acreana, que morreu na tarde da última segunda-feira (17) em Recife (PE). Taty faleceu após 26 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da capital pernambucana, vítima de uma infecção pulmonar decorrente de pneumonia.
Segundo o irmão da vítima, Antônio da Costa Fonseca, de 42 anos, o corpo de Taty foi velado e sepultado em Recife na terça-feira (18). A família tentou inicialmente trazer o corpo para Rio Branco, mas não foi possível devido às circunstâncias. “Minha irmã mais velha foi de Belém para lá, e minha mãe foi daqui. Como não deu para trazer o corpo, conseguimos custear o sepultamento lá”, explicou Antônio.
Taty era a única provedora dos filhos, que têm 3, 7, 12 e 16 anos, e trabalhava como babá. A morte dela representa a segunda grande perda para a família em menos de cinco anos, após o falecimento de outra irmã. “A Taty era uma pessoa que gostava de ajudar, uma grande mulher e mãe. Apesar das dificuldades, nunca reclamava da vida”, emocionou-se o irmão.
Agora, a família busca apoio financeiro para trazer as crianças de volta ao Acre, onde a avó materna poderá cuidar delas. Para isso, foi criada uma vaquinha online, e doações podem ser feitas por meio do telefone 68 99946-3379. A solidariedade é essencial para garantir um novo lar e apoio às crianças, que perderam a única referência de sustento e cuidado.
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Doenças relacionadas a saneamento precário geraram 344 mil internações
A Região Nordeste registrou uma taxa geral próxima da média brasileira, mas também se destacou negativamente na análise de transmissões feco-orais

Esgoto despejado na orla de Educandos, no Centro de Manaus: saneamento precário. Foto: Valter Calheiros
O Brasil registrou 344 mil internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado em 2024, sendo que 168,7 mil estão relacionadas a alguma infecção propagada por um inseto-vetor, principalmente a dengue.
Em segundo lugar, vêm as doenças de transmissão feco-oral (transmitidas peles fezes de um indivíduo infectado), como as gastroenterites causadas por vírus, bactérias ou parasitas, com 163,8 mil casos.
Os dados são de pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil nesta quarta-feira (19) antecipando o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março.
Apesar do grande número absoluto – que representa quase 950 internações por dia – desde 2008, os registros têm caído, em média, 3,6% ao ano.
Situação nas regiões
A situação em algumas regiões é mais preocupante. No ano passado, a incidência de internações na Região Centro-Oeste foi a maior do Brasil – 25,5 – por causa do surto de dengue. Já a Região Norte registrou 14,5 internações a cada dez mil habitantes por doenças de transmissão feco-oral, o dobro da taxa brasileira.
Os estados em pior situação foram o Amapá, com incidência de 24,6 internações e Rondônia, com 22,2 internações por dez mil habitantes.
A Região Nordeste registrou uma taxa geral próxima da média brasileira, mas também se destacou negativamente na análise de transmissões feco-orais. Além da região ter a segunda maior taxa de incidência do país, com 12,6 internações a cada dez mil habitantes, no estado do Maranhão, essa taxa chegou a 42,5, seis vezes mais do que a média brasileira.
Apesar de não ser a única causa, essas doenças estão bastante relacionadas à falta de saneamento, já que são resultado da infecção por vírus, bactérias ou parasitas eliminados nas fezes de uma pessoa doente, e que são transmitidas para outras pessoas principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados e pela falta de higienização das mãos.
As doenças transmitidas por insetos também têm relação com o saneamento, porque o acúmulo de lixo favorece a proliferação desses animais.
Mais afetados
Por causa disso, o Instituto Trata Brasil ressalta que elas afetam com maior intensidade as populações de menor status socioeconômico.
Em 2024,64,8% do total de internações foram de pessoas pretas ou pardas. Apesar dos indígenas responderem por apenas 0,8% do total, a incidência entre eles ficou em 27,4 casos a cada dez mil habitantes.
As crianças e os idosos são os que costumam adoecer com mais gravidade, necessitando de internação. Entre as pessoas hospitalizadas em 2024, cerca de 70 mil eram crianças de até 4 anos, ou 20% do total. Nessa faixa etária, a incidência foi de 53,7 casos a casa dez mil pessoas, três vezes mais do que a média de todas as idades.
Já entre as pessoas com mais de 60 anos, a incidência foi 23,6, com cerca de 80 mil internações, ou 23,5% do total.
O Instituto Trata Brasilestima que o avanço da oferta de água tratada e da coleta e tratamento de esgoto pode reduzir em quase 70% a taxa de internações do país e promover uma economia de R$ 43,9 milhões por ano.
Mortalidade
O estudo também analisa a mortalidade associada a essas doenças, em comparação com dados de 2023. Neste ano, foram registradas 11.544 óbitos por doenças relacionadas ao saneamento ambiental, a maioria – 5.673 casos – por infecções feco-oral, e outras 5.394 causadas por doenças transmitidas por insetos.
Os óbitos caíram entre 2008 e 2023 no país. No entanto, na maior parte dos municípios brasileiros, esse indicador ficou estagnado e em 1.748 cidades, a taxa de mortalidade cresceu neste período.
As mortes, em 2023, foram bastante superiores entre os idosos, com 8830 ocorrências, ou 76% do total. O recorte por etnia mostra que a taxa de óbitos entre os indígenas foi quatro vezes superior à da população em geral, apesar da quantidade absoluta de casos ser bem menor do que entre as pessoas brancas ou negras.
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