Brasil
Brasileiro considera democracia melhor sistema de governo, mas 55% estão insatisfeitos
Em relação ao sistema judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) conta com a confiança de 38% da população, enquanto juízes e desembargadores somam 47%. A Justiça Eleitoral, por sua vez, é confiável para 46% dos brasileiros, mas enfrenta desafios relacionados à desinformação durante pleitos eleitorais
Uma pesquisa apontou que, embora 81% dos brasileiros considerem a democracia o melhor sistema de governo, mais da metade da população (55%) está insatisfeita com o regime no país. Os dados são do levantamento conduzido pelo Observatório da Democracia da AGU (Advocacia-Geral da União) e pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas).
Em comparação com outros países, apenas 15% dos brasileiros discordam que a democracia seja a melhor forma de governo, um índice inferior ao da Argentina (20%), Chile (25%) e Colômbia (34%). No entanto, 70% dos brasileiros percebem que a democracia está sob ameaça, um dado que reforça a necessidade de medidas para fortalecer o regime.
Os entrevistados também expressaram preocupações com a relação entre os três Poderes no Brasil. Para 65% da população, essa relação é conflituosa, e 31% apontam que frequentemente há interferência entre os Poderes. Apesar disso, 49% afirmaram priorizar questões políticas do município onde vivem, demonstrando maior engajamento local.
Outro destaque do estudo foi a confiança dos brasileiros nas instituições. As Forças Armadas lideram com 58%, seguidas pelas igrejas (55%) e pelas polícias (52%). Em contrapartida, partidos políticos e redes sociais apresentam os menores índices de confiança, com 13% e 18%, respectivamente.
O levantamento ainda mostrou que 59% dos brasileiros acreditam que a democracia enfrentou riscos de golpe recentemente. Episódios de violência policial e tentativas de golpe em 2022 reforçam essa percepção, assim como a investigação da Polícia Federal que revelou o envolvimento de militares em atos antidemocráticos.
A pesquisa também destacou a importância das redes sociais na difusão de informações. Para 69% dos entrevistados, as fake news interferem significativamente nas eleições, e 70% acreditam que plataformas como WhatsApp deveriam ser regulamentadas para conter a desinformação.
Em relação ao sistema judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) conta com a confiança de 38% da população, enquanto juízes e desembargadores somam 47%. A Justiça Eleitoral, por sua vez, é confiável para 46% dos brasileiros, mas enfrenta desafios relacionados à desinformação durante pleitos eleitorais. Já o Congresso Nacional tem a confiança de apenas 17% dos entrevistados.
A pesquisa revelou que o nível de insatisfação com a democracia no Brasil é superior ao de países como Espanha e Itália (51%), mas inferior ao da Argentina (61%) e Chile (70%). O procurador federal Paulo Ceo destacou que os dados apontam para a necessidade de reformas, maior engajamento social e combate à desinformação para revitalizar o regime.
Com 3 mil brasileiros entrevistados por telefone entre 30 de novembro e 5 de dezembro, a margem de erro do levantamento foi de 1,8 ponto porcentual. A pesquisa explorou oito áreas principais, como confiança nas instituições, participação cidadã e ameaças ao sistema democrático.
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Com repasses de R$ 32,5 milhões, Acre chegou a 98% de execução de recursos da Lei Paulo Gustavo, diz governo federal
Rio Branco foi o grande protagonista, com R$ 3,15 milhões aplicados em projetos audiovisuais
O Acre foi um dos estados que mais se destacou na execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo, com mais de 98% do montante recebido sendo investido na cultura local. Ao todo, o estado e seus 22 municípios executaram R$ 32,5 milhões, sendo R$ 23,86 milhões direcionados ao setor audiovisual e R$ 8,68 milhões para diversas outras manifestações culturais, como música, dança, pintura e artes digitais.
Entre os municípios acreanos, Rio Branco foi o grande protagonista, com R$ 3,15 milhões aplicados em projetos audiovisuais e R$ 1,27 milhão em outras áreas culturais. As cidades de Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá e Feijó também se destacaram na execução dos recursos, contribuindo para o fortalecimento da cultura no estado.
A Lei Paulo Gustavo, sancionada em 2022, foi criada para apoiar o setor cultural durante a pandemia de Covid-19. Inspirada no legado do humorista Paulo Gustavo, que faleceu em decorrência da doença, a lei destinou recursos a estados, municípios e ao Distrito Federal, com o objetivo de ajudar artistas e produtores culturais a manterem suas atividades durante a crise. Com uma execução recorde, a lei se consolidou como o maior investimento direto na cultura na história do Brasil, promovendo o fortalecimento da economia criativa e a valorização das expressões culturais locais.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, fez questão de ressaltar a importância da Lei Paulo Gustavo para o desenvolvimento cultural e social do Brasil. “A lei é responsável pelo desenvolvimento econômico, social e artístico ao injetar recursos financeiros nos municípios e estados, gerando emprego, renda e dignidade para o nosso povo. A cultura está diariamente na vida dos brasileiros, e por isso leis de incentivo, como a Paulo Gustavo, são fundamentais para fomentar e evidenciar a diversidade da nossa gente e as diferentes formas de se fazer cultura”, afirmou.
Em nível nacional, os recursos da Lei Paulo Gustavo somaram R$ 3,93 bilhões, o maior investimento na história do país para o setor cultural. Com uma execução recorde de 95% dos recursos, a lei se consolidou como um importante pilar de apoio à cultura, especialmente em um momento tão desafiador como a pandemia de Covid-19.
O Acre, ao lado de outros estados que também se destacaram, como o Espírito Santo e o Paraná, é exemplo de como a aplicação desses recursos tem gerado impacto positivo na economia e na vida das pessoas. A execução eficiente no estado mostra como é possível investir em cultura e fortalecer a identidade local, ao mesmo tempo em que se geram novas oportunidades para a população.
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Governo Federal propõe expansão do crédito consignado para trabalhadores do setor privado
Para viabilizar essa nova modalidade de crédito, o governo deve editar uma Medida Provisória (MP) ainda em fevereiro, embora o prazo exato ainda não tenha sido definido. Existe também a possibilidade de enviar um projeto de lei para o Congresso Nacional
O Governo Federal anunciou a criação de uma proposta legislativa que visa expandir o acesso ao crédito consignado para os cerca de 42 milhões de trabalhadores com carteira assinada (CLT) no Brasil, especialmente aqueles com dificuldades de acesso a este tipo de financiamento. A principal novidade da proposta é a criação de uma plataforma que permitirá aos bancos e instituições financeiras consultar diretamente o perfil de crédito dos trabalhadores por meio do eSocial, o sistema eletrônico obrigatório que reúne informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais dos empregados de todo o país.
O crédito consignado, uma das modalidades de empréstimo mais populares no Brasil, tem as parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento do devedor. Essa modalidade oferece juros mais baixos em comparação com outros tipos de crédito, sendo amplamente utilizada por servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS. Atualmente, a legislação permite que trabalhadores com carteira assinada acessem o crédito consignado, mas a exigência de convênios entre empresas e bancos dificulta a adesão de pequenas e médias empresas, limitando o acesso ao serviço.
O projeto foi discutido em uma reunião com o presidente Lula, os ministros Haddad e Luiz Marinho, além dos presidentes de cinco dos maiores bancos públicos e privados do país, incluindo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Durante o encontro, ficou claro que a proposta busca eliminar a necessidade de convênios entre as empresas e os bancos, facilitando a oferta de crédito para trabalhadores de diversos setores, independentemente do porte da empresa em que trabalham.
Para viabilizar essa nova modalidade de crédito, o governo deve editar uma Medida Provisória (MP) ainda em fevereiro, embora o prazo exato ainda não tenha sido definido. Existe também a possibilidade de enviar um projeto de lei para o Congresso Nacional, conforme indicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
As regras sobre o limite do crédito consignado, como o teto de 30% da renda mensal do trabalhador comprometida com o empréstimo, deverão permanecer inalteradas. Além disso, os trabalhadores poderão utilizar até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a multa por demissão sem justa causa para o pagamento das parcelas, caso se desliguem da empresa.
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Boca do Acre perde um de seus grandes médicos: após dias internado, doutor Franklin Brito falece nesta quinta-feira, 30
A comoção pela morte do médico tomou conta das redes sociais. Internautas compartilharam inúmeras mensagens lembrando sua trajetória e seu legado
Acre News
O médico bocacrense, Franklin Brito, faleceu na manhã desta quinta-feira (30). A informação foi confirmada pelos familiares, que relataram sua intensa luta pela vida após dias entubado. Brito não respondeu ao tratamento e não conseguiu resistir às complicações de sua saúde.
Com uma extensa lista de amigos espalhados por Boca do Acre e fora do município, Franklin tinha uma legião deles, que se manifestaram de várias formas, deixando mensagens de força e intensa oração. Ele era irmão do conceituado médico Fabrício Brito.
À comoção pela morte do médico tomou conta das Redes Sociais, internautas compartilharam inúmeras mensagens lembrando sua trajetória e seu legado, emitindo ainda mensagens de conforto à família.
O corpo deverá ser velado em Boca do Acre, mas até agora não houve nenhuma confirmação de horário da chegada do corpo e nem sobre horário e local do velório.
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