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Caso Yara: Linchamento brutal por desinformação ganha repercussão nacional e revela possível envolvimento de facção

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Programa Cidade Alerta exibe detalhes do crime que chocou o Acre; polícia investiga se facção criminosa orquestrou o assassinato e busca bebê desaparecido

O apresentador ressaltou a importância da investigação policial para esclarecer os fatos e evitar linchamentos baseados em boatos. Foto: captada

O brutal assassinato de Yara Paulino da Silva, 27 anos, no conjunto Cidade do Povo, em Rio Branco, ganhou destaque nacional nesta terça-feira (25) após ser tema de uma reportagem especial no programa Cidade Alerta, da Record TV, apresentado por Reinaldo Gottino.

O crime ocorreu na última segunda-feira (24), após rumores de que Yara teria matado a própria filha, de apenas dois meses. A população, revoltada com a suposta situação, linchou a mulher com golpes de ripa e machado. No entanto, horas depois, a polícia descobriu que os ossos encontrados em um saco de ração não eram de um bebê, mas sim de um cachorro. O paradeiro da criança segue um mistério e está sendo investigado.

Crime ocorreu na Cidade do Povo em Rio Branco. Foto: Arquivo/internet

Durante a exibição da matéria no Cidade Alerta, Gottino destacou a violência do caso e o impacto da desinformação na ação dos moradores. O apresentador ressaltou a importância da investigação policial para esclarecer os fatos e evitar linchamentos baseados em boatos.

O que levou ao linchamento?
  • Boato inicial:Moradores acreditaram que Yara havia matado a própria filha de 2 meses.
  • Reação violenta:Revoltados, populares a espancaram com ripas e machados em via pública.
  • Equívoco trágico:A polícia descobriu depois que ossos encontrados em um saco de ração eram de um cachorro, não do bebê.
Investigações apontam para facção criminosa

Os delegados Alcino Ferreira e Leonardo Ribeiro revelaram nesta terça (25) que:

Há indícios de que uma facção criminosa pode estar por trás do assassinato.
A polícia não descarta que o linchamento tenha sido orquestrado para eliminar Yara.
A criança desaparecida nunca foi registrada, o que dificulta a busca.

Os delegados Alcino Ferreira e Leonardo Ribeiro, que também atua no caso, as investigações apontam para participação da facção na morte de Yara. Foto: captada

Repercussão nacional e alerta sobre justiça pelas próprias mãos

Durante a reportagem, Gottino destacou:
“O perigo de linchamentos movidos por desinformação”
“A necessidade de investigação antes de ações violentas”
“O risco de criminosos se aproveitarem da comoção popular para executar vinganças”

Ninguém foi preso até o momento, contudo, conforme a Polícia Militar (PM-AC), os suspeitos já foram identificados e são de uma facção criminosa da região.

“Tivemos a informação de que tinha ocorrido um homicídio na Cidade do Povo e, prontamente, deslocamos as guarnições para o local. A vítima era usuária de entorpecentes. Direcionamos as viaturas para prender alguns dos autores, mas não foi possível. Já identificamos e vamos continuar buscando”, disse o tenente Edilso.

A vítima era usuária de entorpecentes. Direcionamos as viaturas para prender alguns dos autores, mas não foi possível. Já identificamos e vamos continuar buscando”, disse o tenente Edilso. Foto: captada 

Onde está a criança?
  • A polícia mantém buscas ativas, mas sem pistas concretas.
  • A menina não tinha registro civil, o que complica a investigação.
  • O ex-companheiro de Yara, Ismael Bezerra, já foi ouvido e nega envolvimento.
Próximos passos:
  • Aprofundar ligações com facções para confirmar ou descartar participação.
  • Localizar a criança ou restos mortais (caso a pior hipótese se confirme).
  • Identificar quem espalhou o boato que levou ao linchamento.

Qualquer informação sobre o caso pode ser repassada anonimamente à Delegacia de Homicídios de Rio Branco ou ao Disque-Denúncia.

Ossada foi encontrada em área de mata. Foto: Arquivo pessoal

Contexto

O caso expõe a combinação perigosa entre violência faccionista, justiça popular e desinformação – um cenário que tem se repetido em crimes brutais no Norte do Brasil. A falta de registro civil da criança também levanta debates sobre subnotificação e vulnerabilidade social.

Criança dada como desaparecida

Foi apurado com moradores da região, que a criança foi dada como desaparecida há cerca de uma semana. A foto da bebê, inclusive, foi colocada em um grupo de mensagens do conjunto habitacional com pedido de informações.

O pai da criança relatou à PM-AC que não via a filha há cerca de duas semanas. Foto: arquivo 

“Procura-se essa criança sumida da casa de sua mãe. A suspeita é de que o pai que a levou sem permissão da mãe. A mesma não é registrada e, possivelmente, o pai teve ajuda de terceiros. Quem tiver visto, por favor, avisa aqui no privado porque a mãe está desesperada e não sabe onde encontrar. Ela quer somente saber do paradeiro dela pra ficar mais calma”, diz parte do texto.

Veja vídeo:

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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