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Brasil termina o ano com índices preocupantes de cobertura vacinal infantil; 2023 é visto como desafio

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SUS oferece imunizantes contra 20 doenças em todos as unidades de saúde do país
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Desde 2015, o número de brasileiros completamente imunizados, com todas as vacinas do Plano Nacional de Imunizações, despenca, e riscos aumentam a cada dia

Desde 2015, o Brasil apresenta quedas frequentes na cobertura vacinal de crianças e adolescentes. Em 2022, a dimensão do problema virou uma preocupação mais evidente, principalmente após a OMS (Organização Mundial da Saúde) colocar o país entre os de maior risco para a volta da poliomielite e a Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) advertir que o único imunizante com cobertura vacinal ideal por aqui é a BCG, contra a tuberculose.

No entanto, saber do problema não fez com que aumentasse efetivamente o percentual de brasileiros totalmente vacinados.

De acordo com dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), até o dia 20 de dezembro de 2022, 60,56% da população havia completado o esquema vacinal com todos os imunizantes oferecidos pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Em 2019, esse índice foi de 60,89%. A justificativa para chegarmos aos menores índices da história foram a pandemia e o isolamento social.

Todavia, desde março deste ano as regras de isolamento foram relaxadas e, por enquanto, o número segue praticamente no mesmo patamar de 2019.

O PNI oferece vacinas contra 20 doenças, em 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Para especialistas ouvidos pelo R7, os motivos dessa queda de cobertura não se restringem à pandemia.

“Não foi só a pandemia a responsável pela queda das coberturas vacinais. Tivemos também a desinformação, que levou ao questionamento sobre a importância e a segurança das vacinas. A falta de campanhas promovidas pelos gestores da saúde também influencia”, afirma a infectologista Raquel Stucchi, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Para Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), o tamanho do país faz com que as causas para o problema sejam distintas.

“As razões que fazem alguém não se vacinar numa grande metrópole não são as mesmas de alguém da população ribeirinha do Amazonas ou do interior do Piauí. Os motivos são diversos: desde questões de acesso, dificuldade de horário de funcionamento até as questões de custo de transporte, desabastecimento [de vacinas], fake news dizendo que as vacinas fazem mal.”

O número considerado ideal pelo Ministério da Saúde e pela OMS varia de acordo com cada imunizante, mas são esperadas coberturas acima dos 85% para evitar que as doenças circulem.

O Brasil foi considerado modelo de vacinação no mundo por mais de uma década, e os médicos acreditam que seja possível voltar ao patamar perdido nos últimos anos.

“Reverter não é tarefa fácil, sem dúvida, mas é preciso um grande esforço, e os primeiros passos precisam ser dados”, alerta Kfouri.

“Tem de ser um trabalho prioritário do próximo governo, recuperar a confiança da população na vacinação, no nosso Programa Nacional de Imunizações. Com isso, voltaremos a ser um exemplo de adesão à vacinação para o mundo todo, como já fomos”, acrescenta Raquel.

Entre as ações apontadas para reverter essa situação já em 2023 estão a realização de campanhas de conscientização e comunicação por parte das autoridades de saúde, investimento em capacitação, distribuição e pessoal para trabalhar em horários alternativos e a criação de mutirões de vacinação.

Para o infectologista, as campanhas devem ser para os pais e para os profissionais de saúde. “É necessário continuar motivando as pessoas a se vacinarem, para que elas não se sintam ameaçadas. Esse é um grande desafio, e até os próprios profissionais da saúde que já não mais tratam dessas doenças já não lidam mais com esses casos e acabam recomendando de uma maneira menos enfática”, orienta Kfouri.

“A preocupação e o planejamento de ação do próximo governo devem começar agora. A comunicação precisa ser eficiente, numa linguagem fácil, com foco nos benefícios para a população e na importância de todos estarem vacinados”, conclui Raquel.

Todo o esforço vale a pena sob o ponto de vista humano e financeiro. De acordo com estimativas da OMS de 2020, as vacinas evitam quatro mortes no mundo por minuto e geram uma economia equivalente a R$ 250 milhões por dia.

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Assis Brasil conquista selo ouro em transparência pública com nota 93,68

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A Prefeitura de Assis Brasil alcançou mais um marco histórico para a administração pública do município. O município recebeu o Selo Ouro em Transparência Pública, concedido pelo Programa Nacional de Transparência Pública, Sistema dos Tribunais de Contas, obtendo a expressiva nota 93,68 pontos na avaliação.

O reconhecimento comprova o avanço significativo da gestão na disponibilização de informações claras, acessíveis e completas ao cidadão, garantindo mais segurança, confiança e participação social nas ações públicas. A avaliação contempla critérios como acesso às contas públicas, licitações, contratos, relatórios fiscais e ferramentas de controle social.

Segundo o prefeito Jerry, o resultado reflete o compromisso da gestão com a transparência e o respeito ao cidadão:
“Essa conquista é de todos nós. Obtivemos nota 93,68 porque tratamos a transparência como prioridade. É assim que mostramos responsabilidade com os recursos públicos e respeito com a nossa população. Seguiremos avançando e trabalhando para manter Assis Brasil entre os municípios mais transparentes do país.”

Com esse desempenho, Assis Brasil se posiciona em destaque nacional, reforçando o compromisso com a boa governança pública, com a eficiência administrativa e com o uso responsável dos recursos do povo.

A Prefeitura segue fortalecendo suas ferramentas de transparência, aprimorando o acesso às informações e incentivando a participação popular nas decisões do município.

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Polícia rodoviária apreende 93 kg de cocaína escondidos em SUV na BR-317; três são presos

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Uma fiscalização realizada na tarde desta quinta-feira (4) resultou na apreensão de aproximadamente 93 quilos de cocaína escondidos em compartimentos falsos de um veículo modelo SUV que trafegava pela BR-317, no sentido fronteira–Rio Branco.

Segundo a equipe policial, as versões contraditórias apresentadas pelos ocupantes levantaram suspeitas e motivaram uma vistoria mais detalhada — momento em que o entorpecente foi encontrado. Três pessoas foram presas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

Ainda não há confirmação se a carga saiu da região de Cobija, na Bolívia, ou do município acreano de Plácido de Castro, ambos próximos à fronteira.

O caso, divulgado apenas nesta sexta-feira (5) por meio de nota resumida nas redes sociais, foi encaminhado à Polícia Federal, responsável pela investigação e pelos demais procedimentos legais.

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Homem morre após ser atropelado na BR-317, próximo a Epitaciolândia

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Um homem identificado como Raimundo Moura da Silva, de 51 anos, foi encontrado morto na noite desta quinta-feira (4) no km 5 da BR-317, no trecho entre Epitaciolândia e Xapuri. O corpo estava caído à margem da rodovia, ao lado de seu cachorro, por volta das 20h30.

As circunstâncias do acidente ainda são incertas. Segundo relato de um motorista que passava pelo local, ele trafegava pela rodovia quando avistou o homem caído e decidiu retornar para verificar o que havia acontecido. Nesse momento, três motocicletas seguiam no sentido da zona rural; duas desviaram do corpo, enquanto outra acabou passando por cima da vítima, derrubando o motociclista.

Mesmo após a queda, o condutor da moto — que aparentava estar alcoolizado — conseguiu subir novamente no veículo e deixou o local. O motorista então acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou a morte de Raimundo.

A Polícia Militar foi chamada e isolou a área até a chegada da equipe de perícia. No entanto, conforme informado, a região de fronteira estaria sem peritos criminais de plantão, o que pode atrasar a coleta de informações e a elaboração do boletim de ocorrência.

Até o fechamento desta matéria, não havia confirmação sobre o acionamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para acompanhar o caso.

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