Brasil
Caso da capivara Filó: influenciador anuncia vaquinha virtual para pagar multa ao Ibama
Órgão mantido pelo Estado aplicou multa de R$ 17 mil por causa de “diversos crimes ambientais”

Agenor Tupinambá com sua capirava Filó Imagem | Instagram/Reprodução
Por Oeste
A ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão estatal mantido pelo governo federal, ainda reflete no influenciador digital Agenor Tupinambá, que vive no interior do Amazonas. Nas redes sociais, ele explicou que, apesar de ter recebido de volta a capivara Filó, uma multa terá de ser paga.
Em nota divulgada no último fim de semana, o Ibama acusa Agenor “diversos crimes ambientais”. Por isso, aplicou multa de R$ 17 mil. O instituto acusa o influencer de ao menos três infrações:
- Matar espécie da fauna silvestre (preguiça real);
- Praticar abuso (capivara); e
- Manter animais em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio).
Mesmo com o posicionamento por parte do Ibama, a Justiça determinou que a capivara Filó fosse devolvida a Agenor, o que aconteceu na tarde de domingo 30. O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois de a deputada estadual Joana Darc (União-AM) ter mostrado que, sob os cuidados do órgão estatal, o animal estava preso em uma jaula deixada em uma sala suja.
Tutor da capivara Filó promove vaquinha virtual

Foto: Reprodução/Redes sociais
Novamente acompanhado da capivara Filó, Agenor voltou a publicar fotos e vídeos com o animal nas redes sociais — anteriormente, o Ibama havia determinado que ele excluísse da internet registros desse tipo. Ao público que o segue, ele argumentou não ter recursos para arcar com o pagamento da multa. Por isso, decidiu realizar uma campanha de arrecadação on-line, a famosa “vaquinha virtual”.
“Todos também sabem das minhas condições, onde moro e como vivo”, afirmou Agenor Tupinambá, em postagem divulgada na noite de domingo em seu perfil no Instagram, em que conta com 2,1 milhões de seguidores. “Infelizmente, não tenho como pagar esses valores. E vim aqui, humildemente, pedir a colaboração de quem puder me ajudar. Além das multas, é possível que eu precise arcar com outros custos legais, deslocamentos etc.”, prosseguiu o influenciador digital.
Agenor ainda afirmou que “o total do valor arrecadado será para contribuir com o meu caso, e prestarei contas de tudo”. Nesse sentido, avisou que ele mesmo realizará doações em caso do montante a ser arrecadado superar os custos que terá por causa da multa aplicada pelo Ibama.
As doações para Agenor Tupinambá podem ser feita por meio da chave Pix [email protected].
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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