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Brasil

Campanha mostra relação entre hábitos saudáveis e prevenção do câncer

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Boa alimentação e atividade física ajudam a evitar doença, diz Inca

Por Alana Gandra

Começou hoje a (1º) a campanha Câncer, Dá para Prevenir?, promovida pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). O objetivo é informar profissionais de saúde e a população sobre a relação entre excesso de peso, inatividade física e consumo de álcool e de carne processada com o câncer e aumentar o reconhecimento de que a doença pode ser prevenida com alimentação saudável e prática de exercícios físicos.

Pesquisas indicam que cerca de 30% dos casos de câncer podem ser prevenidos um por modo de vida mais saudável. “Isso já está bem estabelecido”, destacou a nutricionista da Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, Bruna Pitasi.

Alimentação saudável, prática regular de atividade física e redução no consumo de carnes processadas e bebidas alcoólicas podem contribuir para a prevenção de 12 tipos de câncer, disse Bruna à Agência Brasil. Entre os casos da doença com mais incidência na população e que podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, a nutricionista apontou os cânceres de mama, colorretal, de próstata, endométrio, estômago e cavidade oral.

Pesquisa global de opinião pública sobre as percepções em relação ao câncer, feita em 2020 e liderada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), revelou que 70,4% dos brasileiros não reconhecem a atividade física como fator de proteção contra a doença e que 69,5% não associam o excesso de peso à maior chance de desenvolver tumores malignos.

Impacto

Bruna Pitasi disse também que os fatores de risco têm grande impacto no Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive em termos econômicos, contribuindo para o aumento do número de casos de câncer. “Quanto mais exposta a população está a esses fatores de risco, quanto maior o consumo de bebidas alcoólicas, de carne processada, quanto mais a pessoa for sedentária e estiver acima do peso, maior será a chance de aumento do número de casos de câncer e, consequentemente, maior a demanda por tratamento e maiores gastos para o sistema de saúde.”

Quanto aos gastos federais, o estudo do Inca revelou que cerca de R$ 3,5 bilhões foram gastos em 2018 com procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS para tratamento de pacientes oncológicos. A sondagem estimou que, se não houver mudança no cenário de fatores de risco, a tendência é aumentarem os casos de câncer. A projeção de evolução de gastos ficaria em torno de R$ 7,8 bilhões, em dez anos.

Para prevenir o câncer, o Inca recomenda que a população mantenha, ao longo da vida, o peso corporal dentro dos limites recomendados de índice de massa corporal (IMC). O limite saudável para adultos é o IMC de 18,5 a 24,9 kg/m².

Comparando os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008-2009 e da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, o Inca observou que a prevalência de excesso de peso em adultos com idade igual ou maior que 20 anos, que dependem exclusivamente do SUS, aumentou de 47% para 58%, em homens, e de 48% para 59%, em mulheres.

Profissionais

No site da campanha, os profissionais de saúde contam com informações mais técnicas. “A ideia é sensibilizar esses profissionais para que qualquer oportunidade de contato com a população é oportuna para falar da prevenção do câncer por meio da alimentação e da atividade física.” A campanha visa sensibilizar esses profissionais para falar da prevenção do câncer e ficará no ar durante todo o mês de junho.

Na cidade do Rio de Janeiro, em especial, o Inca vai expor cartazes e banners da campanha nos trens do metrô e em estações da Supervia, a partir do dia 20, para prestar esclarecimentos à população em geral.

Para compartilhar a campanha em suas redes sociais, o leitor pode utilizar as hashtags #CâncerDáPraPrevenir e #EuPrevinoCâncer.

Edição: Nádia Franco

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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