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Cem anos depois, Partido Comunista da China mantém domínio do país

Partido cresceu em linha com a população da China e, neste mês, chegou a marca de 95,2 milhões de membros; veja perguntas e respostas sobre o PCCh

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Reunião anual do Partido Comunista Chinês em maio de 2020 – Foto: REUTERS

Yew Lun Tian, Reuters

O Partido Comunista da China celebra o 100º aniversário de sua fundação em 1º de julho. Apesar de ser uma organização política decididamente ateísta, o Partido Comunista da China gosta de falar sobre suas origens em termos religiosos.

Na literatura do partido e na mídia estatal, as antigas bases revolucionárias são rotuladas de “locais sagrados”.

As visitas quase obrigatórias a tais locais pelas bases têm o objetivo de “batizar” membros com a “fé” comunista. Perto de atingir o centenário, o partido vive uma fase de exaltação na China.

Veja perguntas e respostas sobre o partido comunista chinês:

  • Quais são as origens do partido?

O Partido Comunista da China (PCCh) foi fundado em 1921, realizando seu primeiro congresso em Xangai, com a ajuda do Partido Comunista da União Soviética, durante um período turbulento após o país ter, uma década antes, abandonado 2 mil anos de governo dinástico.

Seus fundadores se inspiraram no marxismo, depois de ver como outros modelos políticos falharam na China.

  • Qual foi o papel de Mao Zedong na fundação do partido?

No congresso inicial, Mao Zedong era o representante da província de Hunan.

Ele se tornou o comandante do Exército Vermelho em 1935 e se tornou o líder fundador da República Popular da China em 1949.

  • Quem faz parte do partido nos dias de hoje?

O PCCh cresceu aproximadamente em linha com a população da China, totalizando 95,2 milhões de membros neste mês – ou 6,7% da população chinesa.

Inicialmente fundado como um partido para camponeses e trabalhadores, o PCCh se tornou cada vez mais diversificado. Em 1982, mudou seu foco para o recrutamento de estudantes universitários e, em 2002, começou a receber empreendedores privados.

Os homens dominam o partido, com as mulheres representando apenas 28,8% dos membros. Todos os sete membros da liderança do partido são homens. Mais da metade dos membros possui ensino superior.

As minorias étnicas representam 7,5% dos membros, um pouco menos do que sua parcela na população da China. Os membros do partido devem ser ateus seculares, renunciando a religiões como o budismo e o taoísmo, que estão presentes na sociedade chinesa há séculos.

O Partido Comunista da China é o segundo maior partido político do mundo, mas tem metade do tamanho do Partido Bharatiya Janata da Índia.

Personagem de desenho animado em Yan’an, um “local vermelho” na província de Shaanxi, no norte, que anuncia um espetáculo teatral sobre os primeiros dias do Partido Comunista – Foto: CNN/Steven Jiang

  • Como acontece o ‘comunismo’ se a China possui economia de mercado?

Apesar do nome, o PCCh parou de trabalhar ativamente em direção ao conceito utópico de comunismo de Marx, que inclui a propriedade comum dos meios de produção e a abolição das classes sociais e do estado.

Em 1978, o líder chinês Deng Xiaoping iniciou medidas de “reforma e abertura” que lançaram as bases para uma economia de mercado em expansão, levando a uma reinterpretação da ideologia do partido de “socialismo com características chinesas”.

No entanto, o PCCh mantém um modelo leninista de autoritarismo e guarda firmemente seu governo de partido único.

  • Como participar do partido?

Os jovens chineses são expostos à vida política partidária desde os sete anos de idade quando entram na escola primária, e os alunos com boas notas e comportamento são escolhidos pelos professores para se juntarem aos Jovens Pioneiros, que usam lenços de pescoço vermelhos para se destacarem e recebem papéis de liderança e gerenciar outros alunos.

O mesmo processo se repete no colégio, onde bons alunos ingressam na Liga da Juventude, a ala adolescente do partido.

O pedido para entrar no partido propriamente dito é um processo trabalhoso que geralmente começa na universidade e dura de dois a três anos. O processo tem várias etapas, culminando em um juramento diante da bandeira com o símbolo da foice e do martelo, que representa o partido.

  • E o que significa participar do partido?

A filiação partidária confere prestígio nos círculos e empresas oficiais. A associação é útil para o avanço na carreira dentro do governo e no amplo setor público da China, onde os empregos são considerados mais seguros.

Os membros do partido também devem dar um passo à frente quando o dever chama – mais do que os cidadãos não partidários. Durante o surto inicial da Covid-19 em 2020, os trabalhadores da saúde e os trabalhadores comunitários que eram membros do partido estavam entre os primeiros a serem ativados.

Os membros do partido também estão sujeitos a regras disciplinares, que foram reforçadas sob Xi. Desde 2012, quando Xi assumiu o poder, mais de 1,4 milhão de funcionários foram punidos por corrupção ou gastos extravagantes.

  • Quão poderoso é o partido comunista da China?

O partido é o órgão mais poderoso e importante da China. Ele controla o Congresso Nacional do Povo, o parlamento do país, e pode ditar as leis que deseja aprovar ou emendar. Os tribunais chineses e as agências de aplicação da lei se reportam à parte.

Os chefes dos meios de comunicação do Estado, como a agência de notícias estatal Xinhua, são altos funcionários do Departamento de Propaganda do partido.

Os militares estão diretamente sob o comando de Xi, que também detém os títulos de secretário-geral do PCCh e presidente da Comissão Militar Central do partido.

O partido está em toda parte. Espera-se que todas as grandes instituições na China, desde ministérios do governo e universidades a empresas privadas, formem uma filial do partido se três ou mais membros estiverem empregados lá.

  • Existem carteirinhas para os filiados?

Não, mas os sócios devem pagar as cotas que são fixadas de 0,5% a 2% da renda. Sob Xi, seus membros são encorajados a usarem o emblema do partido para mostrar sua filiação.

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Moraes pede que defesa de Collor apresente atestados médicos em 48h

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Advogados querem prisão domiciliar para ex-presidente, que desde sexta-feira está em presídio de Maceió

O ministro Alexandre de Moraes, do STF • Antonio Augusto/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (28,) que a defesa do ex-presidente Fernando Collor apresente, em 48 horas, documentos que comprovem problemas de saúde e, com isso, seja avaliada uma eventual prisão domiciliar ao político, condenado no âmbito da Operação Lava Jato.

Em despacho (leia a íntegra abaixo), Moraes pede “inclusive prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados, no prazo de 48 horas”. Ele ainda decreta “sigilo em relação aos documentos médicos a serem juntados, em face da necessidade de preservação da intimidade” do ex-presidente.

A manifestação ocorre após a defesa de Collor pedir prisão domiciliar humanitária alegando idade avançada (75 anos) e comorbidades como Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar.

Na manhã desta segunda-feira, a defesa realizou uma audiência com integrantes do gabinete do ministro, ocasião em que apresentou mais documentos para comprovar a necessidade da domiciliar.

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Collor está preso desde sexta-feira em um presídio de Maceió após transitar em julgado sua condenação a 8 anos e 10 meses de prisão pelo esquema de corrupção na empresa de combustíveis BR Distribuidora, atual Vibra Energia.

O Supremo entendeu que o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014. O motivo seria uma troca de apoio político e indicações para a direção da antiga estatal.

A denúncia surgiu no âmbito da Lava Jato e foi relatada a partir da delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC.

 

Fonte: CNN

 

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Apagão em Portugal: energia pode levar uma semana para voltar completamente

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Operadora de rede elétrica disse que cortes foram causados por raro fenômeno atmosférico

LISBON, PORTUGAL – ABRIL 28

A operadora de rede elétrica portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) disse que um fenômeno atmosférico raro na Espanha, devido às variações extremas de temperatura no interior do país, causou cortes de energia em toda a Península Ibérica, e que a restauração completa da rede elétrica do país pode levar até uma semana.

No entanto, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, disse que a expectativa é que o problema seja resolvido ainda nesta segunda-feira (28).

O premiê adiantou que a célula de crise do Sistema de Segurança Interna está ativa e que os Serviços de Informação estão recolhendo todas as informações sobre o caso.

Ele também pediu calma e solidariedade. “Não é um bom caminho estarmos acelerando consumos que não são necessários”, afirmou.

O que se sabe sobre o apagão

Por volta das 12h30 em Madri e às 11h30 em Lisboa, houve cortes de energia em grande parte da Península Ibérica. Partes do País Basco foram brevemente afetadas, mas não por muito tempo.

As interrupções afetaram trens, linhas de metrô e aeroportos internacionais nos dois países. A fornecedora de energia elétrica espanhola, Red Electrica, afirmou que o restabelecimento do fornecimento de energia a todos os clientes pode levar de seis a dez horas, em declarações a uma emissora local nesta segunda-feira.

As autoridades espanholas solicitaram que as pessoas minimizem seus movimentos e liguem para os serviços de emergência apenas em casos de emergência extrema. Também pediram que as pessoas se mantenham afastadas das estradas para que os socorristas possam acionar o sistema.

A polícia portuguesa alertou que semáforos e iluminação pública correm o risco de falhas, pedindo aos motoristas que evitem deslocamentos desnecessários e prestem atenção redobrada nas estradas. A companhia aérea portuguesa TAP Air também solicitou que os viajantes não se desloquem para o aeroporto.

 

Fonte: CNN

 

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STF define se incide Imposto de Renda em doação antecipada de herança

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Foto: Antonio Augusto/STF

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na última sexta-feira (25) a repercussão geral de um recurso em que a União busca cobrar o Imposto de Renda de um contribuinte que doou um imóvel à filha como forma de antecipar a herança do bem.

O tema é polêmico, sendo alvo de decisões divergentes dentro do próprio Supremo. Nos últimos anos, as duas turmas da Corte deram ganhos de causa tanto para União como para contribuintes, em caso muito similares. Agora, os ministros decidiram unificar o entendimento, escolhendo um caso cujo desfecho resultará numa tese a ser seguida por todos os tribunais do país.

O assunto mobiliza sobretudo os advogados tributaristas, que atendem todos os anos milhares de pessoas físicas que buscam barrar a cobrança do IR sobre a antecipação de herança. O principal argumento é o de que não há renda a ser taxada, uma vez que na doação de um bem ocorre, na verdade, uma subtração de patrimônio, e não acréscimo.

Outro argumento é o de que o doador já paga o Imposto de Transferência Causa Mortis ou Doação (ITCMD), um tributo estadual, não podendo ser tributado duas vezes por uma mesma transação.

Ao Supremo, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN alega que a cobrança do IR se justifica, pois no momento da doação é verificado um ganho de capital com a valorização do bem, sendo esse o fato gerador da cobrança, e não a transação de doação em si.

Entenda
A chamada “antecipação de legítima” está prevista no Código Civil. Pela legislação, ao doar um bem a um descendente direto ou cônjuge, o doador, na verdade, realiza, antes de morrer, a distribuição antecipada de seu patrimônio entre os herdeiros. A prática é vista como uma forma de facilitar a sucessão e evitar conflitos.

O problema ocorre, contudo, quando existe a atualização do valor do bem a ser doado. Isso porque é permitido ao doador, por exemplo, atualizar o valor de um imóvel para as condições de mercado no momento da transferência.

Por exemplo, no caso escolhido como paradigma pelo Supremo, o contribuinte comprou uma casa há décadas por R$ 17 mil, mas no momento de doá-la, exerceu o direito de atualizar o valor de mercado para R$ 400 mil, conforme avaliação oficial.

Ao saber da doação, a Receita Federal cobrou do doador cerca de R$ 26 mil de Imposto de Renda sobre a transação, considerando apenas que o contribuinte obteve um imóvel a um valor menor e se desfez do mesmo bem a um valor maior, sem observar se houve de fato uma venda que tenha gerado ganho patrimonial.

Inconformado, o contribuinte acionou a Justiça e conseguiu uma decisão favorável no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que considerou inconstitucional a cobrança de Imposto de Renda sobre a antecipação de herança. Em seguida, a PGFN recorreu ao Supremo. Não há prazo definido para que os ministros tomem uma decisão final sobre o tema.

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