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Cerca de 4 mil terceirizados estão sem 13º e com salários atrasados há mais de dois meses
“Tem contratos que estão indo para o quarto mês de atraso nos repasses e isso é uma situação delicada”, declarou Calegário
Não é somente os servidores públicos estaduais que estão com o 13° salario atrasados; existem situações piores no Acre, como por exemplo, o caso dos servidores terceirizados que prestam serviços aos órgãos públicos. Esses não recebem há mais de dois meses; e o pior: não há previsão de pagamento por parte de algumas empresas que dependem exclusivamente do Governo do Estado para poder quitar o débito junto aos trabalhadores.
O advogado Gabriel Santos recebeu, nos últimos dias, inúmeras denúncias de servidores que estão sem receber proventos há vários meses. Em contato com Gabriel, ele relatou que o cenário é assustador. “Recebi denúncias de funcionários da Oca que estão com dois meses de pagamentos atrasados. Tem empresas terceirizadas que não recebem repasses do governo há três meses outras mais. As cooperativas estão sem receber também”, destacou.
O advogado frisou também o caso dos estagiários de órgãos estaduais que não recebem desde julho. “Os estagiários do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) estão com vários meses atrasados. Essa é a realidade dos vinculados à SGA e demais órgãos do estado”, ponderou. Gabriel disse que realizou uma postagem em sua rede social, onde “mais de 30 pessoas se manifestaram relatando suas situações”.
Fagner Calegário/Foto: Reprodução
O deputado estadual eleito, Fábio Calegário (PV), informou ao Portal ContilNet que em todo o estado do Acre existem mais de 15 mil funcionários terceirizados, porém, ele fez questão de pontuar que não são todos que estão sem receber. “Acredito que hoje, 4 mil trabalhadores estão com salários atrasados. Com isso, variam bastante. Existem uns que estão há dois ou até três meses atrasados. Mas, eu avisei lá atrás que isso iria acontecer. O governo preferiu fechar os olhos para a situação”, ressaltou.
Calegário disse que procurou pessoalmente o Ministério Público do Trabalho para pedir socorro ao órgão em favor dos funcionários. “Tem contratos que estão indo para o quarto mês de atraso nos repasses e isso é uma situação delicada que precisa ser solucionada”, declarou.
Resposta das empresas
Em contato com algumas empresas terceirizadas do governo, infelizmente não obtivemos respostas sobre as reais autuações dos servidores.
No entanto, falamos com Glauber, gerente de uma das empresas, Tech News. Ele informou que há atrasos no repasse, porém, os trabalhadores já receberam seus direitos trabalhistas. “Quando há atrasos, a gente se vira, faz empréstimos, mas, quitamos o débito. Graças a Deus está tudo em dia”, finalizou.
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MP do Amazonas aciona três PMs por esquema de “funcionários fantasmas” em Boca do Acre
Prejuízo aos cofres públicos chega a quase R$ 2 milhões; ex-comandante da 5ª CIPM é acusado de falsificar escalas e operar “rachadinha”.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ingressou, nesta quarta-feira (3), com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra três policiais militares — entre eles um ex-comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) — suspeitos de integrar um esquema de “funcionários fantasmas” no município de Boca do Acre. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1.968.379,57, valor referente a pagamentos indevidos entre 2018 e 2024.
A ação, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Patrick Sena Leite, é um desdobramento da Operação Joeira, deflagrada em novembro pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações revelam que dois dos policiais recebiam salários normalmente enquanto residiam em Manaus e exerciam atividades particulares, embora estivessem oficialmente lotados em Boca do Acre.
Para sustentar a fraude, o então comandante da 5ª CIPM teria falsificado escalas de serviço, registrando a presença dos subordinados no quartel. Em acordo de colaboração premiada, os próprios policiais admitiram que eram “fantasmas” e que participavam de um esquema de “rachadinha” envolvendo o superior hierárquico.
“O caso revela um esquema estruturado que drenou quase R$ 2 milhões do erário, exigindo resposta firme e responsabilização”, declarou o promotor.
Na ação, o MPAM solicita o ressarcimento integral do dano, indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil, indisponibilidade de bens, afastamento cautelar, perda dos cargos e suspensão dos direitos políticos dos investigados.
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Perícia médica federal realiza mutirão com mais de 18 mil vagas neste fim de semana
Ação acontece em 92 agências da Previdência; Acre terá 230 atendimentos e Amazonas, 280. INSS informa que cerca de 13 mil agendamentos já foram feitos.
A perícia médica federal realiza, neste fim de semana — sábado (6) e domingo (7) —, um mutirão de atendimentos em 92 agências da Previdência Social em todo o país, oferecendo 18.868 vagas para segurados que aguardam avaliação pericial.
No Amazonas, estarão disponíveis 280 vagas. No Acre, o mutirão contará com 230 atendimentos, sendo 80 em Cruzeiro do Sul e 150 em Rio Branco.
Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aproximadamente 13 mil atendimentos já foram agendados, restando cerca de seis mil vagas abertas.
Os serviços serão realizados presencialmente e também por teleatendimento, por meio da Perícia Conectada — modalidade criada para ampliar o acesso em regiões com déficit de profissionais.
Segurados interessados podem agendar pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h, ou pelo aplicativo e site Meu INSS.
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Homem monitorado por tornozeleira é preso após tentar agredir a filha em Cruzeiro do Sul
Agressor buscava dinheiro para comprar drogas e invadiu a casa armado com uma faca; vítima se defendeu com vassoura e acionou a Polícia Militar.
Um homem identificado como Antônio Carlos, monitorado pela Justiça do Acre por meio de tornozeleira eletrônica, foi preso na tarde de quinta-feira (4) em Cruzeiro do Sul após tentar agredir a própria filha em busca de dinheiro para comprar drogas. O caso ocorreu no bairro Remanso.
Segundo a Polícia Militar, a jovem acionou a guarnição informando que o pai havia invadido a residência e se tornado agressivo depois de exigir dinheiro para consumir entorpecentes. Armado com uma faca, ele teria tentado atingi-la.
Para se defender, a vítima golpeou o agressor na cabeça com uma vassoura, causando uma lesão leve. Antônio Carlos, que cumpre pena no regime semiaberto, foi localizado pelos policiais ainda usando a tornozeleira eletrônica.
O homem foi levado inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber cuidados médicos e, em seguida, encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, onde permaneceu detido.

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