Candidata Janaína Furtado é cortada de dabate da Rede Amazônica por não ter 6% nas pesquisas

Janaina é a candidata a governadora do Acre pela Rede

A Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo no Acre, excluiu do debate do dia 2 de outubro a candidata ao governo do Acre, Janaína Furtado, única mulher a disputar o cargo no estado.

De acordo com a emissora, a candidata não poderá participar do debate por não ter alcançado 6% nas pesquisas de intenções de votos.

O porta-voz da Rede no Acre, Júlio César Freitas, repudiou a decisão da emissora e afirmou que atos como este prestam um desserviço à democracia.

Veja a nota da Rede

NOTA DA REDE ACRE

A emissora afiliada da Rede Globo no Acre (Rede Amazônica – TV Acre) noticiou no seu telejornal noturno do dia 25.09.2018 que a candidata ao Governo da Rede Sustentabilidade do Acre, Janaína Furtado, estará fora do debate que será realizado pela emissora no próximo dia 02.10.2018. Segundo a emissora a candidata não se enquadra nas regras por ela estabelecidas que seria 6% nas pesquisas ou número mínimo de deputados federais ou senadores no congresso nacional.

A medida já era aguardada pela Rede Acre, mas não deixa de nos chocar e indignar. Nas eleições de 2016 nosso candidato à prefeitura de Rio Branco Carlos Gomes foi sacado dos estúdios da emissora instantes antes do início do debate. Agora, a única mulher que teve a coragem de enfrentar o grande desafio de ser a primeira candidata ao governo da história do Acre, teve sua participação ceifada.

Ficam as perguntas: Qual motivo leva a emissora a impedir uma jovem mulher candidata ao governo do Acre de participar de um debate eleitoral? Qual prejuízo a participação dela causaria à emissora, à sociedade acreana ou mesmo a qualquer outra pessoa ou instituição?

Nós da Rede não conseguimos responder essas perguntas, mas desconfiamos que a participação da nossa candidata pode servir de exemplo de encorajamento para que mulheres simples, de famílias humildes, ocupem seu espaço na política. Deveras, isso pode representar perigo aos que não conseguem conviver com essa ideia.

Nós entendemos que regras restritivas de direitos estabelecidas pelas próprias emissoras não podem prevalecer em face de princípios constitucionais e regras eleitorais, notadamente a isonomia e a necessidade de ampliar a participação da mulher na política.

Mas a realidade está ai. E ela é dura, antidemocrática e representa um grande desserviço ao povo, ao processo eleitoral e à democracia.

Júlio César Freitas
Porta-voz da Rede Acre

Comentários

Compartilhar
Publicado por
folha do acre