Acre
Campanha “Nunca é Tarde” é desenvolvida nos municípios acreanos
A campanha “Nunca é Tarde” não se encerra com o “Maio Laranja”, o Tribunal de Justiça do Acre mantém o enfrentamento ao abuso e assédio infantil durante todo o ano
Em todos os municípios estão sendo multiplicadas ações da campanha “Nunca é Tarde”. A magistratura acreana voluntariou-se em atividades educativas, fortalecendo o impacto da mobilização do Maio Laranja, que faz referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Assédio Infantil celebrado neste sábado, 18.
Contudo, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari, enfatiza que o enfrentamento não se limita a esse período, uma vez que é necessária a continuidade desse trabalho preventivo, para a promoção de direitos das crianças e adolescentes.
Deste modo, a campanha está sendo apresentada a outras instituições públicas, palestras estão sendo levadas para as escolas, bem como material informativo está sendo distribuído nas comunidades. Assim, o fortalecimento da rede de proteção tem se materializado pela conscientização das famílias, profissionais e pelas próprias crianças sobre essa temática.
Educar e sensibilizar
Muitas ações foram realizadas nas escolas, uma vez que esse é um local de convívio do público infanto-juvenil, onde podem ser percebidos os sinais de abuso e assédio. Com efeito, grandes passos foram dados nesse sentido.
Nesta semana, a juíza Gláucia Gomes, titular da Vara Única de Mâncio Lima, palestrou nas escolas Francisco Freire de Carvalho, Antônio Oliveira Dantas e Colégio São Francisco. O desafio alcançou as comunidades. Com pátios cheios e muita interatividade, as dúvidas foram solucionadas.
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O juiz Eder Viegas, titular da Comarca de Manoel Urbano informou que o lançamento da campanha ocorreu na praça municipal. Para que isso fosse possível, foi realizada uma sequência de reuniões, o que teve como resultado positivo a organização de um ciclo de palestras. Houveram atividades em unidades escolares urbanas e rurais. No “Dia D”, cerca de 500 estudantes participaram da programação.
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Na última sexta-feira, 17, a juíza substituta da Vara Criminal da Comarca de Tarauacá Stephanie Moura convocou uma reunião de alinhamento com lideranças comunitárias, para que fossem discutidas as diretrizes e organizado um cronograma de ações no município.
Também o juiz Jorge Filho, titular da Vara Única de Rodrigues Alves participou das ações
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Proteja, denuncie, eduque
Por meio da Diretoria de Informação Institucional do TJAC, a campanha vem sendo veiculada nos veículos de comunicação (veja mais). O vídeo também está disponível nas redes sociais: assista aqui.
“A ideia foi impactar as pessoas com histórias reais, impressas nos processos do Judiciário acreano. Então, trechos de depoimentos de crianças de vítimas de violência foram apresentadas no vídeo. As frases geram empatia e indignação, pois é possível entender a fragilidade das crianças e a importância de promover segurança em nossa sociedade”, afirmou a diretora de Informação Institucional do TJAC, Andrea Zílio.
No rádio e tv também é repetido que o silêncio tem destruído essas vidas. Portanto, “Nunca é tarde” para denunciar. Após as denúncias, a rede de proteção pode interferir no ciclo de violência e a Justiça efetivará a coibição do crime. O ato de denunciar salva vidas e todos podem fazê-lo, inclusive de forma sigilosa, pelo Disque 100.
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Fonte: Tribunal de Justiça – AC
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Acre
Estado alerta para cuidados com a saúde em locais atingidos por enxurradas e transbordamentos
Diante dos recentes transbordamentos de igarapés e enxurradas em Rio Branco neste fim de semana, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), reforça nesta segunda-feira, 24, orientações à população para a prevenção de doenças e garantir a segurança sanitária durante o período de chuvas intensas.
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Rio Acre alcançou 13,88m na manhã desta segunda-feira, 24. Foto: Odair Leal/Sesacre
Além das doenças transmitidas pela água contaminada, como leptospirose, hepatite A, cólera, tétano acidental e febre tifoide, o período chuvoso também favorece a proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, chikungunya, zika e oropouche. O acúmulo de água parada nas ruas e terrenos aumenta a preocupação com essas doenças.
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“É fundamental que a população elimine possíveis criadouros do mosquito”, alertou Pedro Pascoal. Foto: Odair Leal/Sesacre
“É fundamental que a população elimine possíveis criadouros do mosquito, como vasos de plantas, pneus e recipientes que possam acumular água, além de manter os quintais limpos”, alertou Pedro Pascoal, secretário de Saúde.
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Acúmulo de água parada nas ruas e terrenos aumenta preocupação com doenças. Foto: reprodução
A responsável pela Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres/Cievs), Érica Fabíola Silva, também destacou alguns cuidados: “É necessário que a população fique atenta nesse período de chuvas, como, por exemplo, ao risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores e descargas elétricas. Em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores. Se possível, desligue seus aparelhos elétricos e o quadro geral de energia. Não deixe as crianças e os adolescentes brincarem nas águas, para evitar a contaminação de doenças. Se necessário, procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa ou ligue para a Defesa Civil”.
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“É necessário que a população fique atenta nesse período de chuvas, como por exemplo, ao risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, descargas elétricas”, destacou Érica Silva . Foto: Luan Martins/Sesacre
A chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), Débora dos Santos, também reforçou a importância de vigilância no período de chuvas intensas: “A preocupação é grande com o contato das famílias com a água contaminada, além da dificuldade de monitorar todos os voluntários que ajudam nas remoções. É importante que, ao apresentar sintomas, procurem atendimento no posto mais próximo. É essencial que todos, especialmente as crianças, evitem brincar nas águas contaminadas para prevenir doenças”, alerta.
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Chefe do Cievs, Débora dos Santos reforça importância de vigilância no período de chuvas intensas. Foto: cedida
Doenças relacionadas
• Leptospirose: transmitida pela urina de ratos, provoca febre alta, dores musculares e, em casos graves, pode causar falência renal.
• Hepatite A: provocada pela ingestão de água contaminada, pode causar fadiga, náuseas e desconforto abdominal.
• Diarreia bacteriana: causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados, pode levar a desidratação grave.
• Febre tifoide: doença rara, transmitida por água ou alimentos contaminados, que causa febre, dor de cabeça e desconforto abdominal.
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Em Rio Branco, enxurrada afetou bairro Sobral neste fim de semana. Foto: Adriene Carvalho/Sesacre
Cuidados para evitar contaminações
• Evitar o contato com a água das enxurradas. Se inevitável, usar botas e luvas de borracha.
• Descartar alimentos e medicamentos que foram expostos a água contaminada.
• Consumir apenas água potável. Se não for possível, tratá-la com hipoclorito de sódio ou fervê-la.
• Realizar a limpeza das casas e caixas d’água com água sanitária.
• Proteger-se contra animais peçonhentos, que podem se abrigar em móveis e roupas.
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Água contaminada pode transmitir leptospirose, hepatite A, cólera, tétano acidental e febre tifoide. Foto: reprodução
Recomendações no retorno às residências
• Verifique a estrutura da casa antes de entrar.
• Certifique-se de que a energia elétrica está desligada.
• Lave e desinfete móveis e utensílios com água sanitária.
• Observe sinais de doenças e busque atendimento médico ao menor sintoma suspeito.
O governo do Acre segue monitorando a situação e implementando medidas preventivas para proteger a saúde da população afetada.
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Acre
Festival Internacional da Castanha da Amazônia celebra o potencial da região do Alto Acre
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Evento reuniu produtores e expositores do Acre e países vizinhos
Buscando a valorização da castanha e incentivo ao empreendedorismo da região, o Festival internacional da Castanha da Amazônia aconteceu entre os dias 21 e 23 de fevereiro, em Epitaciolândia-AC. O evento foi uma realização da Cooperativa dos Extrativistas do Acre (Cooperacre), da Cooperativa Agroextrativista do Alto Acre (Copaeb) e contou com o apoio do Sebrae.
Incentivando a economia sustentável e a valorização da floresta em pé, o festival teve a participação de produtores e expositores de Epitaciolândia, Xapuri, Brasiléia, Assis Brasil e Capixaba, além dos países vizinhos, Bolívia e Peru.
O analista do Sebrae no Acre, Francinei Santos, destacou que a instituição apoiou os pequenos negócios prestando suporte e orientação aos expositores. “A Bioeconomia é um segmento estratégico do Sebrae. Juntamente com as instituições parceiras, apoiamos o Festival buscando que ele se torne uma vitrine do empreendedorismo agroextrativista na exposição e comercialização dos produtos da sociobiodiversidade e aquecendo a economia na região”, afirmou.
A programação incluiu apresentações culturais, seminários sobre agroextrativismo e bioeconomia, além da premiação “Guardião da Castanha da Amazônia”, que elegeu a maior e menor castanha, maior e menor ouriço, melhor poesia e melhor música.
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Acre
Agrônomos do IDAF intensificam monitoramento contra a Monilíase do cupuaçu no Alto Acre
Defesa Vegetal do IDAF está realizando monitoramentos na regional do Alto Acre, afim de identificar possíveis focos da praga Monilíase (Moniliophthora roreri), doença que causa perdas de até 100% da produção e pode se espalhar facilmente se não for detectada rapidamente. “Até o momento não identificamos nenhum foco suspeito na região”, relatou o engenheiro agrônomo Igor Figueiredo.
Na regional do Alto Acre já foram visitadas mais de 60 propriedades que possuem plantas de cupuaçu e o resultado foi satisfatório, pois não teve nenhuma suspeita da presença do fungo que causa a monilíase, lembrando que a praga pode atacar frutos do cupuaçu e do cacau.
O que é a Monilíase?
Os sintomas básicos da Monilíase são a esporulação abundante e um pó branco que se espalha sobre os frutos atingidos deixando-os esbranquiçados e apodrecidos. Uma vez instalada nas plantações, causa grandes perdas econômicas. Nos frutos doentes, inicialmente são formadas manchas achocolatadas que mais tarde esporulam, formando um pó creme que contem milhões de esporos do fungo. Esses são dispersos principalmente pelo vento, mas também pela água da chuva, além de insetos, animais selvagens e pelo próprio homem, principalmente, a longas distâncias, infectando os frutos de novas plantas e espalhando a doença. A praga foi identificada pela primeira vez no Brasil em Cruzeiro do Sul-AC em 2021 e desde então o IDAF faz anualmente monitoramentos para que a doença não se espalhe pelo estado.
O Idaf alerta que, devido ao potencial de danos às culturas do cacau e cupuaçu, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeita de ocorrência da praga em todas as regiões do estado às autoridades fitossanitárias locais.
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