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Brasil e Colômbia unem forças na Operação Ágata Amazônia 2025 para combater crimes na fronteira

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Brasil e Colômbia unem forças na Operação Ágata Amazônia 2025 para combater crimes na fronteira

A presença coordenada das forças brasileiras e colombianas em áreas remotas, além de reforçar a soberania nacional, representa um avanço importante na construção de uma política de segurança ambiental integrada. Foto: cedida

AMPOST

A fronteira entre Brasil e Colômbia, marcada por vastas extensões de floresta densa e rios de difícil acesso, tornou-se palco de uma ofensiva conjunta das Forças Armadas dos dois países. A Operação Ágata Amazônia 2025, que teve início na última quinta-feira (29/05) e se encerra neste domingo (02/06), concentra suas ações no trecho do rio Puruê, uma das áreas mais sensíveis e vulneráveis da região amazônica.

A iniciativa, que mobiliza mais de 200 militares brasileiros e colombianos, é um esforço espelhado — ou seja, realizado simultaneamente nos dois lados da fronteira — e visa coibir crimes transfronteiriços como o tráfico de drogas, contrabando e o garimpo ilegal, além de fortalecer a presença do Estado em áreas remotas e pouco fiscalizadas.

No lado colombiano, a operação recebeu o nome de Medusa e é liderada pela Brigada de Selva Nr 26 do Exército da Colômbia. Já do lado brasileiro, o comando está a cargo do Comando Conjunto Ágata Amazônia 2025, com militares especializados em operações de selva e patrulhamento fluvial.

Durante os cinco dias de operação, oito novas dragas foram neutralizadas no rio Puruê. Esses equipamentos, utilizados na extração ilegal de ouro, representam não só uma ameaça ambiental, mas também uma fonte expressiva de financiamento para o crime organizado. De acordo com o General de Brigada Edilberto Cortés, comandante da tropa colombiana, a destruição dessas dragas impede a retirada mensal de cerca de 38 quilos de ouro, um volume que afeta diretamente a estrutura financeira de organizações criminosas que atuam na região.

“Combatemos a exploração ilícita de minérios e conseguimos destruir unidades de mineração do tipo draga, que causam grandes danos ambientais ao nosso rio. É importante ressaltar o impacto econômico dessas ações”, afirmou o General Cortés.

A dimensão do problema ambiental também é alarmante. Estima-se que cerca de 2 milhões de toneladas de solo já tenham sido sedimentadas ilegalmente na região, com indícios de contaminação por mercúrio, um elemento altamente tóxico. Esse cenário representa uma ameaça direta à ictiofauna, às comunidades indígenas isoladas voluntariamente e às populações que vivem na zona intangível do Parque Nacional Natural do Puré, um dos ecossistemas mais sensíveis da Colômbia.

O Vice-Almirante João Alberto de Araujo Lampert, comandante do Comando Conjunto Ágata Amazônia 2025, destacou que a cooperação entre os dois países é essencial para garantir resultados efetivos. “A integração entre as Forças, no âmbito da Operação Apoena, reafirma a soberania e tem gerado resultados expressivos. Que iniciativas dessa magnitude sejam mantidas de forma contínua”, defendeu o comandante.

A operação contou ainda com apoio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), equipadas com sensores termais, além de helicópteros da Marinha do Brasil (MB) e imagens de satélite fornecidas pelo CENSIPAM (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia). O monitoramento em tempo real permitiu localizar as dragas com precisão e garantir ações rápidas de neutralização.

A presença coordenada das forças brasileiras e colombianas em áreas remotas, além de reforçar a soberania nacional, representa um avanço importante na construção de uma política de segurança ambiental integrada, com foco na proteção dos recursos naturais, no combate ao crime e na valorização das comunidades tradicionais.

Apesar do encerramento das atividades neste domingo, os resultados positivos da Ágata Amazônia 2025 já reforçam a necessidade de ações permanentes e integradas na região da tríplice fronteira amazônica, onde o avanço do garimpo ilegal e o tráfico de entorpecentes desafiam diariamente a capacidade do Estado.

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Caso Master: PF colhe depoimentos nesta terça e pode rever acareação

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Fachada do Banco Master • Banco Master

Os depoimentos de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master; Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB; e Ailton de Aquino, um dos diretores do Banco Central, devem ser colhidos na tarde desta terça-feira (30).

O procedimento, marcado para começar a partir das 14h, foi determinado pelo ministro Dias Toffoli, relator do processo envolvendo a investigação do caso, que tramita em sigilo no Supremo. O procedimento será fechado.

A fase de depoimentos poderá rever uma decisão de Toffoli que determinou uma acareação entre os envolvidos no caso, prevista também para esta terça.

Segundo um comunicado do STF (Supremo Tribunal Federal), uma delegada da PF (Polícia Federal) vai colher os depoimentos e decidirá se mantém ou cancela o procedimento de acareação.

Daniel Vorcaro, Paulo Henrique Costa e Ailton de Aquino serão ouvidos pela PF separadamente, por videoconferência. Na sequência, caso a delegada entenda que houve contradições nos depoimentos, prosseguirá com a acareação com os três em uma mesma sala de sessão virtual. Essa etapa também será fechada.

Os depoimentos vão ocorrer no âmbito de uma determinação paralela de Toffoli, que havia ordenado que a PF ouvisse os investigados até 15 de janeiro. Como a corporação marcou as oitivas para esta terça, a fase será realizada antes da acareação.

O processo de acareação foi mantido mesmo após um parecer negativo da PGR (Procuradoria-Geral da República) e um pedido do próprio BC para que o confronto entre os envolvidos não ocorresse – o que acabou sendo negado pelo ministro relator do caso.

Ao negar os pedidos para suspender a acareação, Toffoli afirmou que nem o BC nem Aquino são investigados, mas que a participação da autoridade monetária é “salutar” e “de especial relevância para o esclarecimento dos fatos”.

Mesmo com a negativa de Toffoli, o novo posicionamento de condicionar a realização da acareação à decisão da delegada da PF, demostrou um passo atrás do ministro.

Enquanto os depoimentos serão conduzidos por uma delegada da PF, a acareação, se ocorrer, deverá ser conduzida por um juiz-auxiliar do gabinete de Toffoli.

Acareação é procedimento inusual

Segundo apurou a CNN, as diligências determinadas pelo ministro Dias Toffoli na investigação sobre as fraudes do Banco Master expõem um procedimento considerado inusual nos bastidores do STF.

Sob o argumento de que as medidas são urgentes e devem ocorrer sem demora, a ordem dos fatores chamou a atenção de uma ala do tribunal. Essas fontes avaliam que o mais adequado seria o contrário – aguardar os depoimentos e, caso sejam constatadas divergências, contradições ou incongruências, convocar a acareação.

Além disso, medidas dessa natureza em meio ao recesso não são comuns. A Corte costuma atuar no “plantão” apenas quando há possibilidade de destruição de provas, continuidade delitiva e ameaça à ordem pública.

No caso Master, há uma avaliação interna de que esses riscos já foram minimizados, pois os investigados já estão submetidos a uma série de restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato entre si e a retenção dos passaportes.

O presidente da instituição, Daniel Vorcaro, por exemplo, está impedido de exercer atividades financeiras enquanto estiver no centro das investigações sobre a emissão de títulos de crédito falsos.

Fonte: Conteúdo republicado de CNN NOTICIAS

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Dois homens fogem da delegacia de Parintins (AM); polícia divulga imagens

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Foragidos são Felipe dos Santos Azevedo, de 23 anos, e Wellington Matheus Alves Pinto, de 25 anos • Repro

Dois homens fugiram da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Parintins, no interior do Amazonas, e estão sendo procurados pela Polícia Civil do Estado (PC-AM). A corporação divulgou imagens dos suspeitos e pede apoio da população para localizá-los.

Os foragidos são Felipe dos Santos Azevedo, de 23 anos, e Wellington Matheus Alves Pinto, de 25 anos. Segundo a PC-AM, Felipe responde pelos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo. Já Wellington Matheus é investigado por organização criminosa e homicídio.

Os dois conseguiram fugir da delegacia em circunstâncias que ainda estão sendo apuradas. A Polícia Civil não informou quando a fuga ocorreu, nem os detalhes sobre como os suspeitos escaparam da unidade policial.

O caso ocorre em meio ao reforço das ações de segurança no interior do Amazonas, após a fuga de 14 presos de uma unidade prisional em Maués, registrada na semana passada. Na ocasião, os detentos escaparam durante o banho de sol, por um buraco aberto na grade de proteção da unidade.

Após o episódio em Maués, um grupo operacional foi montado com agentes da Companhia de Operações Especiais (COE) e da tropa de Choque, deslocados de Manaus para apoiar as buscas por foragidos em diferentes regiões do estado.

A PC-AM reforça que informações sobre o paradeiro de Felipe dos Santos Azevedo e Wellington Matheus Alves Pinto podem ser repassadas de forma anônima às autoridades.

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: Conteúdo republicado de CNN NOTICIAS

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China lança exercícios militares com disparos reais ao redor de Taiwan

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A China realizou, nesta terça-feira (30), horário local, 10 horas de exercícios com disparos reais ao redor de Taiwan, no segundo dia dos maiores exercícios de guerra já conduzidos por Pequim em torno da ilha, com o objetivo de cortar rapidamente seus vínculos com apoio externo em caso de conflito.

China lança exercícios militares com disparos reais ao redor de Taiwan • Reuters

O Comando do Teatro Oriental informou que os exercícios ocorreriam até as 18h no horário local no mar e no espaço aéreo de cinco áreas ao redor da ilha, demonstrando a determinação das Forças Armadas chinesas de “combater o separatismo e promover a unificação sem hesitação”.

Na segunda-feira (29), a Administração de Segurança Marítima da China designou outras duas zonas onde haveria disparos reais, tornando os exercícios “Missão Justiça 2025” os maiores até agora em termos de área total coberta e realizados em regiões mais próximas de Taiwan do que manobras anteriores.

Os exercícios de guerra começaram 11 dias depois de os Estados Unidos anunciarem um pacote recorde de US$ 11,1 bilhões em armas para Taiwan, o que provocou a ira do Ministério da Defesa chinês e alertas de que o Exército “adotaria medidas enérgicas” em resposta.

Os exercícios — a sexta grande rodada da China desde 2022, quando a então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha governada democraticamente — têm como objetivo ensaiar um rápido cerco a Taiwan para destruir seus estoques de armas e impedir esforços de reabastecimento a partir do Japão ou de bases americanas próximas, segundo analistas.

“Isso constitui uma provocação flagrante à situação internacional”, afirmou um alto funcionário da segurança de Taiwan, que pediu anonimato devido à sensibilidade do tema. “Como uma das rotas marítimas mais críticas do mundo, eles buscam remodelar a ordem internacional de acordo com sua própria agenda.”

O funcionário disse que Taipé está monitorando de perto se a China buscará “novas provocações” nos exercícios desta terça-feira, incluindo o sobrevoo de mísseis sobre Taiwan, de forma semelhante às manobras chinesas de 2022.

“A China está tentando avançar na afirmação de domínio sobre toda a cadeia de ilhas por meio de táticas de pressão extrema de diversas maneiras”, disse o oficial.

Os militares chineses afirmaram ter mobilizado destróieres, bombardeiros e outras unidades nesta terça-feira para treinar ataques a partir do mar, defesa aérea e operações antissubmarino, a fim de “testar a capacidade das forças navais e aéreas de coordenar ações para contenção e controle integrados”.

Taiwan rejeita a reivindicação de soberania feita pela China e sustenta que apenas seu povo pode decidir o futuro da ilha.

Fonte: Conteúdo republicado de CNN NOTICIAS

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