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Brasil tem duas áreas para desenvolver vacina nacional, diz Pazuello

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O ministro disse ainda confiar nos números informados pelos estados e defendeu que as medidas de combate à doença devem ser definidas pelos governos locais.

Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello – Foto/Adriano Machado

CNN, em São Paulo

Em entrevista exclusiva à CNN, veiculada neste sábado (13), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, falou, entre outros assuntos, sobre o desenvolvimento de vacinas no Brasil contra a Covid-19, a nova forma de contagem de vítimas da doença e estratégias para otimizar a testagem no país.

O ministro afirmou que o governo tem duas áreas trabalhando no desenvolvimento de uma vacina nacional, uma em São Paulo e outra em Minas Gerais. “Não é um desenvolvimento rápido. A previsão é de, meados do ano que vem, ter essa vacina nacional completa, pura”, afirmou em entrevista ao repórter Leandro Magalhães.

Pazuello disse ainda que, em diferentes níveis, o Brasil acompanha o trabalho de outros países que estão em estágio mais avançado para encontrar a imunização contra o vírus, como Inglaterra (de Oxford), Estados Unidos (Moderna) e China. Segundo o ministro, o país já se colocou à diposição para participar das testagens, desenvolvimento e fabricação dessas possíveis vacinas.

O chefe da pasta da Saúde defendeu a nova forma de contagem de infectados e mortos pela Covid-19. “A primeira coisa que temos que entender é que a metodologia de contagem não altera o número de óbitos”, disse.

Ele afirmou que não houve mudança na metodologia, mas um aprofundamento dos dados para que prefeitos pudessem ter uma visão da curva de evolução da doença, em cada cidade, “sem variações”. E defendeu a busca por números exatos.

“[Antes], os dados apresentados eram apenas ‘somativos'”, disse. “[Agora], no Brasil, nós estamos trabalhando os dados regionalmente, por estado e por município, o que mostra que nós temos curvas diferentes em cada local do país.”

Pazuello rejeitou as críticas de que o governo teria tentado manipular os dados sobre a doença. “Os dados [divulgados antes da mudança] não tem como ser manipulados, porque eles estão registrados. Seria um absurdo você ter registros específicos e o governo, nós, do Ministério da Saúde dizermos que aqueles dados não exisitem, que aqueles números não aconteceram”, afirmou.

“Não é apenas falar o número total, e sim mostrar como se chegou naquele número. Esse foi o grande objetivo de todo o trabalho”, disse.

O ministro disse ainda confiar nos números informados pelos estados e defendeu que as medidas de combate à doença devem ser definidas pelos governos locais.

Sobre a disponibilidade de testes no país para detectar a doença, Pazuello afirmou que o ministério está terminando de desenvolver “uma grande estratégia de testagem” de infecção. Segundo ele, esse plano lhe será apresentado na próxima semana e deve tratar o melhor momento de fazer cada tipo de teste e quantos devem ser distribuídos pelo país.

Na entrevista, o ministro também disse que o governo deve anunciar o nome do novo secretário da pasta na próxima semana. A respeito das mudanças recentes no Minstério da Saúde, ele preferiu não avaliar o desempenho das gestões anteriores.

Histórico

Pazuello está interinamente no cargo de ministro da Saúde desde a segunda quinzena de maio. Ele era secretário-executivo da pasta e passou a comandá-la após o pedido de demissão de Nelson Teich.

Desde que assumiu, o general nomeou diversos militares para o ministério, o que tem gerado insatisfação de servidores de carreira.

Natural do Rio de Janeiro, Pazuello Eduardo Pazuello é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984. Participou de Operações no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus (AM) e, assim como o presidente Jair Bolsonaro e outros militares, tem o curso de paraquedista.

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Brasil alcança a liderança global na produção de carne bovina em 2025, segundo o USDA

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Foto: Percio Campos/Mapa

Resultado reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Mapa, com destaque para a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa

O Brasil foi reconhecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como o maior exportador de carne bovina do mundo em 2025. A conquista reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que investiu em:

  • prevenção estratégica
  • vigilância sanitária; e
  • ampliação da força de trabalho.

O marco ocorre após o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Para o ministro Carlos Fávaro, “a força desse sistema permite conquistas históricas. Ser reconhecido pelo USDA como o maior produtor mundial de carne bovina é um orgulho brasileiro”.

Os resultados refletem a adoção de medidas estruturantes que elevam o nível de segurança sanitária da produção agropecuária, ampliam o acesso a mercados internacionais e fortalecem a confiança do Brasil junto a parceiros comerciais mais exigentes.

Medidas

Entre as principais iniciativas está a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa, medida que fortalece a capacidade de resposta rápida a eventuais emergências sanitárias. O repositório assegura a disponibilidade imediata de antígenos para a produção de vacinas, caso necessário, em consonância com as práticas internacionais recomendadas pela OMSA.

Além da prevenção, o Mapa avançou no reforço das ações de fiscalização e inspeção sanitária. Portarias publicadas no Diário Oficial credenciaram as primeiras empresas para apoiar atividades de inspeção ante mortem e post mortem em animais destinados ao abate. Os serviços serão executados por médicos-veterinários contratados, sob supervisão de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), sem alteração das competências legais do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Paralelamente, o Ministério promove a convocação de novos servidores aprovados em concurso público, para fortalecer a presença do Estado em ações de vigilância e controle sanitário em todo o país.

“Isso mostra a robustez do sistema, mostra que o Brasil está preparado, porque as crises sanitárias são cada vez mais recorrentes”, ressaltou Fávaro.

Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa

A implantação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa representa um avanço estratégico na biossegurança e na proteção da pecuária nacional. O repositório segue recomendações da OMSA e conta com parcerias do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da empresa argentina Biogénesis Bagó.

“Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos. É um investimento que garante a continuidade de um processo extraordinário que o Brasil conseguiu alcançar”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.

Segundo o presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, “a criação do banco brasileiro de antígenos evidencia a nossa marca de prevenção, precaução e atenção permanente à agropecuária brasileira. O modelo adotado é moderno e eficiente, ao garantir a manutenção de um estoque estratégico de antígenos”.

Com investimento de R$ 48 milhões, a iniciativa prevê a produção de até 10 milhões de doses, capazes de viabilizar de imediato a fabricação de vacinas em situações emergenciais e assegurar a distribuição ágil conforme demanda do Mapa. “Este é um sonho que sonhamos há muito tempo, cuidadosamente planejado e agora executado”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Os antígenos produzidos serão submetidos a rigorosos testes de controle de qualidade, sob supervisão do Governo Federal, a fim de assegurar eficácia, segurança e confiabilidade do material armazenado.

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Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 62 milhões neste sábado

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. Ninguém acertou as dezenas no sorteio passado, realizado na quinta-feira (18).

As apostas podem ser feitas até as 20h (horário de Brasília) de hoje, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.

Para o bolão, o sistema fica disponível até as 20h30 no portal Loterias Caixa e no aplicativo Loterias Caixa.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 6.

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TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou nesta sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).

A medida liminar foi concedida a pedido da estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 100 mil por sindicato.

A greve está concentrada em nove estados (Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No entendimento da ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode ser paralisado totalmente. Além disso, Katia Arruda ressaltou que a greve foi deflagrada em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST.

Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e soluções para a crise financeira da estatal, que vai precisar de um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir os recentes prejuízos.

Os Correios informaram que todas as agências estão abertas e que a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos para a população.

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